Sei. Também os existem no privado, se queremos desconversar desta forma.
Ninguém lhes aponta uma arma à cabeça quando são colocados a 200Km de casa. Aceitam ou vão à sua vida no privado. Mas optam pela "estabilidade" laboral.
É que depois entramos pela outra questão: Se não houver ninguém para trabalhar no interior, vais deixar essas pessoas sem educação, sem saúde, sem segurança? O tal centralismo de Lisboa que força os serviços a existirem em locais remotos.
A crise favorece os médicos, quanto pior estiver o SNS, mais dinheiro ganham no privado.
A Ordem diz-se apenas órgão consultivo e que precisamos de mais médicos, mas no momento em que um governo (PS, PSD, o raio que o parta) diz que quer contratar médicos de fora ou abrir mais vagas nas universidades, a Ordem ameaça com greves.
A situação só se resolve com uma redução dos pacientes, especialmente em urgências, ou o aumento do número de médicos. Ou, em terceira instância, acabar com o SNS e deixar tudo no privado, que também não lhes interessa.
No meio disto tudo, tenho pena dos médicos verdadeiramente dedicados que são obrigados a fazerem dezenas de horas extra à custa deste braço de ferro da própria ordem.
Se estiver em regime de exclusividade no SNS, é.