Isto.
Como dizes e bem, tivessem investido na tecnologia do nuclear e estaríamos hoje muito melhor em termos de dependência dos combustíveis fósseis.
Mas o impacto Chernobyl lixou tudo. No entanto, parece que a França acordou e vai voltar a investir no nuclear. Ao contrário da Alemanha, que teve uma atitude surpreendente em relação a isto.
A não ser que aconteça um grande breakthrough na tecnologia da fusão nuclear (não confundir com a actual fissão nuclear) não estou a ver outro caminho em termos energéticos que abrande e minorize o impacto das mudanças climáticas.
Medos infundados, até porque ajudam a fazer com que as pessoas pressionem os governos para não aderirem à nuclear. Não existe grande interesse em educar as populações relativamente à energia nuclear.
Tanto o desastre de Chernobyl como o de Fukushima podiam facilmente ter sido evitados. Algo como Chernobyl já não voltará a acontecer, até porque o design e segurança dos reatores é completamente diferente. O de Fukushima só aconteceu porque não fizeram os upgrades que se exigiam, puro descuido. E mesmo com tudo o que aconteceu, não morreu ninguém diretamente do acidente, tirando um trabalhador que mediu os níveis de radiação na altura do acidente e acabou por falecer mais tarde. Falam-se em 2000 mortes que aconteceram nos anos subsequentes devido à exposição à radiação, mas não existe evidência científica disso. Hoje é perfeitamente seguro morar na cidade.
O que as pessoas se esquecem de falar é que a queima de carvão e combustíveis fósseis têm uma taxa de mortalidade incomparavelmente maior, tanto em mortes diretas em acidentes como mortes indiretas devido à qualidade do ar.
A França tinha planos para acabar com a nuclear, mas perceberam a tempo que iam cometer um grave erro. Agora voltaram a investir, e estão a investir forte também na obtenção de eletricidade a parte de lixo nuclear que é quase 100% reciclável, embora seja algo caro, obviamente que vale a pena investir.