somos um país pobre e por isso com complexos de inferioridade.
muitas pessoas simplesmente não querem andar de transportes públicos...
'c'orror, isso é coisa de pobre'.
Actualidade Nacional
- Iniciador de Tópicos Philipp
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muitas pessoas simplesmente não querem andar de transportes públicos...
'c'orror, isso é coisa de pobre'.
Sim, há muita gente assim. Mas a oferta é bastante limitada e não temos propriamente uma rede de transportes públicos de abrangente. Podia fazer-se muito mais.
Eu estive na Suiça em Maio e a diferença na educação das pessoas é completamente abismal..
Nós somos um povo que ainda está longe do civismo que se exige a uma pessoa normal.. E isto só lá ia com uma fiscalização a sério.. Mas o governo gosta de anunciar e fazer leis que depois ninguém se assegura que são cumpridas..
Esse é o problema. E depois, e pese embora eu ache que os idosos devem ser protegidos e devem poder passear à vontade, mas dar passes de borla à 3a idade é dar ainda mais cabo da rede de transportes para quem os quer utilizar para ir trabalhar.. e não existem transportes suficientes para tanto passe gratuito..
Nas horas de ponta é uma loucura. Então naqueles dias de inverno, frios, chuvosos com a gripe a circular é uma coisa de doidos.
Estou mesmo a ver o que se diria se Portugal implementasse algumas das medidas de estímulo ao civismo que encontras nos países mais evoluídos.
"Encontrámos plástico no teu lixo normal. Toma lá uma multa de 150€"
"Beata no chão? Junta lá, mete-a no compartimento adequado e depois vem cá pagar 80€"
"Bateste no teu cão só porque sim? E não tem chip nem vacinas? Vá, temos uma cela para ti durante os próximos 3 anos"
Temos o exército das liberdades individuais a rogar a palavra ditadura a qualquer coisa, imagina com esse grau de fiscalização.
Nota: concordo plenamente contigo. Portugal é um país de porcos descompensados totalmente na cauda da Europa. É um problema cultural, de perceção sobre aquilo que devia ser feito e não é, que prejudica mesmo quem tem consciência sobre o tema mas a quem nunca foram disponibilizadas as ferramentas e informação necessárias para chegarem ao nível que se vive na Suíça, Alemanha, Áustria, Dinamarca, etc.
Eu percebo isso. E não duvido que, a curto prazo, existiriam consequências a nível político para quem tomasse esse tipo de iniciativa.. Mas alguma coisa tem que se feita.. Estou cansado de fazer processos de descargas de entulho e afins em certas zonas, crónicas, de gaia.. É impossível que uma sociedade pense que esse é o caminho correto.. Mas, por exemplo, fui a uma festa este verão onde os donos da casa metiam as garrafas de vidro junto com o lixo normal.. eu fiquei escandalizado sem saber o que dizer mas para eles era pura e simplesmente normal.. E infelizmente a maior parte da população funciona assim, e então se sairmos fora dos grandes ambientes urbanos ainda pior. Basta ver que basta vir um dia de chuva e temos, em alguns sítios, ainda, a famosa descarga das fossas para a via pública.. E isso é a decadência total..
Hoje em dia, nos concelhos onde há recolha do ecoponto porta a porta (Gaia, Maia, Feira, etc...) separar o lixo não custa nada.
O problema é que há ainda alguns sítios onde as pessoas se quiserem separar o lixo têm de caminhar bastante ou carregar o lixo na mala do carro e não estão para ter o trabalho. Felizmente já começa a ser menos assim.
Depois há um grande problema nos portugueses que é a casmurrice. Principalmente nos velhos, que juntaram o lixo a vida toda, não querem aprender a separar. Não estão para se maçar com isso.
Uma coisa particularmente má:
Perto de onde vivo havia um local de separação do lixo com grandes contentores - um verde, um amarelo e um azul. Como a malta era preguiçosa para deitar o lixo fora em condições, e deixava mais lixo encostado por fora dos contentores do que dentro, esses contentores foram removidos quando a Câmara começou a distribuir gratuitamente os baldes para as pessoas separarem em casa.
Típico dos tugas - um gajo passa lá no sítio hoje, e embora não tenha os contentores as pessoas continuam a despejar lá lixo como antigamente. Isto é uma mentalidade que demora gerações a mudar...
Só para lembrar a mini-revolução com direito a manifestações públicas que existiram quando se impôs que o saco de plástico comum fosse pago.
Portugal está décadas atrás nestas questões. Quem diz Portugal, diz Espanha. E parece-me que será algo só resolvido pelo salto geracional, porque o ditado "burro velho não aprende línguas" em terras ibéricas adequa-se perfeitamente.
Boa discussão, realmente a separação do lixo que já faço há mais de 25 anos e que realmente é nas Escolas que tem de começar a educar (penso que há muitos anos que se trabalha nisso e conheço e vejo pais a levaremna cabeça dos filhos por continuarem a repetir erros).
Mas tirando os Países Nórdicos e do Norte, bem Norte, nós temos nalgumas situações, praias principalmente evoluimos muito.
Ainda há pouco estive em praias do Adriático (izola na Eslovenia) Rovinca, Pula e Split na Croácia e fiquei espantado com o pouco cuidado. Aliás fiquei com má impressão daquelas águas. Não um indicador do nivel de qualidade da água. Aqui em Matosinhos, Porto, Gaia etc, as praias apresentam um edital com as análises.
Haters da Nortada, aguentem!!!
Mas tirando os Países Nórdicos e do Norte, bem Norte, nós temos nalgumas situações, praias principalmente evoluimos muito.
Ainda há pouco estive em praias do Adriático (izola na Eslovenia) Rovinca, Pula e Split na Croácia e fiquei espantado com o pouco cuidado. Aliás fiquei com má impressão daquelas águas. Não um indicador do nivel de qualidade da água. Aqui em Matosinhos, Porto, Gaia etc, as praias apresentam um edital com as análises.
Haters da Nortada, aguentem!!!
Tinha uma vizinha idosa em Lisboa, que entretanto foi posta a andar do edifício - coisas de alojamento local - que certa vez na casa do lixo, enquanto eu estava a fazer a separação da minha reciclagem, disse-me: "não faça isso senão o pessoal da câmara não tem nada que faça".
Tudo serve quando não se quer ter trabalho. E até ponho a hipótese de que quem despeja nesses locais não são os residentes a quem deram esses baldes. Cheguei a ver, uma noite em que estava na casa de uma amiga em Moscavide, um carro a passar junto de uns contentores, sem sequer parar, a jogar sacos pela janela. Nunca até esse momento imaginei que alguém entrasse num carro com sacos de lixo, mas eis que se aprende algo todos os dias.
E a taxa de CO2 e ISP nos combustíveis é igual, sempre a reclamar, o tuga vai ser sempre assim.Só para lembrar a mini-revolução com direito a manifestações públicas que existiram quando se impôs que o saco de plástico comum fosse pago.
Portugal está décadas atrás nestas questões. Quem diz Portugal, diz Espanha. E parece-me que será algo só resolvido pelo salto geracional, porque o ditado "burro velho não aprende línguas" em terras ibéricas adequa-se perfeitamente.
Neste momento até tens o ISP mais baixo, fruto da equivalência no IVA para combater a inflação.
Quando voltar a aumentar, será o governo isto e o governo aquilo.
Se eu tivesse um euro por cada pessoa que reclama por pagar os sacos de papel era um fulano multimilionário ._." Mesmo sabendo que esse dinheiro é doado para as associações de ajuda no combate contra o cancro ._."Só para lembrar a mini-revolução com direito a manifestações públicas que existiram quando se impôs que o saco de plástico comum fosse pago.
Portugal está décadas atrás nestas questões. Quem diz Portugal, diz Espanha. E parece-me que será algo só resolvido pelo salto geracional, porque o ditado "burro velho não aprende línguas" em terras ibéricas adequa-se perfeitamente.
O que leva a outra característica dos portugueses. Gostar de comprar sacos, grandes, reutilizáveis, para depois os acumular na mala do carro
Não há volta a dar, em vez de andarem de transportes ou a pé, andam de carro a destruir o ambiente, e depois nem o ISP querem pagar. Se não querem pagar deixem de ser pobres e comprem um tesla.
No outro dia perguntei à minha mulher porque é que temos um saco cheio de sacos na despensa.Se eu tivesse um euro por cada pessoa que reclama por pagar os sacos de papel era um fulano multimilionário ._." Mesmo sabendo que esse dinheiro é doado para as associações de ajuda no combate contra o cancro ._."
O que leva a outra característica dos portugueses. Gostar de comprar sacos, grandes, reutilizáveis, para depois os acumular na mala do carro
Ela começou a ralhar que eu sempre que vou às compras não levo saco e então eu desisti...
Atenção que a multa do lixo (encontrar plastico no teu lixo normal) não é logo assim. Eles dão-te 3 avisos...e depois ai sim passam-te a multa e depois quem paga é o condominio do predio.
Isso também tem muito que se lhe diga, até porque a reciclagem é algo absolutamente inútil aos dias de hoje com a quantidade de lixo per capita que é produzida. Crescemos a meterem-nos na cabeça que reciclar era uma boa ação e toda a gente de certeza que conhece a política dos 3 "R's", no entanto, os R's mais importantes são reduzir e reutilizar. A reciclagem de plástico é praticamente inviável do ponto de vista económico e o próprio processo é nocivo em termos ambientais. Apenas uma ínfima parte do plástico é reciclado. As campanhas de reciclagem sempre foram na esmagadora maioria ações de marketing desde que se começou a dar alguma importância ao ambiente e a ser falado nas escolas, para as pessoas não se sentirem mal a consumir determinados produtos e as vendas não caírem. Produz-se demasiado lixo e o valor da reciclagem nestes moldes é praticamente nulo. Na sua essência, é uma manobra para as pessoas continuarem a consumir sem se sentirem mal, mas a realidade é bem diferente.
Se reciclarem ótimo, continuem a reciclar, acho que é um bom hábito e que deve ser passado aos mais jovens. Se não reciclarem não se sintam mal, porque não tem impacto quase nenhum. Procurem é reduzir o consumo, sobretudo de plástico.
Última edição:
A qualidade da água das praias de Matosinhos, Porto, Gaia, é horrível. Agora começaram a fazer análises à água com mais frequência por alguma pressão que tem sido feita junto da CMM, mas esqueçam durante as esmagadora maioria do ano os níveis contaminação da água do mar estão acima dos limites, principalmente no inverno quando há bastantes mais descargas de águas não tratadas.
Durante os meses de verão as praias são limpas todos os dias e as descargas no mar ocorrem muito menos vezes. Se forem com regularidade às praias no inverno aí já podem ver a realidade, descargas muito mais frequentes que deixam as águas num estado lastimável e toneladas de lixo que dá à costa, sobretudo plástico, imenso plástico.
Não te esqueças que Eslovénia e Croácia são países do antigo bloco jugoslavo, que passaram por uma ditadura pós-II Guerra e só se tornaram independentes e em verdadeira democracia nos anos 90.
A estabilidade política também influencia aquilo que é a cultura cívica da população. Nós temos praticamente 50 anos em democracia, 50 anos de informação e de ação livre. Esses países têm 30.
Neste aspeto, quem evoluiu enormemente foi mesmo a Alemanha, que apesar de condicionada política e financeiramente durante vários décadas após a guerra, soube evoluir, mudar o paradigma e tornar-se, economicamente e civicamente, um gigante na Europa.