É o mundo real, como saberias se tivesses o hábito de consultar livros de história (que aliás é sempre escrita pelos "fortalhões, ou seja, os vencedores).
Tu podes não gostar do mundo real, e tens todo o direito de gostar mais de uns fortalhões do que de outros, mas não podes negar os factos.
Factos como estes: a Ucrânia teve uma ligação histórica com o nazismo, ao ponto de ainda hoje ter Bandera como herói nacional;
o batalhão azov usa simbologia nazi e identifica-se com os nacionalistas ucranianos que na década de 1940 se associaram aos nazis para combater o inimigo comum URSS.
Stepan Bandera é uma figura altamente controversa na história ucraniana, e quiçá conviesse não analisar a história a preto e branco, porque cruza o seu nacionalismo ucraniano por um lado, com o seu colaboracinismo com o regime nazi por outro, num país esmagado por duas potências totalitárias. É uma figura que é vista com bons olhos apenas por uma maioria na região histórica da Halychnya (Lviv). Entro o neutro e o negativo no resto do país. Alías é juntamente com Estaline e Gorbatchev o triunvirato de pessoas que colhe visões mais negativas no território ucraniano (à parte de Putin claro).
Misturar isso tudo apenas na classificação "nazis" é a tática igual à usada pelos soviéticos para evitarem ou suprimirem a identidade de nação ucraniana, política da era soviética de igualar o desenvolvimento da identidade nacional ucraniana com o nazismo devido à colaboração de Bandera com os nazis.
Colocar todos os ucranianos como Banderistas é pura retórica de propaganda russa e fazer fé no pouco conhecimento histórico das pessoas fora destes territórios e fora de quem tenha algum gosto especial e que a estude.
O ex presidente Yuschenko foi o único que o considerou e premiou como heroi oficialmente, prémio repudiado pela Comissão Europeia por exemplo.
O prémio foi retirado pelo fantoche russo Yanukovich e desde então não foi re-estabelecido, tendo inclusive uma moção apresentada no parlamento para o re-estabelecer sido rejeitada na vigência do governo do corrente presidente o único nazi e judeu em simultâneo conforme interessa á vossa propaganda, Volodymyr Zelensky.
Por outro lado o famosísimo grupo Wagner ou Wagner PMC tem...ligações ao neo-nazismo, foi fundado pelo neo-nazi Dmitry Utkin (inclusive e como o
@Vieira_Amares e bem afirmou o nome foi-lhe atribuido devido a Wagner ser o compositor favorito de Hitler), ao Russkoe Imperskoe Dvizhenie (grupo terrorista de extrema-direita), ao Rusich, mais um grupo neo-nazi.
Portanto se o argumento é dos "muh nazis na Ucrânia" o que dizer dos "muh nazis na Rússia".
Desnazificar nazificando através de nazis!
Tudo retórica, propaganda da feira, barata, cachuchos para ignaros, para tentar justificar a invasão.
O mundo real é guiado por leis, sem as mesmas não passaria de selva, não é governado por esse darwinismo social que aplicas mas só aqui, porque se te fossem aplicar no teu dia a dia ias começar a guinchar bravamente até que um "mais forte" com "direito a reclamar o que é seu e as suas influências" decidisse que tinha direito ao teu. Amanha-te, é a lei do mais forte.
Chega a ser pueril esta compreensão do mundo dos bullys importado das internets.
E a frase de que a história é escrita pelo vencedores é uma falácia total, uma frase feita, para se fazer de erudito, apenas para suportar ou que a mesma "é alternativa" e suportar teorias "da piça".
A história é escrita por múltiplas fontes, diferentes pessoas, contemporâneas ou mais distantes, com dados cruzados e analítica, combinado com análise científica, arqueológica e linguistica, para a história mais distante, é algo multidisciplinar.