A desfrutar de uns dias de descanso nos Açores, a atriz afirmou que “viu vacas felizes” e foi criticada.
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«Rapidamente uma internauta reagiu à publicação e deixou uma crítica à atriz: “
Sara não há vacas felizes. Nem nos Açores, nem em parte alguma do planeta se a sua vida é feita de ter filhos que lhes são retirados para que os humanos possam encher os copos de leite ou as mesas de queijos. Não há leite sem maternidade. E essa maternidade é imposta vezes sem conta para alimentar uma indústria milionária e sem escrúpulos. E durante anos os filhos dão roubados a estas mães e acabam num prato qualquer”»
Este tipo de ignorância e estupidez é cada vez mais comum e especialmente difundida por muitos vegans e partidos "ecologistas".
Há uma parte de verdade se estivermos a falar na produção industrial intensiva de leite e carne em que de facto os animais são tratados de forma terrível. Não é o caso se estivermos a falar de um método de produção mais extensivo. Depois há o problema típico da romantização da natureza por parte de pessoas que vivem nas cidades, vivem completamente desconectadas da natureza e acham que funciona como nos filmes da disney. Os próprios documentários da vida selvagem que passam comumente nas televisões não retratam totalmente a verdade daquilo que se passa na natureza, muita gente ficaria traumatizada. Mas fazia-lhes bem ver de perto como determinados animais são mortos por outros, comidos vivos, alguns podem escapar com feridas inacreditáveis e viver em agonia durante uns dias, com os abutres e outras aves a aproximarem-se e a começarem a dar bicadas e a retirar pedaços de carne com o animal ainda vivo. Em determinadas zonas onde as focas dão à luz, há gaivotas que andam propositadamente atrás de focas bebés e comem-lhes os olhos, depois as focas agonizam sem olhos e acabam por morrer passados uns dias. Podia também falar nos parasitas e doenças típicos que ocorrem nas populações de animais. Podia estar aqui o dia todo. Viver na natureza, a natureza verdadeira, é uma luta diária e terrível pela sobrevivência para a esmagadora maioria dos animais.
É evidente que há muita coisa de errada com a nossa forma de viver e que estas indústrias intensivas de produção de carne, leite, etc., muitas vezes têm práticas abomináveis. Mas hoje em dia difundem-se ideias completamente estúpidas e infundadas que diabolização todo o tipo de produção de carne ou a caça quando feita de forma legal e sustentável (por vezes bem necessária para o equilíbrio de um determinado ecossistema pela falta de predadores provocada por outras atividades humanas).