O pior é a indecisão. Preferia que escolhesse um qualquer modelo, que fosse o losango, o quadrado, a pirâmide... e o consolidasse por uma sequência de jogos. Muda-se demasiado a cada resultado negativo. A alteração inicial já exigia novas adaptações, mas enfim, ainda que discutível... que se tentasse suprir a ausência de Vitinha e das suas características através de uma nova dinâmica, com implicações de maior alcance. É natural que se procure alternativas... Agora, andar ao sabor das exibições e dos resultados dificilmente será a solução. E quando não há uma base consolidada mais difícil se torna a introdução de variantes. Há que escolher uma abordagem estratégica, um onze preferencial... e levar a época até ao fim.
O plantel foi muito mal planeado. Ganhou-se com vários jogadores espremidos no seu rendimento. O grupo que tínhamos não era bom o suficiente para acomodar sem problemas nova perda de qualidade. Precisávamos de um João Mário no topo da sua forma, um Zaidu competente, Otávio em boa condição física... Pelo contrário. Tivemos saídas relevantes, temos jogadores com desempenhos oscilantes ou abaixo do que mostraram anteriormente, e um calendário muito complicado, em que se joga de três em três dias... e os jogadores têm de ser geridos, embora o plantel não possua especial profundidade. Convém suster esse decréscimo de qualidade, até porque os rivais têm vindo a realizar investimentos superiores. É com este plantel que se quer atacar campeonato, taça, liga dos campeões... enfim. Isto é tudo muito arriscado.
Em todo o caso, há que amanhar alguma coisa com o que se tem. Definir prioridades para temporada, disfarçar lacunas... talvez ir buscar mais rendimento a outros jogadores. Estabilize-se a equipa, depois logo se vê do que ela é capaz.