Cada vez mais os incêndios estão a mostrar que é preciso repensar todo o sistema de combate aos incêndios. Gasta-se milhões e milhões em dinheiros públicos na sustentação de corpos de bombeiros mas a realidade que observamos é que é diminuta a ação eficaz de combate nas fases mais críticas. A percepção que passa é que os bombeiros são eficazes no rescaldo. A percepção que fica é que deixam arder até pontos estratégicos em que se colocam, sejam habitações ou estradas centrais.
É preciso concentrar esforços em meios que realmente apaguem os fogos nas fases mais críticas e não em fases que já não há nada para arder! Talvez os meios seres sejam mais eficazes, provavelmente tem um efeito mais que multiplicador na mitigação dos fogos!
assistimos à deslocação de meios de combate, muitas vezes das zonas metropolitanas, se calhar pessoas sem grande experiência e conhecimento do terreno cuja eficiência e eficácia não serve os territórios afetados.
É preciso fazer uso de uma melhor eficiência dos dinheiros públicos pois a percepção que atualmente passa é o alimentar de um sistema e mercado à volta dos incêndios que gera uma renda brutal para uma camada da população, que não tem correspondência no valor que entrega ao cidadão.
entendo que existem áreas muito perigosas a nível de incêndio, áreas fortemente arborizadas com espécies vegetais mais facilmente inflamáveis como o eucalipto, mas existem outras áreas essencialmente de vegetação rasteira que ardem sem controlo e sem combate eficaz do corpo de bombeiros.
O exemplo da Serra da Estrela e de trás os montes, é reflexo disto mesmo, áreas sem eucaliptos, sem grande mancha arbórea, essencialmente de espécies vegetais rasteiras e ardem tal e qual um incêndio infernal como em manchas de eucaliptos e acentuados declives.
Existem muitas dúvidas e questões a colocar que o negócio dos incêndios está a revelar que é preciso investigar, é preciso tirar lições aprendidas porque imo, existe muito faz de conta, e muito dinheiro a ser mal gasto e pago a quem não justifica o trabalho observado.