Eu concordo com isto mas não é esse o ponto de vista dos russos e podemos não concordar mas temos pelo menos que tentar perceber a posição dos outros.Penso que não há comparação possível, e ainda menos com Portugal que têm uma das fronteiras mais antigas da Europa.
Aquela região do mundo sofreu muitas guerras, massacres, deportações. É impossível definir fronteiras sob base étnicas.
As fronteiras da Ucrânia foram reconhecidas após a dissolução da União Soviética sem contestação.
Foram reconhecidas pela Rússia mais tarde durante o processo de desnuclearização da Ucrânia.
A integridade territorial da Ucrânia é simplesmente indiscutível.
Não acho que a população étnica russa na Crimeia seja um grande problema.
No fundo não é um caso único na Europa: - - Tyrol Sul em Itália (habitado por germânicos)
- Transylvania na Romênia (várias zonas habitadas por húngaros)
- Åland na Finlândia (habitado por Suecos)
Etc.
Corremos o risco de o Rússia ser derrotada mas acontecer uma coisa parecida com o que aconteceu com a Alemanha no final da primeira guerra mundial. Daqui a 20 ou 30 anos corremos o risco de ter o mesmo problema de novo, com a Rússia ferida no seu orgulho, reorganizada e rearmada.
E não nos podemos esquecer que apesar da posição do ocidente, países como o India e a China que serão potências dominantes nas próximas décadas, estão muito longe de condenar esta agressão.
Não sei se a Crimeia e o Donbass não serão um 'pequeno' preço a pagar por uma período de paz mais duradouro.