Traduz lá aí, diz que o carro afinal não era civil?
Guerra Rússia - Ucrânia
- Iniciador de Tópicos ixnay
- Data de início
Ouví agora Sergey Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, afirmou esta manhã de sexta-feira, em conferência de imprensa, que a Rússia não reconhece a liderança da Ucrânia como democrática.
E a Rússia é democrática?
E a Rússia é democrática?
Já descobrimos nele o putinista de serviço
Sim, a Rússia deve ser o exemplo a seguir...
P
portu
Guest
Menos mal que não és tu a tomar decisões.
O Secretário de estado dos EUA revelou há algumas horas a quem ligou e por ordem cronológica, primeiro à NATO (apesar de nada estar a fazer dentro do território Ucraniano), depois ligou ao Josep Borrel (EU), depois a cada Ministro dos Negócios Estrangeiros dos países bálticos, antigas repúblicas soviéticas que integram a NATO e onde há, de facto, um clima de medo. Por exemplo o Governo da Lituânia sugeriu aos seus cidadãos que reunissem uma espécie de mochila (um pack se sobrevivência) como comida e medicamentos para as próximas 72h pois estão a 30min da Bielorrússia (Estado Satélite de Moscovo) e que está a auxiliar na invasão à Ucrânia.
Ligou também à Turquia (será um dos países fulcrais para a resolução deste conflito pois é responsável por uma grande % de venda de armamento à Ucrânia e uma certa parte à Rússia, para além de serem o 2º maior exército da NATO).
Ligou também à Índia (uma superpotência com relações próximas à Rússia) e ligaram para Israel (dos aliados mais tradicionais dos EUA).
Do lado de Putin vimos um telefonema para o Irão e Paquistão (armamento nuclear), sendo este último vizinho da Índia.
Ou seja, isto não é uma crise regional, mas sim global, com vários países com armamento nuclear e próximos da Rússia (Índia, China, Turquia).
Estamos a assistir a uma manobra de guerra de conquista (invasão) “full scale” num mundo que, entretanto, é multipolar, ou seja, uma tentativa da Rússia a um regresso à ordem internacional antiga, uma bipolarização entre o ocidente liderado pelos EUA e o Leste, liderado pela União Soviética, só que atualmente temos muitos mais players.
Vladimir Putin já recebeu no Kremlin uma série de representantes do tecido empresarial e de negócios russos, ou seja, está a tentar proteger os seus oligarcas e a sua economia destas sanções.
A porta-voz da Casa Branca, a Jen Psaki, falou sobre a concertação de países com o intuito de limitarem exportações tecnológicas para a Rússia (EUA, Japão, EU, UK, Austrália e Taiwan).
Isto é um pormenor importante pois Taiwan tem um diferendo territorial e geopolítico com a China, o que demonstra coragem, sabendo que a crise na Ucrânia é um espelho de uma futura crise em Taiwan e o sucesso ou insucesso terá repercussões na sua independência, e se o Ocidente não salvar a Ucrânia a China entende que também não salvará Taiwan…
Falo do Taiwan devido à limitação dos semicondutores, que têm sido alvo de escassez e que são essenciais para os caças da força aérea russa, sem os semicondutores a longo prazo a Rússia não consegue ter caças novos…
Relativamente ao sistema Swift, e que poderia ser a arma mais pesada a aplicar à Rússia porque a iria retirar do sistema de pagamentos internacionais e que interliga todos os bancos, mas os EUA e a EU, para já, recusam a fazê-lo, pois, neste momento não teria um impacto tão profundo como seria previsível…
Olho para esta reação do Ocidente com algum pesar, pois esta questão do sistema swift mostra que esta invasão em larga escala, da zona mais oriental da Ucrânia à zona mais próxima dos territórios europeus, estava planeada há muito tempo pois nos últimos 2 meses a Rússia e a China, para além de terem feito acordos de cooperação na área energética, também acordaram a programação de um novo tipo de sistema swift para interagir, do ponto de vista bancário, entre ambos...
Mas porque é que a UE não quer retirar o acesso ao sistema Swift sendo que as sanções têm efeitos a médio/longo prazo e isto teria um efeito imediato? É simples… para já devido á dependência energética da UE em relação à Rússia, depois porque a França e Itália, juntas, têm cerca de 50B de euros em dúvida russa, portanto não querem ferir a sua relação bancária com um país que tem dívida desse país no seu próprio setor bancário, isto seria caótico!
Para além disso, o Ocidente não consegue ter uma política externa à altura dos seus valores, nós fomos avisados que isto ia acontecer, fomos avisados nos últimos 10 anos com a anexação da Crimeia, que desencadeou uma série de eventos, decisões e consequências com a que vivemos atualmente com a invasão à Ucrânia…
Apesar disso a Gazprom nunca deixou de patrocinar a Uefa…
O Ex-chanceler alemão não deixou de ser administrador e de fazer parte do board da Gazprom…
O Nordstream 2 só foi suspenso há 48h…
No entanto a tentativa de assassinato e prisão legítima do líder de oposição russo Alexei Navalny foi remetido, pelos países europeus, para a justiça russa…
No entanto o caso Skrypal, que aconteceu em Salisbury (uma pequena cidade a 1h de Londres) que foi um atentado químico em solo europeu, e a única reação europeia foi mandar para casa uns indivíduos que trabalhavam nas embaixadas russas…
Concluindo, nos fomos sucessivamente avisados que isto era possível e o pragmatismo diplomático fez com que não agíssemos à altura da dimensão das ofensas russas, tanto queremos ser pragmáticas que fomos ingénuos, e o caso do sistema swift é um trunfo dessa ingenuidade porque estão a dizer ao Putin que pode fazer tudo, que pode invadir um país que está a 30min de território da UE e de países que fazem parte da NATO, baseado numa retórica que não faz sentido porque o problema de Putin é que perdeu a racionalidade…
Vladimir Putin sempre foi um ator internacional algo racional, contudo, o discurso dele esta semana foi totalmente irracional, denotado de bastante revanchismo e revisionismo histórico, até de superioridade racial e étnica em relação à Ucrânia porque quando Putin reconhece a independência das repúblicas populares o que realmente faz é recusar a independência da Ucrânia, dizendo que não têm direito de sequer existir!
O que está a acontecer tem um nome, genocídio, e pouco ou nada estamos realmente a fazer para alterar o rumo dos acontecimentos!
Ligou também à Turquia (será um dos países fulcrais para a resolução deste conflito pois é responsável por uma grande % de venda de armamento à Ucrânia e uma certa parte à Rússia, para além de serem o 2º maior exército da NATO).
Ligou também à Índia (uma superpotência com relações próximas à Rússia) e ligaram para Israel (dos aliados mais tradicionais dos EUA).
Do lado de Putin vimos um telefonema para o Irão e Paquistão (armamento nuclear), sendo este último vizinho da Índia.
Ou seja, isto não é uma crise regional, mas sim global, com vários países com armamento nuclear e próximos da Rússia (Índia, China, Turquia).
Estamos a assistir a uma manobra de guerra de conquista (invasão) “full scale” num mundo que, entretanto, é multipolar, ou seja, uma tentativa da Rússia a um regresso à ordem internacional antiga, uma bipolarização entre o ocidente liderado pelos EUA e o Leste, liderado pela União Soviética, só que atualmente temos muitos mais players.
Vladimir Putin já recebeu no Kremlin uma série de representantes do tecido empresarial e de negócios russos, ou seja, está a tentar proteger os seus oligarcas e a sua economia destas sanções.
A porta-voz da Casa Branca, a Jen Psaki, falou sobre a concertação de países com o intuito de limitarem exportações tecnológicas para a Rússia (EUA, Japão, EU, UK, Austrália e Taiwan).
Isto é um pormenor importante pois Taiwan tem um diferendo territorial e geopolítico com a China, o que demonstra coragem, sabendo que a crise na Ucrânia é um espelho de uma futura crise em Taiwan e o sucesso ou insucesso terá repercussões na sua independência, e se o Ocidente não salvar a Ucrânia a China entende que também não salvará Taiwan…
Falo do Taiwan devido à limitação dos semicondutores, que têm sido alvo de escassez e que são essenciais para os caças da força aérea russa, sem os semicondutores a longo prazo a Rússia não consegue ter caças novos…
Relativamente ao sistema Swift, e que poderia ser a arma mais pesada a aplicar à Rússia porque a iria retirar do sistema de pagamentos internacionais e que interliga todos os bancos, mas os EUA e a EU, para já, recusam a fazê-lo, pois, neste momento não teria um impacto tão profundo como seria previsível…
Olho para esta reação do Ocidente com algum pesar, pois esta questão do sistema swift mostra que esta invasão em larga escala, da zona mais oriental da Ucrânia à zona mais próxima dos territórios europeus, estava planeada há muito tempo pois nos últimos 2 meses a Rússia e a China, para além de terem feito acordos de cooperação na área energética, também acordaram a programação de um novo tipo de sistema swift para interagir, do ponto de vista bancário, entre ambos...
Mas porque é que a UE não quer retirar o acesso ao sistema Swift sendo que as sanções têm efeitos a médio/longo prazo e isto teria um efeito imediato? É simples… para já devido á dependência energética da UE em relação à Rússia, depois porque a França e Itália, juntas, têm cerca de 50B de euros em dúvida russa, portanto não querem ferir a sua relação bancária com um país que tem dívida desse país no seu próprio setor bancário, isto seria caótico!
Para além disso, o Ocidente não consegue ter uma política externa à altura dos seus valores, nós fomos avisados que isto ia acontecer, fomos avisados nos últimos 10 anos com a anexação da Crimeia, que desencadeou uma série de eventos, decisões e consequências com a que vivemos atualmente com a invasão à Ucrânia…
Apesar disso a Gazprom nunca deixou de patrocinar a Uefa…
O Ex-chanceler alemão não deixou de ser administrador e de fazer parte do board da Gazprom…
O Nordstream 2 só foi suspenso há 48h…
No entanto a tentativa de assassinato e prisão legítima do líder de oposição russo Alexei Navalny foi remetido, pelos países europeus, para a justiça russa…
No entanto o caso Skrypal, que aconteceu em Salisbury (uma pequena cidade a 1h de Londres) que foi um atentado químico em solo europeu, e a única reação europeia foi mandar para casa uns indivíduos que trabalhavam nas embaixadas russas…
Concluindo, nos fomos sucessivamente avisados que isto era possível e o pragmatismo diplomático fez com que não agíssemos à altura da dimensão das ofensas russas, tanto queremos ser pragmáticas que fomos ingénuos, e o caso do sistema swift é um trunfo dessa ingenuidade porque estão a dizer ao Putin que pode fazer tudo, que pode invadir um país que está a 30min de território da UE e de países que fazem parte da NATO, baseado numa retórica que não faz sentido porque o problema de Putin é que perdeu a racionalidade…
Vladimir Putin sempre foi um ator internacional algo racional, contudo, o discurso dele esta semana foi totalmente irracional, denotado de bastante revanchismo e revisionismo histórico, até de superioridade racial e étnica em relação à Ucrânia porque quando Putin reconhece a independência das repúblicas populares o que realmente faz é recusar a independência da Ucrânia, dizendo que não têm direito de sequer existir!
O que está a acontecer tem um nome, genocídio, e pouco ou nada estamos realmente a fazer para alterar o rumo dos acontecimentos!
Muitos filmes do Rambo e do Top Gun.
O Maverick num F16 a bombardear o Kremlin enquanto ouvia o Enola Gay e suspirava pelo Goose.
Não tem noção que qualquer agressão no território de um país do Conselho de Segurança por outro país dessa magnitude seria o fim da humanidade como a conhecemos.
Sebastião Bugalho, és tu?
Chama-se a isto "put. de lata" do Lavrov!!
Como talvez sabem, vivi uns tempos em Kiev e ainda mantenho interesses naquela cidade, portanto vou acompanhando a situação.
A armada ucraniana é bastante competente apesar da inferioridade material e em números.
Infelizmente, os Russos são imparáveis, os ucranianos podem apenas atrasar o inevitável.
Infelizmente, o que isso significa é que Putin vai poder sem nenhuma oposição criar uma nova Bielorrússia às portas da Europa.
Isso é infeliz, porque a Ucrânia estava a se desenvolver em um país com a mentalidade bem moderna e agora será usada como arma contra o ocidente.
Na minha opinião a passividade da NATO irá custar caro no futuro.
A armada ucraniana é bastante competente apesar da inferioridade material e em números.
Infelizmente, os Russos são imparáveis, os ucranianos podem apenas atrasar o inevitável.
Infelizmente, o que isso significa é que Putin vai poder sem nenhuma oposição criar uma nova Bielorrússia às portas da Europa.
Isso é infeliz, porque a Ucrânia estava a se desenvolver em um país com a mentalidade bem moderna e agora será usada como arma contra o ocidente.
Na minha opinião a passividade da NATO irá custar caro no futuro.
Um grande amigo meu, trocamos muitas ideias.
É dos mais capazes para comentar, de forma lógica e com conteúdo, este tema.
Num outro sentido, já mais pessoal, o José Milhazes também é alguém que merece ser ouvido.
Na Siberia ha muitas zonas sem casas
Eu gostava de ter esta capacidade e frieza de análise.
Não sei se o texte é teu, mas parabéns por ele.
É que o que escreveste é frase por frase o que ele disse numa intervenção ontem durante a noite na CNN Portugal, daí ter perguntado.
O Costa vai resolver o assunto.
Mas podes atingir ursos polares indefesos, que nesta altura já estão a passar um mau bocado por causa das alterações climaticas.
José milhazes que hoje quase que ia às trombas do Alexandre Guerreiro aka pateta lampião chegano que diz que é professor de direito internacional e também amante do Putin.
Ou é dele ou do Sebastião Bugalho pois foi o que aí está escrito que o Sebastião disse na CNN. De qualquer das formas está aí nesse texto uma brilhante e fria analise ao contexto global que atravessamos.