Ninguém vai meter o bedelho entre a Rússia e a Ucrânia por mais alto que as vozes gritem nesse sentido porque nem a Ucrânia tem relevância significativa para justificar o fardo que seria interferir por não ter nenhuma indústria extremamente vital que seja insubstituível nem se vai arriscar entrar em conflito directo com um Estado armado até aos dentes em termos nucleares e com um líder instável no comando.
Só se vai fazer duas coisas: sanções económicas (o típico esquema indirecto de coerção) e uns discursos de reprovação sem efeitos práticos.
Desengane-se quem acha que os países se movem por motivos genuinamente nobres, não passa de fachada, só olham aos seus interesses e, se se alinhar, ajudam, se não se alinhar, não ajudam. Neste caso, o fardo seria muito maior do que o benefício, logo ninguém interfere diretamente no conflito, só o fariam se a Ucrânia fosse vital, coisa que não é.
É triste, mas o que vai acontecer é simplesmente as tropas russas serem deixadas livremente à solta contra as ucranianas e, mais cedo ou mais tarde, lá vão tomar o território, principalmente o território russofono e pró-russo que é mais fácil de controlar e gerir à distância, que vai servir de buffer territory entre a Rússia e os países da NATO de forma a que não consigam pôr bases muito perto da fronteira e sejam facilmente monitorizados.
www.spiked-online.com
