Dificilmente criticaria um agente político, singular ou colectivo, por contratar assessores, dentro do que a lei regulamenta, independentemente do partido. A política é algo importante, não deve ser vista de forma populista. A República não se governa com boa vontade, necessita de conhecimento técnico, especializado. Parece-me fácil olhar para os gabinetes, as assessorias, as máquinas estatais, governamentais, autárquicas, ... como coisas supérfluas; mais difícil será compreender ao certo o que é realmente necessário para conduzir o país, os municípios, intervir na gestão local, etc. etc. etc. O que importa aferir são as condições necessárias para exercer plenamente determinado cargo político. Porque se não soubermos, ignoramos o que será necessário, que tipo de recursos deverão ser alocados. Vejo uma vantagem óbvia em ter 9 assessores em part-time e não 4 a tempo inteiro: o vereador tem acesso a mais conhecimento especializado e pode assim estruturar a sua acção de forma distinta. Aliás, se o agente político tem um certo budget pré-determinado, deve ter a liberdade de estruturar o funcionamento dos seus próprios órgãos de apoio.