Actualidade Nacional

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  • Alfredo Quintana
Mais uma vez, não tem que se saber, tem que se entender. E reiterando que um roubo não é furto, e sendo vários roubos é uma agravante também.

Contrariei sim a retórica de quem tenta comparar a gravidade de vários roubos, implicitamente criticando a aplicação da lei, com um mega processo judicial e comparando medidas de coação.
Obviamente que é uma crítica à aplicação da lei, pois considero absurdo aplicar uma pena de 6 anos de prisão efectiva a um assaltante de telemóveis por esticão, tendo cometido os crimes num período restrito de tempo. Vendo-lhe a informação que comprei, nada mais. Compreendo que tenha outra visão, pessoalmente acho repugnante. Pior, ter de permanecer 11 meses em prisão preventiva. Por outro lado, considero que se passam coisas bem mais gravosas, com intervenções da Justiça ... não tão implacáveis, digamos que eufemisticamente. Nenhuma retórica, apenas opinião pessoal.

Julguei que tinha informação sobre o caso, uma vez que deu a entender que sabia de algo. Vejo que não. Uma intervenção um pouco extemporânea, já que em nada se baseia.
 

incrivel

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Obviamente que é uma crítica à aplicação da lei, pois considero absurdo aplicar uma pena de 6 anos de prisão efectiva a um assaltante de telemóveis por esticão, tendo cometido os crimes num período restrito de tempo. Vendo-lhe a informação que comprei, nada mais. Compreendo que tenha outra visão, pessoalmente acho repugnante. Pior, ter de permanecer 11 meses em prisão preventiva. Por outro lado, considero que se passam coisas bem mais gravosas, com intervenções da Justiça ... não tão implacáveis, digamos que eufemisticamente. Nenhuma retórica, apenas opinião pessoal.

Julguei que tinha informação sobre o caso, uma vez que deu a entender que sabia de algo. Vejo que não. Uma intervenção um pouco extemporânea, já que em nada se baseia.
Equivocado, mais uma vez.

De qualquer das formas como não ganho nada com este diálogo, resta dizer que repugnante é a não aplicação da lei.
 
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Equivocado, mais uma vez.

De qualquer das formas como não ganho nada com este diálogo, resta dizer que repugnante é a não aplicação da lei.
Já compreendi que não sabe nada sobre o caso nem consegue acrescentar qualquer informação, embora tenha lançado suspeitas sobre o trabalho jornalístico e aludido a violência extrema sobre as vítimas. Mas é curioso: se nada sabe sobre o caso, se assim ou se assado, em que se baseia a intervenção? Veio do lugar da ideologia, convicção pessoal, senso comum... O que é interessante, mas também convém saber-se alguma coisa para se poder discutir situações concretas. Muitos smiles, pouco conhecimento. E quando nada se sabe, torna-se prudente pouco ou nada dizer. Parece-me mais honesto afirmar simplesmente que concorda com uma pena acumulada de 6 anos de prisão para um série de furtos de telemóveis e com um período de 11 meses de prisão preventiva associados à acusação. Legítimo e preferível a insinuações de jornalismo enviesado e de vítimas gravemente violentadas. Ou então, se sabe algo, contradiz. Concordo que a lei deve ser aplica de forma justa.

Já agora, fica uma referência para o que li em papel:
Danijoy e Daniel morreram com minutos de diferença na mesma prisão. PJ nunca foi chamada a investigar | Investigação | PÚBLICO (publico.pt)
 
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MiguelDeco

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  • Alfredo Quintana
Remetendo-me a comentar o que esta a negrito, é simplesmente impossível.

Gostava era de ver esta celeridade contra estes grandes crimes que se cometeram na banca nacional, por exemplo..
Uma pessoa que rouba 15 chocolates tem um tratamento mais célere e eficaz que um fulano que destruiu um país e um sistema bancário e anda a gozar a malta em férias na itália..
 
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incrivel

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Gostava era de ver esta celeridade contra estes grandes crimes que se cometeram na banca nacional, por exemplo..
Uma pessoa que rouba 15 chocolates tem um tratamento mais célere e eficaz que um fulano que destruiu um país e um sistema bancário e anda a gozar a malta em férias na itália..
Só me dás razão... pena suspensa e os restantes detidos.

A celeridade é diferente por simples motivos, dois casos de flagrante delito e casos de uma simplicidade enorme, muito diferente do referido em seguida que são casos com inquéritos que duram anos e anos.
 

MiguelDeco

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Só me dás razão... pena suspensa e os restantes detidos.

A celeridade é diferente por simples motivos, dois casos de flagrante delito e casos de uma simplicidade enorme, muito diferente do referido em seguida que são casos com inquéritos que duram anos e anos.
Detido ou preso para mim é a mesma coisa.. não conhecia essa diferença jurídica..
Ainda assim.. o que acontece ao senhor que roubou os chocolates caso seja apanhado a roubar um outro chocolate? Pode ter pena efetiva ou não? Por roubar comida?

Mas o problema é mesmo esse. Como é que seja possível que pessoas como o José Oliveira e Costa tenham morrido sem ter cumprido a pena a que foram condenados? só porque têm fundos infinitos para recorrer..? que raio de justiça é esta.. Como é possível termos um fulano condenado a um ano de cadeia, mesmo que suspensa, por roubo de chocolates e temos uma pena de 15 anos, não cumprida, para um fulano que deixou um buraco que ascende a 5 mil milhões de euros.. Como é que isto não indigna um povo? É muito fácil, porque ao contrário do fulano que rouba pouco e ainda por cima é apanhado e logo é visto como burro por se deixar apanhar, a nossa sociedade admira aqueles que roubam muito e ainda por cima gozam o povo..
 
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tripeiro_de_gema

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Se não estou em erro, detido é alguém que está privado de liberdade temporariamente, que ainda não foi a julgamento.
 

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Mais um português de bem detido.. Isto de facto é um país perdido..
Ainda procurei pela data da notícia, não anunciasse qualquer acontecimento passado. Dá uma certa sensação de que este rapaz aparece todos os anos envolvido em qualquer coisa. Infelizmente o sistema prisional não conseguiu reabilitá-lo. ... Poderia ser risível, rocambolesco ou divertido, de estafado que é o número, mas infelizmente trata-se de um dos responsáveis por um dos mais infames episódios da recente história portuguesa. Acrescente-se que, pelo envolvimento na morte de Alcindo Monteiro, Mário Machado, à data militar da Força Aérea, saiu da prisão após quatro anos e qualquer coisa.
 
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Tiagotg999

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MiguelDeco

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Ainda procurei pela data da notícia, não anunciasse qualquer acontecimento passado. Dá uma certa sensação de que este rapaz aparece todos os anos envolvido em qualquer coisa. Infelizmente o sistema prisional não conseguiu reabilitá-lo. ... Poderia ser risível, rocambolesco ou divertido, de estafado que é o número, mas infelizmente trata-se de um dos responsáveis por um dos mais infames episódios da recente história portuguesa. Acrescente-se que, pelo envolvimento na morte de Alcindo Monteiro, Mário Machado, à data militar da Força Aérea, saiu da prisão após quatro anos e qualquer coisa.
É um prisioneiro político..
Um gajo que tem o azar de estar no sítio errado à hora errada..


Tirando este dia..
 

0781

Bancada lateral
8 Agosto 2016
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Obviamente que é uma crítica à aplicação da lei, pois considero absurdo aplicar uma pena de 6 anos de prisão efectiva a um assaltante de telemóveis por esticão, tendo cometido os crimes num período restrito de tempo. Vendo-lhe a informação que comprei, nada mais. Compreendo que tenha outra visão, pessoalmente acho repugnante. Pior, ter de permanecer 11 meses em prisão preventiva. Por outro lado, considero que se passam coisas bem mais gravosas, com intervenções da Justiça ... não tão implacáveis, digamos que eufemisticamente. Nenhuma retórica, apenas opinião pessoal.

Julguei que tinha informação sobre o caso, uma vez que deu a entender que sabia de algo. Vejo que não. Uma intervenção um pouco extemporânea, já que em nada se baseia.

A questão aqui não é se 6 anos é muito ou pouco. A questão é que muitas dessas vitimas ficam sem o telemóvel e sem o dinheiro que pagaram por ele.
Muitas delas ficam marcadas psicologicamente, e outras fisicamente.
E nunca lhes é restituído o telemóvel nem o dinheiro, muito menos se apagam as marcas psicológicas ou físicas.
É disto que estamos a falar.
Defende-se mais o criminoso do que a vitima, a vitima é esquecida e o sistema judicial não a protege.

Um simples roubo de um telemóvel, de um carro, uma mota, um recheio de uma casa, têm impactos inimagináveis.
E não é com penas suspensas que isto se resolve. Quando passar a pena efetiva já muitas vidas foram prejudicadas.
 

Vieira_Amares

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Ainda procurei pela data da notícia, não anunciasse qualquer acontecimento passado. Dá uma certa sensação de que este rapaz aparece todos os anos envolvido em qualquer coisa. Infelizmente o sistema prisional não conseguiu reabilitá-lo. ... Poderia ser risível, rocambolesco ou divertido, de estafado que é o número, mas infelizmente trata-se de um dos responsáveis por um dos mais infames episódios da recente história portuguesa. Acrescente-se que, pelo envolvimento na morte de Alcindo Monteiro, Mário Machado, à data militar da Força Aérea, saiu da prisão após quatro anos e qualquer coisa.
Eu sei onde esse estava bem. Sei sei.

Tanta bala perdida e...
 

J | [Ka!s3r^].

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7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
A questão aqui não é se 6 anos é muito ou pouco. A questão é que muitas dessas vitimas ficam sem o telemóvel e sem o dinheiro que pagaram por ele.
Muitas delas ficam marcadas psicologicamente, e outras fisicamente.
E nunca lhes é restituído o telemóvel nem o dinheiro, muito menos se apagam as marcas psicológicas ou físicas.
É disto que estamos a falar.
Defende-se mais o criminoso do que a vitima, a vitima é esquecida e o sistema judicial não a protege.

Um simples roubo de um telemóvel, de um carro, uma mota, um recheio de uma casa, têm impactos inimagináveis.
E não é com penas suspensas que isto se resolve. Quando passar a pena efetiva já muitas vidas foram prejudicadas.
Não disputo isso, tratam-se de eventos traumáticos. Mas traumas desse tipo requerem sobretudo intervenções especializadas de apoio à vítima, não se ultrapassado por uma acção penal particularmente severa sobre o infractor. Pode-se atirar com um ladrão para uma cela durante 20 ou 30 anos que o trauma não desaparece com essa decisão, ainda que seja importante para a vítima a sensação de que se fez justiça (e também por isso é importante que se faça justiça)... mas exige sobretudo outro tipo de trabalho. A pena resulta do cumprimento de um processo formal, não sendo determinada pela dimensão do trauma psicológico das vítimas. Ou melhor, decerto não será esse o único critério em equação. Até porque o trauma será uma experiência pessoal e subjectiva, divergindo de pessoa para pessoa quando confrontadas com a mesma experiência. É uma outra questão. Simplesmente, neste caso e pelo que consegui saber, parece-me uma pena excessiva, nada mais que isso, à qual se acresce um período de prisão preventiva estupidamente longo. E difícil de sustentar quando comparado com medidas de coação aplicadas noutros casos. Para um observador mais ou menos atento, parece que a Justiça portuguesa é algo incongruente na aplicação de medidas de coação, sendo certo que a demora dos processos é um problema real. Não acho que não se deva punir. Faz sentido e é necessário punir, logicamente. O discurso de que se defende mais o criminoso do que a vítima é uma patetice, somos seres dotados de inteligência, capazes de tratar assuntos complexos considerando diversas dimensões.

Portugal tem um problema grave com o seu sistema prisional. A taxa de reincidência é elevada, havendo países capazes de intervenções mais eficazes. Punir é importante, sem dúvida, mas o objectivo do sistema, além do castigo e da manutenção da ordem, passa por devolver o indivíduo à sociedade, reabilitá-lo. Aliás... a atenção deveria concentrar-se também numa fase anterior, numa perspectiva de reduzir os factores que contribuem para a criminalidade.
 
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Porto1986

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25 Maio 2016
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Já compreendi que não sabe nada sobre o caso nem consegue acrescentar qualquer informação, embora tenha lançado suspeitas sobre o trabalho jornalístico e aludido a violência extrema sobre as vítimas. Mas é curioso: se nada sabe sobre o caso, se assim ou se assado, em que se baseia a intervenção? Veio do lugar da ideologia, convicção pessoal, senso comum... O que é interessante, mas também convém saber-se alguma coisa para se poder discutir situações concretas. Muitos smiles, pouco conhecimento. E quando nada se sabe, torna-se prudente pouco ou nada dizer. Parece-me mais honesto afirmar simplesmente que concorda com uma pena acumulada de 6 anos de prisão para um série de furtos de telemóveis e com um período de 11 meses de prisão preventiva associados à acusação. Legítimo e preferível a insinuações de jornalismo enviesado e de vítimas gravemente violentadas. Ou então, se sabe algo, contradiz. Concordo que a lei deve ser aplica de forma justa.

Já agora, fica uma referência para o que li em papel:
Danijoy e Daniel morreram com minutos de diferença na mesma prisão. PJ nunca foi chamada a investigar | Investigação | PÚBLICO (publico.pt)
Mais uma vez equivocado porque se foi por esticão e roubo logo implica coação ou violência o que por si aumenta a moldura penal e por si só é crime público logo pode complementar pena de prisao preventiva.
Ou seja pode ir até 8 anos de prisao.
E como diz foram mais do que uma vez praticados logo e um agravante.
Você e que está a misturar alhos com bugalhos.
Uma coisa e os crimes de colarinho deviam ter molduras penais muito mais agravadas e os processos ser mais rapidamente resolvidos, claro que sim.
Outra coisa e dizer que vários roubos seja do que for não devem ser punidos de forma exemplar.
Pois como lhe disse anteriormente roubo significa o conjugar de dois crimes o furto e o crime de ofensas a integridade física ou coação.
Por isso mesmo um crime gravoso e com uma moldura penal superior
 

Porto1986

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25 Maio 2016
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Não disputo isso, tratam-se de eventos traumáticos. Mas traumas desse tipo requerem sobretudo intervenções especializadas de apoio à vítima, não se ultrapassado por uma acção penal particularmente severa sobre o infractor. Pode-se atirar com um ladrão para uma cela durante 20 ou 30 anos que o trauma não desaparece com essa decisão, ainda que seja importante para a vítima a sensação de que se fez justiça (e também por isso é importante que se faça justiça)... mas exige sobretudo outro tipo de trabalho. A pena resulta do cumprimento de um processo formal, não sendo determinada pela dimensão do trauma psicológico das vítimas. Ou melhor, decerto não será esse o único critério em equação. Até porque o trauma será uma experiência pessoal e subjectiva, divergindo de pessoa para pessoa quando confrontadas com a mesma experiência. É uma outra questão. Simplesmente, neste caso e pelo que consegui saber, parece-me uma pena excessiva, nada mais que isso, à qual se acresce um período de prisão preventiva estupidamente longo. E difícil de sustentar quando comparado com medidas de coação aplicadas noutros casos. Para um observador mais ou menos atento, parece que a Justiça portuguesa é algo incongruente na aplicação de medidas de coação, sendo certo que a demora dos processos é um problema real. Não acho que não se deva punir. Faz sentido e é necessário punir, logicamente. O discurso de que se defende mais o criminoso do que a vítima é uma patetice, somos seres dotados de inteligência, capazes de tratar assuntos complexos considerando diversas dimensões.

Portugal tem um problema grave com o seu sistema prisional. A taxa de reincidência é elevada, havendo países capazes de intervenções mais eficazes. Punir é importante, sem dúvida, mas o objectivo do sistema, além do castigo e da manutenção da ordem, passa por devolver o indivíduo à sociedade, reabilitá-lo. Aliás... a atenção deveria concentrar-se também numa fase anterior, numa perspectiva de reduzir os factores que contribuem para a criminalidade.
Ou seja se o infrator levar um ano já e suficiente e sairá da prisão plenamente consciente de que nunca mais irá reincidir naquele crime.
Sendo que o ideal seria mesmo por o infrator frente a frente com a vítima fazendo as pazes e cada um seguir a sua vida.
 

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  • Alfredo Quintana
Mais uma vez equivocado porque se foi por esticão e roubo logo implica coação ou violência o que por si aumenta a moldura penal e por si só é crime público logo pode complementar pena de prisao preventiva.
Ou seja pode ir até 8 anos de prisao.
E como diz foram mais do que uma vez praticados logo e um agravante.
Você e que está a misturar alhos com bugalhos.
Uma coisa e os crimes de colarinho deviam ter molduras penais muito mais agravadas e os processos ser mais rapidamente resolvidos, claro que sim.
Outra coisa e dizer que vários roubos seja do que for não devem ser punidos de forma exemplar.
Pois como lhe disse anteriormente roubo significa o conjugar de dois crimes o furto e o crime de ofensas a integridade física ou coação.
Por isso mesmo um crime gravoso e com uma moldura penal superior
Alude à forma como iniciou a resposta? Ainda não tinha trocado qualquer ideia comigo acerca do tema, o colega @incrivel sim. Aliás, foi esse colega quem afirmou que eu estaria "equivocado, mais um vez". Algo estranhas essas palavras iniciais. Trocou de nick?

A sanção penal não deve ser exemplar, deve ser justa, conforme a lei e sensata de acordo com as circunstâncias. Castigos exemplares são para os trogloditas. A meu ver, é demasiado. Não disse que o código penal não permite a aplicação dos tais 6 anos ou de mais até, tão pouco acusei a juíza que determinou a sentença de incompetência ou de ter tomado uma decisão para lá das possibilidades da lei tal como ela se encontra redigida... dei sim a opinião de que a pena me parece excessiva. O que naturalmente é uma crítica à própria lei. Nem mais, nem menos. Não posso por isso estar equivocado, dado que não fui além da expressão de uma posição meramente pessoal, subjectiva. Sei que se pode dar seis anos, não acho que se deva, nem concordo que se possa. Coisas diferentes. O colega crê que a moldura penal de alguns crimes deve ser agravada (posição que posso acompanhar), eu considero que outras penas devem ser desagravadas. Parece-me legítimo.

Naturalmente que não sugiro um bacalhau entre criminoso e vítimas, como julgo que ficou claro pelo que escrevi atrás... O colega, pessoa brincalhona e mais inteligente que isso, presumo, caricaturou a coisa sugerindo 1 ano de prisão para expiar o crime e reconstruir o carácter... mas sabe bem que eu nada disse quanto à duração do encarceramento.
 
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8 Agosto 2016
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Não disputo isso, tratam-se de eventos traumáticos. Mas traumas desse tipo requerem sobretudo intervenções especializadas de apoio à vítima, não se ultrapassado por uma acção penal particularmente severa sobre o infractor. Pode-se atirar com um ladrão para uma cela durante 20 ou 30 anos que o trauma não desaparece com essa decisão, ainda que seja importante para a vítima a sensação de que se fez justiça (e também por isso é importante que se faça justiça)... mas exige sobretudo outro tipo de trabalho. A pena resulta do cumprimento de um processo formal, não sendo determinada pela dimensão do trauma psicológico das vítimas. Ou melhor, decerto não será esse o único critério em equação. Até porque o trauma será uma experiência pessoal e subjectiva, divergindo de pessoa para pessoa quando confrontadas com a mesma experiência. É uma outra questão. Simplesmente, neste caso e pelo que consegui saber, parece-me uma pena excessiva, nada mais que isso, à qual se acresce um período de prisão preventiva estupidamente longo. E difícil de sustentar quando comparado com medidas de coação aplicadas noutros casos. Para um observador mais ou menos atento, parece que a Justiça portuguesa é algo incongruente na aplicação de medidas de coação, sendo certo que a demora dos processos é um problema real. Não acho que não se deva punir. Faz sentido e é necessário punir, logicamente. O discurso de que se defende mais o criminoso do que a vítima é uma patetice, somos seres dotados de inteligência, capazes de tratar assuntos complexos considerando diversas dimensões.

Portugal tem um problema grave com o seu sistema prisional. A taxa de reincidência é elevada, havendo países capazes de intervenções mais eficazes. Punir é importante, sem dúvida, mas o objectivo do sistema, além do castigo e da manutenção da ordem, passa por devolver o indivíduo à sociedade, reabilitá-lo. Aliás... a atenção deveria concentrar-se também numa fase anterior, numa perspectiva de reduzir os factores que contribuem para a criminalidade.

Patetice??? Vai a um julgamento e vês quem paga o quê.

O ladrão roubou o bem, deixou marcas na vitima, e como é um coitadinho o estado paga tudo por ele. ( Ou seja a própria vitima ainda paga). E depois a vitima ainda têm de suportar custos com advogados e taxas e taxinhas. Mais o reu sendo condenado a pagar alguma indemnização à vitima paga se tiver dinheiro.
E o mais ridículo é o reu ainda ter de pagar ao estado. Então o estado foi vitima de quê?
É usual uma vitima pedir por exemplo 5k de indemnização, e o juiz considerar excessiva e condenar o reu a pagar 1k á vitima e 1,5k ao estado, mas isto faz algum sentido? Nenhum.
O nosso sistema funciona mal e cada ano que passa vai ficando pior. A pena de 25 anos é curta para crimes muito graves. por isso não admira que alguém que mate um ser humano apanhe 10/15 anos e passado 6/7 está cá fora.