Actualidade Nacional

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Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
... há um certo lado irónico a preocupação com uma sociedade orwelliana quando um terço da população mundial está no facebook e muitos não só oferecem os seus dados como expõem a totalidade das suas vidas. E são bombardeados com informação sugerida pelas próprias redes, que assim definem a agenda. Sim, claro...
Tb não deixa de ser irónico que quem demonstra mais preocupação pela liberdade de insulto nas redes sociais sejam aqueles que normalmente durante anos defenderam estados mais securitários, políticas de maior policiamento nas ruas, e parnóias de videovigilância por todo o lado.
 

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Na mouche!
Viver em liberdade de expressão, como vivemos (há maluquinhos que acham que não, mas pronto, até para achismos desses têm liberdade), não significa que podemos injuriar, caluniar, ofender e lançar faltas suspeitas sobre alguém. Isso é crime se for na rua, porque essa é a única forma de proteger a liberdade de todos. Só que na internet muita gente se esquece dos direitos e deveres basilares de cidadania.
Naturalmente. Não nos interessará perseguir e punir opiniões, decerto devemos permanecer vigilantes, mas será conveniente assegurar que é possível punir crimes contra a honra e de incitamento ao ódio e à violência, ainda que ocorram no espaço digital. E tal não será possível se não houver qualquer forma de identificar o infractor. ... a soberania das redes sociais (das grandes empresas) e demais agentes digitais e um certo conceito de total anonimato não se podem sobrepor à soberania do estado nem às suas leis. Independentemente das discussões sobre o que é ou não ofensivo e de outras muito em voga... existem regras e isso tem de ser claro. Caso contrário, a pretexto da liberdade, a internet será o faroeste. Dificilmente se consegue conjugar essa ideia com a nossa "experiência real", em sociedade.

Tb não deixa de ser irónico que quem demonstra mais preocupação pela liberdade de insulto nas redes sociais sejam aqueles que normalmente durante anos defenderam estados mais securitários, políticas de maior policiamento nas ruas, e paranoias de videovigilância por todo o lado.
Suponho que a expressão "discurso de ódio" toque sensibilidades... e estimo a defesa da liberdade... esta tem o seu lugar e não é de todo oposta à aplicação da lei e à regulação do espaço digital, muito pelo contrário; quanto às questões de interpretação... consulte-se o código penal e constituição do país. Mas há coisas óbvias. Se admitimos a existência de leis e a soberania da nação, estas verificam-se de forma universal e serão, compreensivelmente, extensíveis ao que se passa na rede. Ou será impossível cometer crimes digitais? Se se pune um furto, um desvio de fundos, roubo de informação... punir-se-á outros crimes também. No entanto, se não houver qualquer forma de identificar um sujeito... torna-se difícil ou impossível aplicar a lei. As sociedades devem ponderar a regulação da internet, salvaguardando os direitos instituídos.

... quantas pessoas em Portugal foram condenadas, presas, punidas... por opiniões divergentes, emitidas conforme o trato social? Quer-se dizer... A liberdade de expressão tem limites legais. E esse será mesmo um problema premente na sociedade portuguesa?, a censura? Talvez exista algum excesso individualista na forma como se clama por liberdade. A liberdade é individual, sim, mas é também colectiva. Para que todos possam ser livres, enfim, o mais possível, a liberdade de determinada pessoa não pode ser irrestrita.

Há preocupações legítimas sobre pressões para o conformismo, disputas de narrativas, excessos estatais, poderes desmesurados das grandes empresas... que certamente têm o seu lugar na discussão. Pode-se apoiar maior regulação digital e, ao mesmo tempo, discordar de medidas e propostas concretas apresentadas pelo poder político, por se entender que a regulação deve assumir outra forma ou que a lei abre portas a situações negativas. ... não falta matéria séria.
 

Special Too

Tribuna Presidencial
21 Dezembro 2014
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  • Domingos
  • Kostadinov
Naturalmente. Não nos interessará perseguir e punir opiniões, decerto devemos permanecer vigilantes, mas será conveniente assegurar que é possível punir crimes contra a honra e de incitamento ao ódio e à violência, ainda que ocorram no espaço digital. E tal não será possível se não houver qualquer forma de identificar o infractor. ... a soberania das redes sociais (das grandes empresas) e demais agentes digitais e um certo conceito de total anonimato não se podem sobrepor à soberania do estado nem às suas leis. Independentemente das discussões sobre o que é ou não ofensivo e de outras muito em voga... existem regras e isso tem de ser claro. Caso contrário, a pretexto da liberdade, a internet será o faroeste. Dificilmente se consegue conjugar essa ideia com a nossa "experiência real", em sociedade.



Suponho que a expressão "discurso de ódio" toque sensibilidades... e estimo a defesa da liberdade... esta tem o seu lugar e não é de todo oposta à aplicação da lei e à regulação do espaço digital, muito pelo contrário; quanto às questões de interpretação... consulte-se o código penal e constituição do país. Mas há coisas óbvias. Se admitimos a existência de leis e a soberania da nação, estas verificam-se de forma universal e serão, compreensivelmente, extensíveis ao que se passa na rede. Ou será impossível cometer crimes digitais? Se se pune um furto, um desvio de fundos, roubo de informação... punir-se-á outros crimes também. No entanto, se não houver qualquer forma de identificar um sujeito... torna-se difícil ou impossível aplicar a lei. As sociedades devem ponderar a regulação da internet, salvaguardando os direitos instituídos.

... quantas pessoas em Portugal foram condenadas, presas, punidas... por opiniões divergentes, emitidas conforme o trato social? Quer-se dizer... A liberdade de expressão tem limites legais. E esse será mesmo um problema premente na sociedade portuguesa?, a censura? Talvez exista algum excesso individualista na forma como se clama por liberdade. A liberdade é individual, sim, mas é também colectiva. Para que todos possam ser livres, enfim, o mais possível, a liberdade de determinada pessoa não pode ser irrestrita.

Há preocupações legítimas sobre pressões para o conformismo, disputas de narrativas, excessos estatais, poderes desmesurados das grandes empresas... que certamente têm o seu lugar na discussão. Pode-se apoiar maior regulação digital e, ao mesmo tempo, discordar de medidas e propostas concretas apresentadas pelo poder político, por se entender que a regulação deve assumir outra forma ou que a lei abre portas a situações negativas. ... não falta matéria séria.
O que mais me causa estranheza, na realidade que percebo, é a grande dificuldade que parece existir na distinção entre "opiniões" e "incitamento ao ódio". Era suposto ser algo mais ou menos claro, e até é, todavia na impossibilidade de uma definição universal, há quem goste de fazer disso uma tempestade de areia.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
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Bragança
Tb não deixa de ser irónico que quem demonstra mais preocupação pela liberdade de insulto nas redes sociais sejam aqueles que normalmente durante anos defenderam estados mais securitários, políticas de maior policiamento nas ruas, e parnóias de videovigilância por todo o lado.
Irónico também é que os que mais defendem a proteção de dados, ás vezes para além do decente, agora não se importam de dar os seus dados todos por forma a existir um discurso controlado online. Outra face da moeda. E também ia ser engraçado entrar em foruns de discussão online onde toda a gente tem a mesma opinião, e se não tiver, faz que tem, com o medo de ser processado, talvez anos depois.
 

AntonioMachado

Bancada central
11 Outubro 2019
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Fazendo uma sucinta analise à noite eleitoral autárquica diria eu que o PS venceu as eleições, visto que continua a ser o partido na posse de mais autarquias e que o Chega não conseguiu afirmar-se a nível local visto que não ganhou nenhuma autarquia.

Aliás, tendo em conta o elevadíssimo numero da abstenção diria que pode estar aqui o inicio da derrocada do Chega visto que toda a gente sabe o entusiasmo dos eleitores do Chega é maior nesta altura devido a ser um partido recente.

O Rui Rio ganhou a CML mas é daquelas vitorias venenosas porque viu também o Moedas a ganhar espaço no PSD para depois se tornar um rival na luta pela liderança do partido.

Diria, como conclusão, que o Pais continua virado à esquerda e que o António Costa vai voltar a vencer as próximas eleições.
Ó Cristina, cá para mim a culpa foi do Fernando Gomes.
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Neste caso foram rápidos..
Agora com os recursos isto deve dar aí para uns 15 anos e depois volta ao exercício..
 

Tiagotg999

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Vila Das Aves
O facto de demitirem o juiz chalupa não muda nada, vai ter sempre o apoio dos maluquinhos que o seguem, vai poder (agora sim) fazer o papel de vítima e de perseguido pela "máfia" e sobretudo, vai poder cavalgar ainda mais esta onde de idiotas que de repente surgiram no nosso quotidiano.
 
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wolfheart

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30 Novembro 2015
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Bragança
O facto de demitirem o juiz chalupa não muda nada, vai ter sempre o apoio dos maluquinhos que o seguem, vai poder (agora sim) fazer o papel de vítima e de perseguido pela "máfia" e sobretudo, vai poder cavalgar ainda mais esta onde de idiotas que de repente surgiram no nosso quotidiano.
"Idiotas que de repente surgiram " ?? Como assim ? Eu sempre me lembra de os haver. Anti vacinas sempre houve...não há muito uma rapariga de 17 anos morreu de sarampo, porque os Pais dela, Hippies decidiram que não era preciso vacina-la em criança.
 
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Tiagotg999

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"Idiotas que de repente surgiram " ?? Como assim ? Eu sempre me lembra de os haver. Anti vacinas sempre houve...não há muito uma rapariga de 17 anos morreu de sarampo, porque os Pais dela, Hippies decidiram que não era preciso vacina-la em criança.
O que quis dizer é que hoje em dia, em cada 10 pessoas, 4 são maluquinhos das conspirações.
Talvez o facto de hoje em dia haver um acesso fácil a redes sociais tenha fomentado este tipo de pessoal.
 
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Vlk

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"Idiotas que de repente surgiram " ?? Como assim ? Eu sempre me lembra de os haver. Anti vacinas sempre houve...não há muito uma rapariga de 17 anos morreu de sarampo, porque os Pais dela, Hippies decidiram que não era preciso vacina-la em criança.
Agora têm um líder, que até é Juiz. Um Juiz-Mártir.
 

Edgar Siska

藍白軍最強
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
O que mais me causa estranheza, na realidade que percebo, é a grande dificuldade que parece existir na distinção entre "opiniões" e "incitamento ao ódio". Era suposto ser algo mais ou menos claro, e até é, todavia na impossibilidade de uma definição universal, há quem goste de fazer disso uma tempestade de areia.
É mesmo aí que reside o problema, na possibilidade de distorcer a mera opinião em crime.
Em instrumentalizar para calar os dissidentes.

É a velha questão, se há quem pense policiar a internet em busca de "crimes de ódio", mas quis custodiet ipsos custodes?
 
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Edgar Siska

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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
O que quis dizer é que hoje em dia, em cada 10 pessoas, 4 são maluquinhos das conspirações.
Talvez o facto de hoje em dia haver um acesso fácil a redes sociais tenha fomentado este tipo de pessoal.
Maluquinhos das conspirações sempre os conheci, os dos fomos criados por extra terrestres, das sociedades secretas universais e tantas outras coisas.
Ainda no outro dia quando as redes sociais apagaram e eu conheço um individuo assim eu andava a gozar com ele a dizer que eram as "naves dos nossos criadores primordiais".

Simplesmente as pessoas começaram a ter acesso mais facilitado a essas "culturas de nicho" para alimentar os seus bichos mentais.
 

Special Too

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É mesmo aí que reside o problema, na possibilidade de distorcer a mera opinião em crime.
Em instrumentalizar para calar os dissidentes.

É a velha questão, se há quem pense policiar a internet em busca de "crimes de ódio", mas quis custodiet ipsos custodes?
E isso tem acontecido muito, é? Numa realidade alternativa, talvez. Não na que vivemos neste país, pelo menos. Aliás, o que mais se vê por aí na praça pública é gente a queixar-se de falta de liberdade de expressão e de estarem a ser perseguidos pela sua opinião (chegófilos, negacionistas, etc, etc..). A ironia da coisa é que eles dizem isso publicamente, porque podem e têm toda a liberdade para isso! Chega a ter piada. Fuck logic!