Não é um assunto assim tão interessante. A pessoa acusada (uma pessoa acusada, independentemente do crime em questão) está no seu direito de se queixar, as autoridades competentes que tratem da questão. Um aspecto importante, diria que fundamental, das civilizações ocidentais/europeias é justamente o primado da lei. Que deve ser acolhido e respeitado em qualquer circunstância, abarcando qualquer pessoa. Poderíamos ao invés defender que um acusado, culpado, criminoso, ... não tem quaisquer direitos e deve ser sumariamente punido. Ou silenciado. Ou menorizado em direitos para lá das limitações próprias da sua condição legal. Mas estaríamos a defender um conceito de justiça, de regime, de valores... mais aproximado ao de um estado talibã. Faz bem em queixar-se, pois sublinha uma das características distintivas das democracias em que vivemos, por irónico que seja, e quem de direito que se encarregue dessas questões.
Neste momento, Bolsonaro intenta acções para remover juízes do mais altos tribunais do país... juízes que o investigam. Instiga os apoiantes contra as instituições brasileiras, radicaliza a base de apoio e vai insinuando que não deixará o poder de livre vontade. Isso, por exemplo, é mais relevante do que as queixas de um terrorista.