Não me perdi nada. Aqueles exemplos assentam que nem uma luva na minha tese.
Pois, pelas tuas palavras no regime apostam em grandes treinadores, nós nem tanto, mas mesmo asssim ganhamos a maior parte dos títulos. Concluímos o quê? Que não vale a pena apostar em bons treinadores ou que bons treinadores não são apenas mourinhos e guardiolas (esses não são só bons, são de um nível superior a bom)?
Desses nomes que mencionaste, só o Eriksson e o Heynckes (que não ganhou nada cá) podem ser considerados para esta discussão. O Trapattoni veio para Portugal já no ocaso da carreira e ganhou aquele campeonato às três pancadas, com uma pontuação ridícula e da forma que sabemos. E é engraçado citares o Camacho porque aí voltamos ao meu ponto inicial e essencial. O Camacho teve, no regime, dois segundos lugares e ganhou uma taça. Foi com este currículo que chegou ao Real Madrid. O Camacho não foi para o Real Madrid por ser um grande treinador, que não o é, nem por ter feito um grande trabalho no Benfica, que não o fez. Foi apenas por ter sido uma velha glória do clube, mas não é melhor do que um Jesualdo ou do que um Fernando Santos desta vida. Do Koeman podia dizer-se mais ou menos a mesma coisa. Não é um grande treinador.
O Porto, o Benfica e o Sporting não têm capacidade para, regularmente, terem treinadores de grande nomeada internacional. É tão simples quanto isto. Podem, e devem, ter treinadores bons, que garantam títulos cá e prestações competitivas na Europa. A bitola realista deve ser essa. Mas claro que "só" isto não chega para que esses treinadores cheguem aos grandes tubarões, a menos que tenham o background de terem sido bons jogadores nalguma dessas equipas (como tinha o Camacho, como tinha o Robson).