Por acaso ir ver o campeão á capital é coisa que ainda não fiz, mas tenciono fazer.
Até hoje, por incrível que pareça, o maior cagaço que tive foi em Guimarães.
Posso dizer que temi (e muito) pela minha integridade física.
Por mim falo...
Já fui à capital com um amigo mouro, jogo do 2.2 com golo do Jackson e Mangala, e fiquei na bancada lateral do galinheiro, e só quando festejei os golos (sem insultos como é meu hábito contra eles) é que senti animosidade ( mas o meu 1,91 cm, 100 e tal kg de peso impõe algum respeito Lol ) mas nada por aí além. Na saída, algumas bocas e tal mas tudo tranquilo. Até tive um lamp no fim a pagar umas jolas e ficamos numa das roulottes lá perta até às tantas na conversa. Já fui outras 2 vezes com a claque e tudo tranquilo.
A Guimarães, esqueçam, nunca mais na vida!
Fui com a claque, deixei o carro no parque da cidade, a algumas centenas de metros do estádio, e depois juntei-me às claques e já aí era uma tensão do caralho pela cidade. Ia com a minha namorada, ela devidamente equipada com a camisola do Iker, e eu sem nada, apenas com cachecol por baixo do casaco, e já aí tive algumas abordagens pouco simpáticas ao que não respondi e só quando me juntei aos Portistas é que sosseguei...
À saída vivi uma das situações mais complicadas da vida, tive que sair do cortejo, com mais um casal que apanhou o autocarro para Lx, e fui umas centenas de metros sozinho de noite até ao carro. Quase a chegar somos insultados por 5 energúmenos e ameaçados, que nos seguem a uma certa distância mas sempre em tom ameaçador... Eu ignoro e aumentamos o passo, quando um deles começa a correr na nossa direção a dizer " oh corno vamos fazer um festa com a gaja e tu vais ver ", pah eu paro e mando a miúda seguir, fico de frente pó gajo, mando um estouro mesmo no meio do nariz sem ele contar que ele cai no chão inanimado (penso eu porque foi em peso morto) e começo a correr, os gajos começam a atirar garrafas, pedras, vidros e tudo o que apanhavam, " vais morrer aqui tripeiro da merda ", alcanço o carro, ponho a trabalhar, começo a recuar, um deles manda uma pedrada no vidro de trás e eu mando-lhe com a traseira que ele tomba para o chão (foi aí que eu provavelmente não dei cabo da vida porque eu ia passar com o carro por cima dele, mas depois um anjo qualquer na orelha mandou-me seguir em frente), arranco a toda velocidade, com garrafas e pedras a acertar no carro, e vou embora dali a tremer e minha namorada a chorar como uma desalmada. Uma cena de terror.
Nunca mais na minha vida volto lá. Eu não interessa porque me sei defender, mas na hora o que me interessou foi quem estava comigo.
Por isso eu acho que aquela gente tem a maior quantidade de grunhos por metro quadrado. São uns calhaus com olhos.