Covid-19

AntonioMachado

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11 Outubro 2019
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Sou a favor do uso generalizado da vacina. Quem se quer proteger deve-se vacinar.
No meu caso, não me vou vacinar. Não é desconfiar da vacina ou ter medo das consequências.
É simplesmente não estar preocupado com o assunto. Na verdade, cada um sabe o valor que dá à sua vida e a minha vale muito pouco. Sinceramente, interessa-me pouco se apanho ou não, se vivo ou morro.
Antes que falem de contagiar os outros, devo dizer que sempre tive o máximo de cuidado com os outros. Máscara, distanciamento, etc. Não por mim, claro, mas pelos outros.
Claro que, se os outros se vacinarem, já não terei esse problema.
 
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Yggyfcp

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25 Maio 2019
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A vacina não vai ser obrigatoria. Agora para quem viajar os paises de destino vão pedir que as pessoas mostrem que foram vacianadas.
 

arkeru

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13 Dezembro 2013
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Quais são normalmente as outras componentes de uma vacina para além da informação genética de um vírus? Por exemplo, o que normalmente se usa para estabilizar ou até conservar.

Obrigada pela tua simpatia e conhecimento :).
Normalmente usam-se componentes como sais, proteínas, açucares. Muito resumidamente, esta vacina da Pfizer contém a sequência genética da proteína spike do SARS-Cov-2, nanopartículas de lípidos (gorduras) para proteger e facilitar a entrada do ARN nas células; tem também alguns sais, que permitem manter (tamponar) o pH da solução da vacina semelhante ao do nosso corpo; e depois contém sacarose (o açucar que usamos normalmente), que permite preservar as nanopartículas de lípidos quando a vacina está exposta às baixas temperaturas de conservação.
 
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Dragoness

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7 Junho 2017
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  • Deco
  • André Villas-Boas
Normalmente usam-se componentes como sais, proteínas, açucares. Muito resumidamente, esta vacina da Pfizer contém a sequência genética da proteína spike do SARS-Cov-2, nanopartículas de lípidos (gorduras) para proteger e facilitar a entrada do ARN nas células; tem também alguns sais, que permitem manter (tamponar) o pH da solução da vacina semelhante ao do nosso corpo; e depois contém sacarose (o açucar que usamos normalmente), que permite preservar as nanopartículas de lípidos quando a vacina está exposta às baixas temperaturas de conservação.
Okie dokie. Obrigada mais uma vez.
 
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Pavão

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25 Maio 2014
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  • Novembro/21
  • João Pinto
  • Jorge Costa
  • Paulinho Santos
Estás a brincar não? Então se o comité na FDA se reuniu para discutir a aprovação da vacina, e se a decisão é a aprovação, quem é que vai bloquear a decisão?! A FDA iria bloquear a sua própria decisão? Não tem de haver unanimidade... e neste caso 77% dos presentes eram a favor da aprovação. E o facto de não haver dados robustos nesses grupos específicos não implica que a vacina não seja aprovada para o larga maioria da população, porque como podes ver aqui (https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa2034577?articleTools=true), foram testados voluntários com idade superior a 16 anos e mesmo alguns com várias co-morbilidades. Faz sentido continuar a colocar em risco cerca de 80% da população (para os quais existem dados mais que robustos de segurança e eficácia) por causa desses grupos específicos (sendo que os jovens são os que menos são afetados pelo vírus)? Sabes ao menos como funcionam estes processos?

Pois neguei, e continuo a negar, pois como te apresentei no post anterior, continuam a não surtir qualquer efeito.
O que é que estás a tentar argumentar com essa segunda citação? A rapidez com que a vacina foi autorizada?
Primeiro, onde é que nessa citação há evidência que qualquer tipo de pressões?

Segundo, se estás a tentar argumentar com a rapidez com que a vacina foi produzida, eu explico-te. Vacinas de ARN já são estudadas há décadas, e mesmo para outros coronavírus! Aliás, a Moderna começou a desenvolver uma vacina de ARN para o combate do MERS (MERS que surgiu em 2012!), ou seja, esta tecnologia não é nova e está mais que estudada. E porque é que foi tão rapidamente desenvolvida para o SARS-Cov-2? Porque uma vacina de ARN basicamente instrui as tuas células a produzir a proteína spike do SARS-Cov-2, que por sua vez induz o sistema imunitários a produzir diversos fatores de combate ao vírus (como os anticorpos). Aliás, isto é o Dogma Central da Biologia Molecular! É a partir deste mecanismo que as células dos seres vivos produzem as suas proteínas, a partir da informação contida no ADN. Essa informação do ADN é transcrita para moléculas de ARN que posteriormente induzem estruturas celulares, os ribossomas, a ler essa informação e produzir as proteínas. Este fenómeno acontece a cada segundo nas células dos seres vivos. Basicamente as vacinas de ARN aproveitam este mecanismo para produzirem proteínas virais e fazer com que o sistema imunitário crie anticorpos e células imunitárias específicas para combater o vírus. A informação contida no ARN é, basicamente, uma cadeia de repetição de quatro moléculas (a guanina, o uracilo, a adenina e a citosina). Uma vez que a sequência genética do vírus foi publicamente disponibilizada em janeiro de 2020, basicamente foi saber qual a repetição de moléculas que corresponde à proteína spike do SARS-Cov-2, e sintetiza-la em laboratório (um processo bastante simples em biologia molecular).

Por isso é que o desenvolvimento desta vacina foi tão rápido. Porque esta tecnologia já tem décadas de estudo, e porque a tecnologia em si é simples. Aliás, prevejo que daqui para a frente, o processo de produção de vacinas vá sofrer uma revolução. Aliado a isso, o facto de ser uma situação excecional, com um financiamento nunca antes visto, e com a comunidade científica mundial a estar focada quase a 100% nisto (desde janeiro foram publicados quase 78mil artigos científicos sobre o SARS-Cov-2, algo nunca antes visto sobre qualquer doença), permitiu realizar os ensaios clínicos sem paragens, e com um grande número de voluntários.

Foi isto que fez com que a vacina fosse desenvolvida tão rapidamente, não foram supostas pressões. Porque se existiram, não surtiram qualquer efeito prático.

Ah, e em relação à segunda citação, tendo em conta o avanço científico das últimas décadas, a produção da vacina da papeira em 4 anos em 1967 não deve andar muito longe do tempo necessário para a produção da vacina contra a Covid, comparativamente.

Percebeste agora, ou ainda é preciso mais alguma coisa?

Ah, e coloca as fontes das tuas citações pf, é mais fácil para se perceber o contexto.
antes de mais quero agradecer-te a ciencia que trouxeste para este tópico, é sempre um contributo importante para a discussão...

não me considero um cientista de sofá, longe disso, fugi da ciência (apesar de adorar ciência) e fui para humanidades porque era uma besta a matemática... apenas disse que por cautela irei esperar até ver se a vacina (plural) é segura totalmente.

Tiveste casos recentes de vacinas que tiveram efeitos secundários adversos significativos - ex: https://www.publico.pt/2011/02/08/s...ontra-gripe-a-em-pelo-menos-12-paises-1479179

por isso é normal que possam haver reservas e medos relativamente a uma ciência que neste momento, apesar da experiência de décadas que enuncias, está em modo apressado - e compreende-se porquê

quanto a tudo o resto, concordo plenamente contigo, a comunicação social tem tido um papel desinformador, sensacionalista e palerma... mas já abordei várias vezes este tema, faz muita falta uma ERC interventiva, com regras claras e a aplicar regras e princípios deontológicos a toda uma classe que se encontra desregulada.
 

Costa

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27 Abril 2015
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Eu não me tenho de identificar porque é a minha opinião e não venho para o fórum postar assuntos científicos como se fosse um douturado em ciência. O que tu postas tem vindo a influenciar outras pessoas, que a vacina é segura, etc como se percebesses muito do assunto e como tal é algo que mexe com a saúde dos outros. E por isso o que eu queria saber é se és alguém que está ligado à ciência ou a trabalhar no desenvolvimento da vacina para os teus posts terem fundamentação ou se foi algo que leste na Internet ou em livros.
Já quanto ao resto dos users o que tenho a dizer é que aqui só existe criançada que não sabe o que é direito à liberdade e gostam de ridicularizar e impor o que eles querem aos outros. Na falta de argumentos vem a estupidez...

Eu já apanhei covid, e para não passar aos outros basta ter cuidados. Apanhei e não passei a ninguém com quem convivia diariamente em casa. E quem me acusou de propagandista anti vacina que vá para o car*****. A mim é me indiferente quem toma ou não. Cada um tem direito a escolher o que quer. E aqui os que querem obrigar toda a gente a tomar, ide mandar nas vossas mulheres quem nem na vossa casa vocês mandam.
Quem é esta personagem?!

Administração chamada às receção.

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MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Estás a brincar não? Então se o comité na FDA se reuniu para discutir a aprovação da vacina, e se a decisão é a aprovação, quem é que vai bloquear a decisão?! A FDA iria bloquear a sua própria decisão? Não tem de haver unanimidade... e neste caso 77% dos presentes eram a favor da aprovação. E o facto de não haver dados robustos nesses grupos específicos não implica que a vacina não seja aprovada para o larga maioria da população, porque como podes ver aqui (https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa2034577?articleTools=true), foram testados voluntários com idade superior a 16 anos e mesmo alguns com várias co-morbilidades. Faz sentido continuar a colocar em risco cerca de 80% da população (para os quais existem dados mais que robustos de segurança e eficácia) por causa desses grupos específicos (sendo que os jovens são os que menos são afetados pelo vírus)? Sabes ao menos como funcionam estes processos?

Pois neguei, e continuo a negar, pois como te apresentei no post anterior, continuam a não surtir qualquer efeito.
O que é que estás a tentar argumentar com essa segunda citação? A rapidez com que a vacina foi autorizada?
Primeiro, onde é que nessa citação há evidência que qualquer tipo de pressões?

Segundo, se estás a tentar argumentar com a rapidez com que a vacina foi produzida, eu explico-te. Vacinas de ARN já são estudadas há décadas, e mesmo para outros coronavírus! Aliás, a Moderna começou a desenvolver uma vacina de ARN para o combate do MERS (MERS que surgiu em 2012!), ou seja, esta tecnologia não é nova e está mais que estudada. E porque é que foi tão rapidamente desenvolvida para o SARS-Cov-2? Porque uma vacina de ARN basicamente instrui as tuas células a produzir a proteína spike do SARS-Cov-2, que por sua vez induz o sistema imunitários a produzir diversos fatores de combate ao vírus (como os anticorpos). Aliás, isto é o Dogma Central da Biologia Molecular! É a partir deste mecanismo que as células dos seres vivos produzem as suas proteínas, a partir da informação contida no ADN. Essa informação do ADN é transcrita para moléculas de ARN que posteriormente induzem estruturas celulares, os ribossomas, a ler essa informação e produzir as proteínas. Este fenómeno acontece a cada segundo nas células dos seres vivos. Basicamente as vacinas de ARN aproveitam este mecanismo para produzirem proteínas virais e fazer com que o sistema imunitário crie anticorpos e células imunitárias específicas para combater o vírus. A informação contida no ARN é, basicamente, uma cadeia de repetição de quatro moléculas (a guanina, o uracilo, a adenina e a citosina). Uma vez que a sequência genética do vírus foi publicamente disponibilizada em janeiro de 2020, basicamente foi saber qual a repetição de moléculas que corresponde à proteína spike do SARS-Cov-2, e sintetiza-la em laboratório (um processo bastante simples em biologia molecular).

Por isso é que o desenvolvimento desta vacina foi tão rápido. Porque esta tecnologia já tem décadas de estudo, e porque a tecnologia em si é simples. Aliás, prevejo que daqui para a frente, o processo de produção de vacinas vá sofrer uma revolução. Aliado a isso, o facto de ser uma situação excecional, com um financiamento nunca antes visto, e com a comunidade científica mundial a estar focada quase a 100% nisto (desde janeiro foram publicados quase 78mil artigos científicos sobre o SARS-Cov-2, algo nunca antes visto sobre qualquer doença), permitiu realizar os ensaios clínicos sem paragens, e com um grande número de voluntários.

Foi isto que fez com que a vacina fosse desenvolvida tão rapidamente, não foram supostas pressões. Porque se existiram, não surtiram qualquer efeito prático.

Ah, e em relação à segunda citação, tendo em conta o avanço científico das últimas décadas, a produção da vacina da papeira em 4 anos em 1967 não deve andar muito longe do tempo necessário para a produção da vacina contra a Covid, comparativamente.

Percebeste agora, ou ainda é preciso mais alguma coisa?

Ah, e coloca as fontes das tuas citações pf, é mais fácil para se perceber o contexto.
Estás a brincar não? Então se o comité na FDA se reuniu para discutir a aprovação da vacina, e se a decisão é a aprovação, quem é que vai bloquear a decisão?! A FDA iria bloquear a sua própria decisão? Não tem de haver unanimidade... e neste caso 77% dos presentes eram a favor da aprovação. E o facto de não haver dados robustos nesses grupos específicos não implica que a vacina não seja aprovada para o larga maioria da população, porque como podes ver aqui (https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa2034577?articleTools=true), foram testados voluntários com idade superior a 16 anos e mesmo alguns com várias co-morbilidades. Faz sentido continuar a colocar em risco cerca de 80% da população (para os quais existem dados mais que robustos de segurança e eficácia) por causa desses grupos específicos (sendo que os jovens são os que menos são afetados pelo vírus)? Sabes ao menos como funcionam estes processos?

Pois neguei, e continuo a negar, pois como te apresentei no post anterior, continuam a não surtir qualquer efeito.
O que é que estás a tentar argumentar com essa segunda citação? A rapidez com que a vacina foi autorizada?
Primeiro, onde é que nessa citação há evidência que qualquer tipo de pressões?

Segundo, se estás a tentar argumentar com a rapidez com que a vacina foi produzida, eu explico-te. Vacinas de ARN já são estudadas há décadas, e mesmo para outros coronavírus! Aliás, a Moderna começou a desenvolver uma vacina de ARN para o combate do MERS (MERS que surgiu em 2012!), ou seja, esta tecnologia não é nova e está mais que estudada. E porque é que foi tão rapidamente desenvolvida para o SARS-Cov-2? Porque uma vacina de ARN basicamente instrui as tuas células a produzir a proteína spike do SARS-Cov-2, que por sua vez induz o sistema imunitários a produzir diversos fatores de combate ao vírus (como os anticorpos). Aliás, isto é o Dogma Central da Biologia Molecular! É a partir deste mecanismo que as células dos seres vivos produzem as suas proteínas, a partir da informação contida no ADN. Essa informação do ADN é transcrita para moléculas de ARN que posteriormente induzem estruturas celulares, os ribossomas, a ler essa informação e produzir as proteínas. Este fenómeno acontece a cada segundo nas células dos seres vivos. Basicamente as vacinas de ARN aproveitam este mecanismo para produzirem proteínas virais e fazer com que o sistema imunitário crie anticorpos e células imunitárias específicas para combater o vírus. A informação contida no ARN é, basicamente, uma cadeia de repetição de quatro moléculas (a guanina, o uracilo, a adenina e a citosina). Uma vez que a sequência genética do vírus foi publicamente disponibilizada em janeiro de 2020, basicamente foi saber qual a repetição de moléculas que corresponde à proteína spike do SARS-Cov-2, e sintetiza-la em laboratório (um processo bastante simples em biologia molecular).

Por isso é que o desenvolvimento desta vacina foi tão rápido. Porque esta tecnologia já tem décadas de estudo, e porque a tecnologia em si é simples. Aliás, prevejo que daqui para a frente, o processo de produção de vacinas vá sofrer uma revolução. Aliado a isso, o facto de ser uma situação excecional, com um financiamento nunca antes visto, e com a comunidade científica mundial a estar focada quase a 100% nisto (desde janeiro foram publicados quase 78mil artigos científicos sobre o SARS-Cov-2, algo nunca antes visto sobre qualquer doença), permitiu realizar os ensaios clínicos sem paragens, e com um grande número de voluntários.

Foi isto que fez com que a vacina fosse desenvolvida tão rapidamente, não foram supostas pressões. Porque se existiram, não surtiram qualquer efeito prático.

Ah, e em relação à segunda citação, tendo em conta o avanço científico das últimas décadas, a produção da vacina da papeira em 4 anos em 1967 não deve andar muito longe do tempo necessário para a produção da vacina contra a Covid, comparativamente.

Percebeste agora, ou ainda é preciso mais alguma coisa?

Ah, e coloca as fontes das tuas citações pf, é mais fácil para se perceber o contexto.
Que não te falte nada..


" While the FDA doesn’t have to follow the advisory committee’s recommendation, it often does. "
" An EUA isn’t the same as a full approval, which can typically take months. Pfizer has submitted only two months of follow-up safety data, but the agency usually requires six months for full approval. "

Segundo, não deixa de ser irónico o argumento que tu utilizas aqui..
"Faz sentido continuar a colocar em risco cerca de 80% da população (para os quais existem dados mais que robustos de segurança e eficácia) por causa desses grupos específicos (sendo que os jovens são os que menos são afetados pelo vírus)"

E o que tem isto de curioso? O que tem de curioso é que foi esse mesmo argumento que foi utilizado para defender o absurdo do confinamento. Tivemos a maioria do futuro coletivo da sociedade posto em causa exatamente por causa de uma pequena parcela da sociedade. E com o pressuposto de que cada vida humana conta. E vemos agora, passados alguns meses, pessoas a defenderem o mesmo princípio, só que ao contrário. Então agora toda a vida humana já não tem o mesmo valor? Vamos aprovar algo que pode colocar em risco a vida de alguém, mesmo que numa pequena percentagem?. Se fosses coerente, terias que defender que cada vida humana tem o seu valor. Logo, se não existem garantias dos efeitos nefastos sobre toda a população alvo da vacina então a sua aprovação devia ser mais cuidada, digo eu..

Quanto ás pressões, desta vez, e valha-nos isso, temos provas escritas pelos próprios fulanos que efectuaram as pressões para demonstrar que elas efetivamente existiram. Em direto. Não foram necessárias décadas ou teorias da conspiração, como em alguns casos, para se descobrirem os interesses que estão subjacentes à aprovação de certas coisas, supostamente por estas entidades infalíveis.
Tendo dito isto, gostava que respondesses então se já existiram produtos que tiveram aprovação do FDA, ou agências similares, que tenham tido consequências mortais no ser humano. Gostava que me explicasses então, e posteriormente, isto que afirmaste..

O glifosato é um fármaco? Mas já que entraste por aí, é usado atualmente? Sabes qual foi o resultado das supostas pressões? Milhares de milhões de dólares de indemnizações.
Das duas uma, ou não existiram pressões e como tal não tinham que pagar nada ou então... E já agora, gostava que me respondesses, já que não o fizeste na outra altura. De que serviram as indemnizações ás pessoas que morreram na sequência destes erros de avaliação?
Já agora, uma outra questão, gostaria de saber porque foram aprovados, e dado que se tratam de agências infalíveis, o Vioxx, o Metrazol, o Posicor, o Darvocet, o Diethylstilbestrol, Propulsid, Rezulin, Lotronex, Trasylol ? Consegues explicar-me? Consegues explicas ás pessoas quantas pessoas morreram na sequência destes erros até eles serem corrigidos? Eram vidas que importavam?

Já agora, se o FDA não se engana, nem é alvo de pressões políticas, como é que isto aconteceu?

"

"At a White House event Sunday with President Trump, FDA Commissioner Stephen Hahn used a deeply misleading statistic to claim that a treatment the agency had just authorized for treating the coronavirus would save 35 lives out of every 100 people who get the treatment.

That false claim has brought withering criticism from scientists, in news articles and on Twitter, who argue that it was a gross exaggeration of the benefits.

"I can't remember a mistake by FDA or the commissioner as serious as this one," Dr. Eric Topol of the Scripps Translational Research Institute tells NPR."

Quanto à velocidade das vacinas, tu disseste que se podia esperar sentado por uma vacina em novembro. Presumi eu, e à semelhança de todos os outros peritos que sempre foram avisando que uma vacina ainda demoraria bastante tempo, que estivesses a referir que uma vacina dentro de uma baliza temporal tão curta seria algo impensável. Pois bem, a vacina surge no mês seguinte. Afinal não tinha que se esperar assim tanto mais. E aqui entra a outra questão. Se era algo tão previsível que fosse acontecer porque raio nunca foi dito antes? Que me lembro isto nunca foi dito. Mais, quando se fechou a economia, totalmente, e numa medida sem paralelo e que está a destruir a económico a um nível assustador, não me recordo de teres dito (facilmente emendarei o erro caso o tenhas efetuado, eu e´que não o vi dito na altura) que afinal já existia um trabalho prévio efetuado e que a vacina afinal seria um " processo bastante simples" e que acabaria por surgir rapidamente.
Afinal destruiu-se a vida de milhões de pessoas quando existia uma solução simples?. Será que foi esta a mensagem que foi passada no início ou estamos a falar de uma situação de acertar no euromilhões ao sábado?

E já agora, seria curioso pensar o que seria da nossa sociedade se a comunidade empresarial relacionada com a saúde se aplicasse com esta mesma "vontade" na resolução de outras doenças que matam num número infinitamente superior. Com um bocado de sorte ainda vamos descobrir que a solução dessas doenças também eram processos simples e que só precisavam de vontade e dinheiro.
 
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arkeru

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13 Dezembro 2013
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887
antes de mais quero agradecer-te a ciencia que trouxeste para este tópico, é sempre um contributo importante para a discussão...

não me considero um cientista de sofá, longe disso, fugi da ciência (apesar de adorar ciência) e fui para humanidades porque era uma besta a matemática... apenas disse que por cautela irei esperar até ver se a vacina (plural) é segura totalmente.

Tiveste casos recentes de vacinas que tiveram efeitos secundários adversos significativos - ex: https://www.publico.pt/2011/02/08/s...ontra-gripe-a-em-pelo-menos-12-paises-1479179

por isso é normal que possam haver reservas e medos relativamente a uma ciência que neste momento, apesar da experiência de décadas que enuncias, está em modo apressado - e compreende-se porquê

quanto a tudo o resto, concordo plenamente contigo, a comunicação social tem tido um papel desinformador, sensacionalista e palerma... mas já abordei várias vezes este tema, faz muita falta uma ERC interventiva, com regras claras e a aplicar regras e princípios deontológicos a toda uma classe que se encontra desregulada.
Se estás à espera de saber se uma vacina ou mesmo um medicamento é 100% eficaz, então mais vale a pena não tomares nada. Porque todos eles vão ter efeitos secundários, em maior ou menor escala, porque todos nós somos variáveis a nível genético. Excepto gémeos monozigóticos, que partilham o mesmo ADN, não há ninguém cujo ADN seja igual ao de outro indivíduo, e isso pode influenciar, ou não, o surgimento de efeitos secundários. E por isso é que é tão importante incluir nos ensaios clínicos um elevado número de voluntários e dos mais backgrounds genéticos.

Em relação à vacina Pandemrix, a tal contra a gripe A, convém salientar que mesmo atualmente ainda não se conseguiu estabelecer um causalidade entre vacina e a incidência da patologia no grupo de pessoas que a tomou. Existem estudos em países nórdicos que mostram uma associação, no entanto estudos recentes feitos pelo CDC, nos EUA, e com maior amostra não mostram qualquer associação com a doença. Ainda, é importante referir que a gripe A pode causar narcolepsia (um estudo chinês mostrou um aumento de incidência da doença independentemente da toma da vacina), e que na altura da vacinação, o vírus estaria já bastante disseminado na Europa.
Ainda assim, a fase de desenvolvimento da vacina teve falhas graves, na minha opinião. Primeiro, se acham que as vacinas contra a Covid-19 estão a ser apressadas, o que diriam desta. Teve 4 meses de ensaios clínicos. E o grande problema, na minha opinião, está aqui. De todos os ensaios clínicos feitos sobre esta vacina, o número máxima de voluntários incluídos num ensaio foi de, aproximadamente, 500 indivíduos no grupo que recebeu a doença e 500 num grupo controlo. Aliás, a grande maioria dos estudos desta vacina foram realizados em cerca de 100-200 voluntários. Isto é manifestamente escasso!

Nada disto acontece com a vacina da Pfizer (de momento a única que reportou os seus dados). A fase de ensaios clínicos já leva quase 9 meses, os números de voluntários incluídos é muito superior (aliás, está entre os 20 ensaios clínicos com maior número de voluntários incluídos até à data), e os dados não mostram qualquer tipo de reação adversa grave significativa. Como já disse, existem vacinas para as mais variadas patologias com piores percentagens de reações adversas e que são atualmente administradas às populações e ninguém se preocupa com isso. Porque ponderando o rácio custo/benefício, não se encontra qualquer impedimento para a não autorização e administração dessas vacinas. Fenómenos adversos raros existe sempre e irão continuar a existir, quer para vacinas, que para medicamentos, mas a percentagem é infíma.
 
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arkeru

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13 Dezembro 2013
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https://www.cnbc.com/2020/12/10/pfizer-covid-vaccine-fda-panel-recommends-approval-for-emergency-use.html
" While the FDA doesn’t have to follow the advisory committee’s recommendation, it often does. "
" An EUA isn’t the same as a full approval, which can typically take months. Pfizer has submitted only two months of follow-up safety data, but the agency usually requires six months for full approval. "
Estamos agora a brincar com a semântica? Pergunto se achas mesmo que a FDA iria rejeitar a decisão da reunião decisiva do comité executivo?
Quanto à segunda frase: EUA significa "Emergency Use Authorization", que é diferente de full aprovall. O que na segunda frase está a dizer é que para uma full aproval a FDA requere sim 6 meses de dados. No entanto, esta não foi uma full aproval, foi mesmo uma EUA, daí aceitarem os 2 meses de dados.

Segundo, não deixa de ser irónico o argumento que tu utilizas aqui..
"Faz sentido continuar a colocar em risco cerca de 80% da população (para os quais existem dados mais que robustos de segurança e eficácia) por causa desses grupos específicos (sendo que os jovens são os que menos são afetados pelo vírus)"

E o que tem isto de curioso? O que tem de curioso é que foi esse mesmo argumento que foi utilizado para defender o absurdo do confinamento. Tivemos a maioria do futuro coletivo da sociedade posto em causa exatamente por causa de uma pequena parcela da sociedade. E com o pressuposto de que cada vida humana conta. E vemos agora, passados alguns meses, pessoas a defenderem o mesmo princípio, só que ao contrário. Então agora toda a vida humana já não tem o mesmo valor? Vamos aprovar algo que pode colocar em risco a vida de alguém, mesmo que numa pequena percentagem?. Se fosses coerente, terias que defender que cada vida humana tem o seu valor. Logo, se não existem garantias dos efeitos nefastos sobre toda a população alvo da vacina então a sua aprovação devia ser mais cuidada, digo eu..
Outra vez a história do confinamento? Ainda há alguém que questione o benefício do primeiro confinamento?
E espera, o que é que vai ser aprovado que coloca em risco a vida de alguém? A vacina? Onde é que foi dito que a vacina coloca em risco a vida de alguém??
Mais uma vez, estás a mostrar muito desonestidade com estes argumentos.

Quanto ás pressões, desta vez, e valha-nos isso, temos provas escritas pelos próprios fulanos que efectuaram as pressões para demonstrar que elas efetivamente existiram. Em direto. Não foram necessárias décadas ou teorias da conspiração, como em alguns casos, para se descobrirem os interesses que estão subjacentes à aprovação de certas coisas, supostamente por estas entidades infalíveis.
Tendo dito isto, gostava que respondesses então se já existiram produtos que tiveram aprovação do FDA, ou agências similares, que tenham tido consequências mortais no ser humano. Gostava que me explicasses então, e posteriormente, isto que afirmaste..

Das duas uma, ou não existiram pressões e como tal não tinham que pagar nada ou então... E já agora, gostava que me respondesses, já que não o fizeste na outra altura. De que serviram as indemnizações ás pessoas que morreram na sequência destes erros de avaliação?
Já agora, uma outra questão, gostaria de saber porque foram aprovados, e dado que se tratam de agências infalíveis, o Vioxx, o Metrazol, o Posicor, o Darvocet, o Diethylstilbestrol, Propulsid, Rezulin, Lotronex, Trasylol ? Consegues explicar-me? Consegues explicas ás pessoas quantas pessoas morreram na sequência destes erros até eles serem corrigidos? Eram vidas que importavam?
Mas eu nunca neguei a existência de pressões. O que sempre disse, e nesta questão das vacinas contra a Covid, é que a existirem, não surtirame feito prático algum. Porque os timings foram respeitados. Como é suposto.
E muito provavelmente já houveram mortes devido a fármacos aprovados pela FDA ou outras agências, não nego isso. Mas pergunto-te qual a percentagem dessas mortes no universo de pessoas que tomaram esses tais fármacos? Em todos as vacinas e medicamentos existe esse risco, todos! Mas é raro. Se és cético a esse ponto, digo-te, não tomes então nenhum medicamento ou vacina.
Por outro lado, doentes oncológicos submetidos a radioterapia ou quimioterapia especifica (e não estou a falar aqui em recidivas) têm risco acrescido de desenvolver novos tumores, existem uma associação bem estabelecida. Ou seja, por ti, estes doentes não deveriam ser tratados, é isso?

Já agora, se o FDA não se engana, nem é alvo de pressões políticas, como é que isto aconteceu?

NPR Cookie Consent and Choices "

"At a White House event Sunday with President Trump, FDA Commissioner Stephen Hahn used a deeply misleading statistic to claim that a treatment the agency had just authorized for treating the coronavirus would save 35 lives out of every 100 people who get the treatment.

That false claim has brought withering criticism from scientists, in news articles and on Twitter, who argue that it was a gross exaggeration of the benefits.

"I can't remember a mistake by FDA or the commissioner as serious as this one," Dr. Eric Topol of the Scripps Translational Research Institute tells NPR."
Convém ler tudo.
On Monday evening, Hahn tweeted an apology, saying "The criticism is entirely justified." Hahn tried to explain his error by portraying it as a poor choice of words. "What I should have said better is that the data show a relative risk reduction not an absolute risk reduction.

Não se trata da FDA (ou outras agências) se enganarem ou não. Trata-se de analisarem os dados disponíveis e tomarem decisões a partir disso. E onde é que a tua citação indica que cederam a pressões?

Quanto à velocidade das vacinas, tu disseste que se podia esperar sentado por uma vacina em novembro. Presumi eu, e à semelhança de todos os outros peritos que sempre foram avisando que uma vacina ainda demoraria bastante tempo, que estivesses a referir que uma vacina dentro de uma baliza temporal tão curta seria algo impensável. Pois bem, a vacina surge no mês seguinte. Afinal não tinha que se esperar assim tanto mais. E aqui entra a outra questão. Se era algo tão previsível que fosse acontecer porque raio nunca foi dito antes? Que me lembro isto nunca foi dito. Mais, quando se fechou a economia, totalmente, e numa medida sem paralelo e que está a destruir a económico a um nível assustador, não me recordo de teres dito (facilmente emendarei o erro caso o tenhas efetuado, eu e´que não o vi dito na altura) que afinal já existia um trabalho prévio efetuado e que a vacina afinal seria um " processo bastante simples" e que acabaria por surgir rapidamente.
Afinal destruiu-se a vida de milhões de pessoas quando existia uma solução simples?. Será que foi esta a mensagem que foi passada no início ou estamos a falar de uma situação de acertar no euromilhões ao sábado?
Quando os argumentos se baseiam em deturpação de frases. O que eu disse, e em tom irónico, foi que podias esperar sentado pela vacina antes de dia 3 de novembro (isto por causa das eleições americanas). Quem é que disse que era algo tão previsível? Eu disse que era previsível ser aprovada pela FDA dia 10 de dezembro, e após saber-se que a FDA estava em posse dos dados desde 20 de novembro. Que eu saiba ninguém disse em março que era previsível a vacina estar pronta no final do ano, até porque nem se sabia que tipo de vacinas estavam a ser desenvolvidas. Quando começaram os ensaio clínicos de fase 1, aí sim, começaram a limitar o prazo para o desenvolvimento da vacina para final do ano, início do próximo.
Estás a desvirtuar tudo, ou porque não entendeste, ou propositadamente. Não contes comigo para alimentar falsos argumentos.

E já agora, seria curioso pensar o que seria da nossa sociedade se a comunidade empresarial relacionada com a saúde se aplicasse com esta mesma "vontade" na resolução de outras doenças que matam num número infinitamente superior. Com um bocado de sorte ainda vamos descobrir que a solução dessas doenças também eram processos simples e que só precisavam de vontade e dinheiro.
Quais, por exemplo? Podes ter a certeza que o limitado financiamento é uma das razões. Outra é o facto de outras doenças mais letais serem também muito mais complexas de perceber e tratar.
 

MiguelDeco

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1 - Estamos agora a brincar com a semântica? Pergunto se achas mesmo que a FDA iria rejeitar a decisão da reunião decisiva do comité executivo?
Quanto à segunda frase: EUA significa "Emergency Use Authorization", que é diferente de full aprovall. O que na segunda frase está a dizer é que para uma full aproval a FDA requere sim 6 meses de dados. No entanto, esta não foi uma full aproval, foi mesmo uma EUA, daí aceitarem os 2 meses de dados.



2 - Outra vez a história do confinamento? Ainda há alguém que questione o benefício do primeiro confinamento?
E espera, o que é que vai ser aprovado que coloca em risco a vida de alguém? A vacina? Onde é que foi dito que a vacina coloca em risco a vida de alguém??
Mais uma vez, estás a mostrar muito desonestidade com estes argumentos.



3 - Mas eu nunca neguei a existência de pressões. O que sempre disse, e nesta questão das vacinas contra a Covid, é que a existirem, não surtirame feito prático algum. Porque os timings foram respeitados. Como é suposto.
E muito provavelmente já houveram mortes devido a fármacos aprovados pela FDA ou outras agências, não nego isso. Mas pergunto-te qual a percentagem dessas mortes no universo de pessoas que tomaram esses tais fármacos? Em todos as vacinas e medicamentos existe esse risco, todos! Mas é raro. Se és cético a esse ponto, digo-te, não tomes então nenhum medicamento ou vacina.
Por outro lado, doentes oncológicos submetidos a radioterapia ou quimioterapia especifica (e não estou a falar aqui em recidivas) têm risco acrescido de desenvolver novos tumores, existem uma associação bem estabelecida. Ou seja, por ti, estes doentes não deveriam ser tratados, é isso?



Convém ler tudo.
On Monday evening, Hahn tweeted an apology, saying "The criticism is entirely justified." Hahn tried to explain his error by portraying it as a poor choice of words. "What I should have said better is that the data show a relative risk reduction not an absolute risk reduction.

Não se trata da FDA (ou outras agências) se enganarem ou não. Trata-se de analisarem os dados disponíveis e tomarem decisões a partir disso. E onde é que a tua citação indica que cederam a pressões?



4 - Quando os argumentos se baseiam em deturpação de frases. O que eu disse, e em tom irónico, foi que podias esperar sentado pela vacina antes de dia 3 de novembro (isto por causa das eleições americanas). Quem é que disse que era algo tão previsível? Eu disse que era previsível ser aprovada pela FDA dia 10 de dezembro, e após saber-se que a FDA estava em posse dos dados desde 20 de novembro. Que eu saiba ninguém disse em março que era previsível a vacina estar pronta no final do ano, até porque nem se sabia que tipo de vacinas estavam a ser desenvolvidas. Quando começaram os ensaio clínicos de fase 1, aí sim, começaram a limitar o prazo para o desenvolvimento da vacina para final do ano, início do próximo.
Estás a desvirtuar tudo, ou porque não entendeste, ou propositadamente. Não contes comigo para alimentar falsos argumentos.



5 - Quais, por exemplo? Podes ter a certeza que o limitado financiamento é uma das razões. Outra é o facto de outras doenças mais letais serem também muito mais complexas de perceber e tratar.
Quanto ao ponto 1 tu pediste a fonte e eu dei-ta. Se está errada não sei. A verdade é que é mencionado o facto de que as recomendações, e pese embora na sua maioria sejam obviamente validadas, isso não resulta de qualquer obrigatoriedade dessas recomendações. São isso mesmo, recomendações. Isto não é uma questão de semântica. O que isto quererá dizer é que posteriormente a esta recomendação existirá a possibilidade do FDA agir de forma diferente. Não será o normal mas pelos vistos já terá sucedido. Acho que a frase explica muito bem isso.

Quanto ao ponto 2 é uma conversa gasta na medida em que tivemos um confinamento total da economia com n.ºs que foram superados em imensa escala nos últimos tempos e a medida de confinamento total da economia não voltou a ser utilizada. E volto a referir que mais lá para a frente saberemos onde é que este confinamento total da economia foi viável para as pessoas que perderam o emprego, para as pessoas que morreram porque tiveram consultas adiadas ou porque tiveram medo de ir para o hospital. E as que irão morrer agora que não têm emprego nem dinheiro para cuidados médicos. Mas desde que não seja por covid as pessoas já não se importam... Quanto ás vacinas, se existem tantas questões a serem levantadas sobre a aplicação das mesmas em alguns grupos específicos será porque possivelmente poderão constituir um risco maior para a sua saúde do que benefício.

Quanto ao ponto 3, já é um começo que tenhas admitido que existiram lapsos do FDA na análise de alguns medicamentos que resultaram na morte de milhares de mortes e a criação de milhões de outros problemas muito mais gravosos do que aqueles que supostamente curariam. Talvez exista,afinal, alguns precedentes históricos que justifiquem alguma reserva que as pessoas tenham relativamente a este tipo de situações. Podemos finalmente estar de acordo que o FDA nem sempre acerta E que por vezes tem consequências mortais. É que não foi isso que disseste anteriormente (e não falemos novamente das questões das pressões sobre o FDA quando se sabe que alguns destes casos que te falei já eram conhecidos pelo FDA e que pura e simplesmente foram ignorados por certos motivo$). E quanto a mim, eu raramente tomo medicação. Só em últimas instâncias é que tomo alguma coisa para curar enxaquecas que por vezes me dão. E volto a repetir aqui o que já disse anteriormente. Se a vacina for obrigatória eu tomarei a vacina. Não sou anti vacinas nem sou parte dos maluquinhos negacionistas. Agora que tenho reservas sobre esta vacina lá isso tenho. Como tenho sobre a vacina da gripe, por exemplo.

Quanto ao ponto 4, tu não entendeste o que eu quis dizer. Se tu disseste que eu podia esperar sentado, eu entendi que, e à semelhança do que era dito na altura pelos especialistas, a vacina estaria num cenário distante (lembro-me que algumas pessoas apontavam apenas dezembro de 2021 como uma data possível para as vacinas). O que eu estava a questionar era sobre o facto de tu teres dito, agora, que afinal era um processo simples uma vez que já existia imenso trabalho efetuado com base em estudos anteriores. Pois bem, se esses estudos já existiam, e se o processo afinal era tão simples como tu disseste, então porque raio não disseste/ram isso logo no início da pandemia? Porque não disseste aqui, no início da pandemia, e como especialista da área como vejo que és, que dado que já existiam décadas de estudo desta matéria a existência de uma vacina seria um processo rápido e simples? É que vires dizer isso agora soa um bocado aquela analogia que mencionei do euromilhões. E volto a referir, se o fizeste, cá estarei para me penitenciar.

Quanto ao ponto 5 o especialista sobre a dificuldade do tratamento das doenças não sou eu. O que gostaria de saber é se, por exemplo, se alguns cancros tivessem este tipo de agenda mediática que o covid tem, e se conseguissem movimentar os milhões de investimento que esta doença movimentou, também poderiam ser resolvidos em tempo milagroso como este foi.. Ou por exemplo, será que a sida em ambiente de redes sociais teria tido uma resolução milagrosa também? É que ao contrário deste vírus, a taxa de letalidade nessas doenças é infinitamente superior.
 

peterbarros

Tribuna
15 Junho 2009
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@MiguelDeco, Acho normal o receio, ou ter reservas em relação a vacina, mas também a historia já demonstrou a importância da vacinação na saúde publica. Basta ver o impacto que a vacinação teve na diminuição da mortalidade infantil e no controle e irradicação de varias doenças. Para além do receio, temos que ter a esperança que ajude a nos tirar desta merda de situação que estamos. Quanto ao cancro e a sida não tenho duvidas que já foram investidos rios de dinheiro em investigação nas ultimas décadas, mesmo a sida já tormou-se quase uma doença crónica ao invés de uma doença rapidamente mortal de há décadas. Percebo a tua revolta em relação ao confinamento, se calhar, foste de certa forma afetado por isso em âmbito profissional, não sei, mas o grande objetivo do confinamento, no meu ponto de vista é evitar o ponto de ruptura nos serviços de saúde como aconteceu em Itália e França porque isso então é o caos.
 

MiguelDeco

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@MiguelDeco, Acho normal o receio, ou ter reservas em relação a vacina, mas também a historia já demonstrou a importância da vacinação na saúde publica. Basta ver o impacto que a vacinação teve na diminuição da mortalidade infantil e no controle e irradicação de varias doenças. Para além do receio, temos que ter a esperança que ajude a nos tirar desta merda de situação que estamos. Quanto ao cancro e a sida não tenho duvidas que já foram investidos rios de dinheiro em investigação nas ultimas décadas, mesmo a sida já tormou-se quase uma doença crónica ao invés de uma doença rapidamente mortal de há décadas. Percebo a tua revolta em relação ao confinamento, se calhar, foste de certa forma afetado por isso em âmbito profissional, não sei, mas o grande objetivo do confinamento, no meu ponto de vista é evitar o ponto de ruptura nos serviços de saúde como aconteceu em Itália e França porque isso então é o caos.
Mas eu não nego essa importância. Mais, eu tenho a vacinação toda em dia. Se um dia tiver um filho, ele terá as vacinas todas também. Eu não pertenco a essa categoria de pessoas que negam essa mais valia.
Já no caso da vacina da gripe que eu não tomo, por exemplo. Ou a vacina da anterior Gripe A, que também não tomei por decisão minha. Não morri e não matei ninguém por causa dessa decisão. Mas ao contrário dessa vacina da gripe A, por exemplo, esta nova vacina é vista por algumas pessoas como um milagre. Que irá resolver todos os problemas. E por aquilo que se vai lendo, a vacina até realizar o seu propósito ainda demorará imenso tempo. E pior que isso, existe uma tendência para julgar como irresponsáveis e assassinos as pessoas que, e na sua consciência, decidirão não tomar a vacina. Bem como existem algumas pessoas que defendem que por ser validada por um sistema de controlo como a FDA ou afins que passa a ter um selo de garantia infalível.
E é contra isso que eu por vezes falo. Primeiro porque, e como disse acima, eu não tomo a vacina da gripe. E todos os anos temos imensas mortes provocadas pela gripe. Será que isso faz de quem não toma a vacina da gripe um criminoso? É que o clima que existe resultante desta pressão das redes sociais é esta. E quanto a este ponto, se a vacina é realmente tão essencial como é defendida, então porque raio não se fala em vacinação obrigatória? Porque é que o governo deixa ao livre arbítrio a decisão de tomar uma vacina duma doença que levou a que fossem tomadas medidas nunca antes vistas? Não existe aqui contradição? Será crime constatar que tivemos um desligar da economia com uns n.ºs e depois vermos que com n.ºs imensamente superiores não foram tidas as mesmas medidas criminosas que foram tomadas no início? Será que esse facto não dá razão a quem alertou para o crime económico que estava e continua (mesmo que em menor escala) a ser produzido? E segundo, tendo em conta os imensos problemas que já resultaram de outras aprovações deste tipo de entidades, não será normal as pessoas terem um pé atrás relativamente a algo que surgiu com imensa celeridade, num clima de imensa pressão quer da sociedade quer dos políticos, sendo que alguns o fizeram em plena vista?

Do meu ponto de vista parece-me normal este entendimento.
Ps: O mais curioso é que só fui afetado agora, em Dezembro. No mês onde a empresa que me vai cortar o meu rendimento tem mais lucro. Mas não é por isso que eu tenho esta reacção. Pelo contrário, devia ter a inversa porque tive em casa imenso tempo e recebi quase o mesmo. Mas o problema é que lido com imensas pessoas, vejo imensas realidades, e não posso só pensar na minha realidade e no meu bem estar. E se vejo que a economia do meu país está a caminhar a passos largos para a destruição é o meu dever cívico alertar para esse perigo. E este perigo, o perigo da destruição de toda uma economia, no meu entender, não está a ser bem avaliada. Temos pessoas sem rendimentos há 9 meses. Isto é normal? Será normal pedir a estas pessoas que tenham razoabilidade e paciência? E que se lhes diga que tudo vai correr bem e esperar que eles pura e simplesmente abanem a cabeça? Eu não consigo entender o mundo desta forma.