Covid-19

Treinador de Bancada

Tribuna Presidencial
16 Março 2012
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  • Dezembro/19
  • André Villas-Boas
  • Bobby Robson
  • João Pinto
Já vi que a malta não é muito amiga de Historia.

A 2a vaga da Gripe Espanhola foi exactamente na mesma altura da 2ª vaga de CoVID 19 (Outubro).
Eu até acho que a esmagadora maioria está a cumprir mas há sempre gente que acha que as regras não são para eles...eu defendo uma acção mais musculada das forças de segurança para conter e desencorajar prevaricadores.

Ainda hoje vão para junto da Assembleia manifestantes dizer que obrigação de usar mascara é anti constitucional.
Há sempre parvos neste mundo

Este aumento de casos foi devido a festas e ajuntamentos de lazer.É terminar com isso
Se foi por festas e ajuntamentos de lazer como explicar que nos meses de Verão onde a tendência de ajuntamentos festivos é maior pelas noites serem mais quentes, convidarem mais a sair de casa à noite e juntar os amigos não houve este número de casos diários?
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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  • Deco
A 2a vaga da Gripe Espanhola foi exactamente na mesma altura da 2ª vaga de CoVID 19 (Outubro).
Em Portugal, começou em finais de Agosto e atingiu o pico de casos em Outubro. Estes padrões têm simplesmente a ver com a mobilidade das pessoas, para além dos dois vírus terem surgido em alturas semelhantes.
 

AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
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Tanta gente e, efetivamente, com bons resultados no controlo deste tipo de situações.
Tanta gente onde?

Eu acho que estás a confundir.
Eu não sou contra o uso de máscara. Em locais fechados é óbvio que sou a favor. Nem sequer discuto isso.


Obrigatoriedade do uso de máscara na rua não tem qualquer suporte científico. E é um contra senso porque cá as pessoas não gostam nem estão habituadas a usar máscara (ao contrário dos países asiáticos em que é muito mais comum, como dizes). Logo, a tendência será andar menos na rua e mais tempo em locais fechados.

Eu gostava de saber o sentido de uma pessoa ser obrigada (ou sentir-se obrigada) a sair de casa com máscara quando não tem ninguém à volta num raio de 50m. Gostava de saber onde isto faz mais bem do que mal, em que mundo. Da mesma forma que gostava de perceber aquelas pessoas que andam de máscara sozinhas no carro. Só existe covid? Acham mesmo que nos faz bem estar sempre a respirar o ar da máscara ?


Já agora, e conforme já li por aqui, não fazia mais sentido proibir fumar ao ar livre do que usar máscara ? Eu diria que sim...


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John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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Vocês acham que não existe transmissão nos transportes públicos onde diariamente as pessoas viajam durante 15/30/45 minutos todas amontoadas umas em cima das outras? E depois quando chegam aos locais de trabalho também não existe transmissão? E quando chegam a casa e convivem com as restantes pessoas do agregado familiar? As máscaras protegem até um certo ponto, além de que as máscaras cirúrgicas e outras máscaras que as pessoas utilizam têm uma protecção bastante reduzida.

Reduzir isto a festas e convívios é pura demagogia.
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Sim, porque realmente é impossível o que eu frisei acontecer.

Fui só eu que me debati com vídeos no facebook de militares a dizer que se apanham alguém na rua iam ter de prestar contas? De idiotas a pedir chumbo a quem não anda de máscara? And so on...
Sou só eu que apanho gente assim?

E não há pessoas assim nas autoridades?
Não existem muitos casos de abuso de autoridade?


Se calhar sou eu que sonho, não sei...


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Mais uma vez estás a complicar.

O exemplo que te dei também é perfeitamente possível levantando todas as interrogações que enunciaste...

Nenhuma lei é eficaz se partires do pressuposto que quem vai controlar a sua aplicação está de má fé nesse controlo.

Imagina que és parado na estrada, dás a carta ao polícia e ele rasga-a e autua-te por andares sem carta. Ou vai ver a tua mala e coloca lá droga. Ou...

Relaxa. O problema que estás a levantar é o último que te deve preocupar...
 

AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
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Mais uma vez estás a complicar.

O exemplo que te dei também é perfeitamente possível levantando todas as interrogações que enunciaste...

Nenhuma lei é eficaz se partires do pressuposto que quem vai controlar a sua aplicação está de má fé nesse controlo.

Imagina que és parado na estrada, dás a carta ao polícia e ele rasga-a e autua-te por andares sem carta. Ou vai ver a tua mala e coloca lá droga. Ou...

Relaxa. O problema que estás a levantar é o último que te deve preocupar...

Claro que o exemplo que deste é possível.

Mas aqui estamos a falar dum caso muito mediático. Toda a gente tem a sua opinião. E as forças gostam de poder mostrar serviço nestas alturas. Ver alguém sem máscara será facilmente um motivo de atuar.

Mais uma vez pergunto, não notas que há muita gente ávida por regras pesadas? Até já vi pessoal a pedir uma PIDE para esta altura. Literalmente. Eu fico chocado.


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hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
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Vila Nova de Gaia, 1975
Tanta gente onde?

Eu acho que estás a confundir.
Eu não sou contra o uso de máscara. Em locais fechados é óbvio que sou a favor. Nem sequer discuto isso.


Obrigatoriedade do uso de máscara na rua não tem qualquer suporte científico. E é um contra senso porque cá as pessoas não gostam nem estão habituadas a usar máscara (ao contrário dos países asiáticos em que é muito mais comum, como dizes). Logo, a tendência será andar menos na rua e mais tempo em locais fechados.

Eu gostava de saber o sentido de uma pessoa ser obrigada (ou sentir-se obrigada) a sair de casa com máscara quando não tem ninguém à volta num raio de 50m. Gostava de saber onde isto faz mais bem do que mal, em que mundo. Da mesma forma que gostava de perceber aquelas pessoas que andam de máscara sozinhas no carro. Só existe covid? Acham mesmo que nos faz bem estar sempre a respirar o ar da máscara ?


Já agora, e conforme já li por aqui, não fazia mais sentido proibir fumar ao ar livre do que usar máscara ? Eu diria que sim...


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Mas não és obrigado a andar de máscara no exterior quando não tens ninguém à volta num raio de 50m...
 

hawkeyes

Tribuna Presidencial
19 Julho 2006
24,662
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Vila Nova de Gaia, 1975
Claro que o exemplo que deste é possível.

Mas aqui estamos a falar dum caso muito mediático. Toda a gente tem a sua opinião. E as forças gostam de poder mostrar serviço nestas alturas. Ver alguém sem máscara será facilmente um motivo de atuar.

Mais uma vez pergunto, não notas que há muita gente ávida por regras pesadas? Até já vi pessoal a pedir uma PIDE para esta altura. Literalmente. Eu fico chocado.


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Durante o Covid já houve várias proibições que eram punidas pelas autoridades com coimas elevadas.

Mostraram serviço?...

Quanto às penalizações, têm de ser pesadas senão seriam totalmente inócuas dada a dificuldade de controlo.
 

AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
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Durante o Covid já houve várias proibições que eram punidas pelas autoridades com coimas elevadas.

Mostraram serviço?...

Quanto às penalizações, têm de ser pesadas senão seriam totalmente inócuas dada a dificuldade de controlo.
Eu espero que tenhas razão mas não consigo pensar como tu.

Ainda para mais quando começamos a aceitar estas coisas levemente... o que vem a seguir custa sempre menos.


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John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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Outra das questões que me levam a não concordar muito com esta medida da máscara obrigatória nas ruas é que ajudam a trazer ao de cima o espírito pidesco que existe em algumas pessoas, como na altura em que não se podia circular nas ruas e haviam sempre aqueles inteligentes a mandar bocas das suas varandas, mesmo a quem tinha que ir trabalhar. Para além de ser uma medida com instruções cinzentas, há sempre o risco de uma pessoa ir calmamente na rua sem máscara, mesmo por sítios poucos movimentados e levar com algumas bocas por não andar de máscara, correndo o risco de se incomodar. Serão sempre acontecimentos excepcionais, apesar de tudo.
 
Última edição:

Tony_Gomes9

Arquibancada
25 Julho 2020
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989
É evidente que as medidas se devem aplicar em função e em proporção ao número de infectados, mas não nos podemos alhear do facto de em cada 8000 transmissões apenas 1 ocorrer no exterior. Todas as medidas que sejam adoptadas para conter o contágio em espaços exteriores acabarão sempre por não ter efeito prático e continuo a dizer que medidas que sirvam para limitar ou induzir as pessoas a permanecerem em casa e a não circularem ao ar livre, têm mais efeitos nefastos no controlo da pandemia do que o contrário. Não é só uma questão de covid, a saúde como um todo não pode ser esquecida, e em períodos como estes é fundamental que as pessoas levem uma vida saudável, que é precisamente o contrário do que está a acontecer.
Sei que a situação é complicada, o vírus é muito complicado, porque apesar de ter uma taxa de mortalidade muito baixa, tem uma taxa de infecção extremamente alta, um período de incubação grande, uma taxa muito grande de assintomáticos e é novo, está a ser estudado, há muita coisa que não se sabe, o conhecimento vai sendo actualizado diariamente, amanhã o que sabemos hoje pode já não ser verdade e ser preciso actualizar, mas um problema muito grande é que não existe uma comunicação clara por parte dos responsáveis políticos, que tentam sempre fazer passar a imagem de que têm tudo controlado e sabem o que estão a fazer. Em situações como estas, creio que será sempre fundamental que exista uma comunicação clara para com as pessoas, até para evitar ainda mais desinformação.

De resto, plenamente de acordo quanto ao investimento que falta no SNS e o mais revoltante de tudo é que havia dinheiro suficiente para estamos neste momento minimamente confortáveis com os números actuais. É lamentável e vergonhoso que se dê tão pouca importância aos profissionais de saúde e que estejam a passar por esta situação, tão mal pagos e com tanto trabalho.
A questão é que essa fraca transmissão ao ar livre é estudada em situações distintas das que já referi anteriormente e que neste momento não estão incluídas na nossa consciência coletiva como situações em que a mascara tb deve ser aplicada.
Agora as autoridades ou ate mesmo outro civil comum tem a legitimidade para intervir e pedir a um cidadão para colocar a sua máscara se se sentir desconfortável com a proximidade de uma pessoa mesmo sendo ao ar livre, coisa que antes era mais difícil de fazer porque não havia contexto legal de suporte para esta medida. Por exemplo, numa entrada de um takeaway/restaurante, com 20/30 pessoas a espera na rua mas muito próximas da entrada, com esta medida torna-se "obrigatório" o uso da máscara; e numa situação dessas sem máscara custa-me a crer que a transmissão fosse de 1:8000.

A verdade é que não será a aplicação das mascaras na rua que vai evitar o descalabro que se adivinha, mas ajudará a atenuar, nem que seja ligeiramente.
Concordo que não podemos descurar outras vertentes da saúde, mas são situações a ser geridas com muita sensibilidade. E é o que mais falta neste momento na comunicação em Portugal (e não só), sensibilidade. Desde os agentes da imprensa aos agentes políticos, toda a gente comunica com dogmas, todos sabem tudo e afirmam tudo, não existe a sensibilidade necessária na comunicação para que se atribua a maleabilidade necessária às imposições para que estas sejam feitas com o intuito de promover a livre consciência de cada um a trabalhar em prol da consciência comunitária; pelo contrário, a comunicação torna-se cada vez mais rígida, mais faccionada e assente numa estratégia de "tribalização" de um interesse que nos devia ser comum - e isto torna absolutamente necessário impor a consciência comunitária à livre consciência individual.

As instituições de saúde publica em Portugal estão povoadas por dinossauros que usam e abusam da falácia da autoridade para afagar o seu próprio ego nas TVs; as televisões entram em ciclos intermináveis e viciosos de transmissão de não-informação porque tudo tem de ser novidade, tudo tem de ser dramático, tudo tem de ser apelativo, vivemos na era dos alertas constantes para coisa nenhuma, do caps lock, das marchetes de 10 em 10min, dos diretos, vivemos na era da fastfood, fastfashion e agora fastnews, numa bolha de realidade paralela que vende mais que a realidade em si. A comunicação é um desastre e perdidas nela estão (estavam…) as nossas pontes em comum que nos permitiam trabalhar em conjunto.

A pandemia é um stress-test a todas as nossas instituições. Todas. O que sobrar moldará, a médio prazo, toda a sociedade como a conhecemos.
 

AdrianSmith

Tribuna
9 Junho 2019
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Outra das questões que me levam a não concordar muito com esta medida da máscara obrigatória nas ruas é que ajudam a trazer ao de cima o espírito pidesco que existe em algumas pessoas, como na altura em que não se podia circular nas ruas e haviam sempre aqueles inteligentes a mandar bocas das suas varandas, mesmo a quem tinha que ir trabalhar. Para além de ser uma medida com instruções cinzentas, há sempre o risco de uma pessoa ir calmamente na rua sem máscara, mesmo por sítios poucos movimentados e levar com algumas bocas por não andar de máscara, correndo o risco de se incomodar. Serão sempre acontecimentos excepcionais, apesar de tudo.

Exatamente o que disse em cima.


Só discordo no excepcionais. Temo que não sejam assim tão excepcionais quanto isso.
Mas espero que sim.


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John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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A questão é que essa fraca transmissão ao ar livre é estudada em situações distintas das que já referi anteriormente e que neste momento não estão incluídas na nossa consciência coletiva como situações em que a mascara tb deve ser aplicada.
Agora as autoridades ou ate mesmo outro civil comum tem a legitimidade para intervir e pedir a um cidadão para colocar a sua máscara se se sentir desconfortável com a proximidade de uma pessoa mesmo sendo ao ar livre, coisa que antes era mais difícil de fazer porque não havia contexto legal de suporte para esta medida. Por exemplo, numa entrada de um takeaway/restaurante, com 20/30 pessoas a espera na rua mas muito próximas da entrada, com esta medida torna-se "obrigatório" o uso da máscara; e numa situação dessas sem máscara custa-me a crer que a transmissão fosse de 1:8000.

A verdade é que não será a aplicação das mascaras na rua que vai evitar o descalabro que se adivinha, mas ajudará a atenuar, nem que seja ligeiramente.
Concordo que não podemos descurar outras vertentes da saúde, mas são situações a ser geridas com muita sensibilidade. E é o que mais falta neste momento na comunicação em Portugal (e não só), sensibilidade. Desde os agentes da imprensa aos agentes políticos, toda a gente comunica com dogmas, todos sabem tudo e afirmam tudo, não existe a sensibilidade necessária na comunicação para que se atribua a maleabilidade necessária às imposições para que estas sejam feitas com o intuito de promover a livre consciência de cada um a trabalhar em prol da consciência comunitária; pelo contrário, a comunicação torna-se cada vez mais rígida, mais faccionada e assente numa estratégia de "tribalização" de um interesse que nos devia ser comum - e isto torna absolutamente necessário impor a consciência comunitária à livre consciência individual.

As instituições de saúde publica em Portugal estão povoadas por dinossauros que usam e abusam da falácia da autoridade para afagar o seu próprio ego nas TVs; as televisões entram em ciclos intermináveis e viciosos de transmissão de não-informação porque tudo tem de ser novidade, tudo tem de ser dramático, tudo tem de ser apelativo, vivemos na era dos alertas constantes para coisa nenhuma, do caps lock, das marchetes de 10 em 10min, dos diretos, vivemos na era da fastfood, fastfashion e agora fastnews, numa bolha de realidade paralela que vende mais que a realidade em si. A comunicação é um desastre e perdidas nela estão (estavam…) as nossas pontes em comum que nos permitiam trabalhar em conjunto.

A pandemia é um stress-test a todas as nossas instituições. Todas. O que sobrar moldará, a médio prazo, toda a sociedade como a conhecemos.
Estes estudos sobre a transmissão do vírus ao ar livre e em espaços fechados foram feitos na China, logo nos primeiros meses após o outbreak, eles analisaram todas as cadeias de transmissão, pessoa a pessoa, recorrendo a todos os mecanismos próprios de um país autoritário como a China que permite que o contact tracing seja muito mais fácil e efectivo. Estas análises dizem respeito a um período na China em que não existiam qualquer restrições e as pessoas faziam a sua vida normal, sem restrições e, portanto, todas as actividades ao ar livre eram permitidas. Apenas uma percentagem extremamente reduzida dos casos estudados tinham resultado de uma infecção ao ar livre. Não chegavam a 8 mil mas era 1 caso de transmissão ao ar livre e 7800 e tal. A esmagadora maioria das transmissões do vírus ocorriam nas casas das pessoas, creio que era cerca de 80% e mais de 10% era em transportes públicos. O resto era em contexto laboral, escolar, etc.
Totalmente de acordo com o restante do teu comentário.
 
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John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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Outra das questões que tornam praticamente inútil a app Stayway Covid, tem a ver com a nossa incapacidade em detectar casos positivos em pessoas assintomáticas ou com sintomas leves. Não nos adianta ter uma app de contact tracing se não somos capazes de detectar casos de positivos assintomáticos para desfazer as cadeias de transmissão. Se os países como a Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, a própria China, conseguiram controlar a pandemia, foi porque complementaram o contact tracing com um aumento do número de testes. Singapura tem uma população que é praticamente metade da nossa e fizeram mais de 100 milhões de testes. Nós fizemos cerca de 2 milhões, isto torna as apps de contact tracing praticamente inúteis.
 
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Tony_Gomes9

Arquibancada
25 Julho 2020
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Estes estudos sobre a transmissão do vírus ao ar livre e em espaços fechados foram feitos na China, logo nos primeiros meses após o outbreak, eles analisaram todas as cadeias de transmissão, pessoa a pessoa, recorrendo a todos os mecanismos próprios de um país autoritário como a China que permite que o contact tracing seja muito mais fácil e efectivo. Estas análises dizem respeito a um período na China em que não existiam qualquer restrições e as pessoas faziam a sua vida normal, sem restrições e, portanto, todas as actividades ao ar livre eram permitidas. Apenas uma percentagem extremamente reduzida dos casos estudados tinham resultado de uma infecção ao ar livre. Não chegavam a 8 mil mas era 1 caso de transmissão ao ar livre e 7800 e tal. A esmagadora maioria das transmissões do vírus ocorriam nas casas das pessoas, creio que era cerca de 80% e mais de 10% era em transportes públicos. O resto era em contexto laboral, escolar, etc.
Totalmente de acordo com o restante do teu comentário.
Não vou argumentar porque desconheço esses estudos, mas sou claramente a favor de tentarmos perceber de que forma estão os países asiáticos a lidar com a situação porque estão de modo geral a responder muito melhor que a União Europeia e nem tudo se explica no caráter autoritário dos seus regimes, até porque o controlo mais rigoroso da pandemia não se verificou só na China.

Não consigo fundamentar com estudos credíveis porque ainda não os conheço, mas pareceu-me sensato referir que muitas das situações pensadas na justificação da aplicação da máscara ao ar livre eram diferentes de algumas das que via aqui enumeradas, não se limitam só a passeios noturnos em parques ou jogging matinal, só por isso é que decidi acrescentar o meu contributo à discussão para refletir, de forma saudável sempre. Acho que a máscara sendo generalizada no máximo de situações vai tb ajudar a diminuir a sua ausência em situações em que esta seria essencial; uma pessoa que saia para ir passear agora vai sentir ainda mais a necessidade de usar a mascara. E não so.

Acho que os pros são mais significativos que os contras.
 

Tony_Gomes9

Arquibancada
25 Julho 2020
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Outra das questões que tornam praticamente inútil a app Stayway Covid, tem a ver com a nossa incapacidade em detectar casos positivos em pessoas assintomáticas ou com sintomas leves. Não nos adianta ter uma app de contact tracing se não somos capazes de detectar casos de positivos assintomáticos para desfazer as cadeias de transmissão. Se os países como a Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, a própria China, conseguiram controlar a pandemia, foi porque complementaram o contact tracing com um aumento do número de testes. Singapura tem uma população que é praticamente metade da nossa e fizeram mais de 100 milhões de testes. Nós fizemos cerca de 2 milhões, isto torna as apps de contact tracing praticamente inúteis.
a app vai servir só como quase um placebo de despertar de consciências individuais. Um reminder personalizado que é possível ter estado infetado porque terá estado em contacto com alguém, de forma a pessoa a tentar reforças os seus cuidados.

Se é util? talvez.
se é eficaz? relativamente pouco, é so mais uma ferramenta, resultados práticos serão muito pontuais.
Se um investimento de 400k numa app destas faz sentido nesta altura? parece-me evidente que não.
 
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Mr.Ribeiro 46

Tribuna Presidencial
26 Julho 2016
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Para controlar isto da máscara na rua, vai ser preciso o agente, os agentes assistentes, o 4º agente e o video-agente para ver se estão os 2 metros ou não.
Os policias nem têm mais nada que fazer do que vigiar isso.
 
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