Actualidade Internacional

John Wick

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Por uma questão de princípio, como é que seria suposto combater a escravatura ou a segregação? Era suposto o escravo ser totalmente desprovido de uma reação racista? Com a ciência? E o segregado que tinha que mudar de passeio para dar passagem ao branco a mesma coisa? É que este tipo de violência gratuita não acontece pela primeira nem segunda nem terceira vez, é suposto a reação ser a mesma quando se sentem de pés e mãos atados? As manifestações pacíficas são muito bonitas quando produzem frutos e do outro lado existe alguma evolução.
Estamos a falar de coisas completamente diferentes. Racismo e escravatura, embora possam estar muitas vezes associadas, não são a mesma coisa. Na escravatura os indivíduos são privados da sua liberdade e submetidos à vontade de outro, o escravo é sua propriedade. Estas pessoas tinham todo o direito de se revoltar e usar a violência contra quem os escravizava ou era a favor da escravatura. Da mesma forma que quem sofre racismo tem toda a legitimidade para se revoltar contra quem é racista. É preciso fazer o enquadramento histórico e perceber o que já foi feito e o que não feito. Já não vivemos mais em sociedades maioritariamente racistas, o racismo existe, necessita de ser atenuado, mas a partir do momento em que este é o contexto, não vais conseguir absolutamente nada com generalizações, com protestos violentos, com censura, com medidas racistas para combater o racismo, com medidas fascistas para combater o racismo, com a privação de liberdades individuais, etc. Isto só traz mais divisões, mais fragmentação, mais racismo, criam-se gerações de pessoas amarguradas, ressentidas e num contexto absolutamente negativo. Além disso, se estivermos atentos à realidade e a todos os lados da discussão, percebemos facilmente que os protestos violentos e os movimentos woke não representam de todo a comunidade afro-americana, estes movimentos atraem muito gente branca de classe média/alta do que negros. Tudo tem que ser contextualizado, a sociedade americana não é a mesma dos tempos da escravatura, não é a mesma dos tempos da segregação racial, não é a mesma dos anos 80/90, as coisas mudaram e mudaram para melhor em termos raciais, sem que isto implique que não exista ainda muita coisa para melhorar. Podemos procurar factos históricos para explicar fenómenos actuais, mas não podemos pegar em contextos históricos e usá-los como se fossem fenómenos perfeitamente actuais, não o são, de todo.
 
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Vlk

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3 Junho 2014
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Lisboa
Estamos a falar de coisas completamente diferentes. Racismo e escravatura, embora possam estar muitas vezes associadas, não são a mesma coisa. Na escravatura os indivíduos são privados da sua liberdade e submetidos à vontade de outro, o escravo é sua propriedade. Estas pessoas tinham todo o direito de se revoltar e usar a violência contra quem os escravizava ou era a favor da escravatura. Da mesma forma que quem sofre racismo tem toda a legitimidade para se revoltar contra quem é racista. É preciso fazer o enquadramento histórico e perceber o que já foi feito e o que não feito. Já não vivemos mais em sociedades maioritariamente racistas, o racismo existe, necessita de ser atenuado, mas a partir do momento em que este é o contexto, não vais conseguir absolutamente nada com generalizações, com protestos violentos, com censura, com medidas racistas para combater o racismo, com medidas fascistas para combater o racismo, com a privação de liberdades individuais, etc. Isto só traz mais divisões, mais fragmentação, mais racismo, criam-se gerações de pessoas amarguradas, ressentidas e num contexto absolutamente negativo. Além disso, se estivermos atentos à realidade e a todos os lados da discussão, percebemos facilmente que os protestos violentos e os movimentos woke não representam de todo a comunidade afro-americana, estes movimentos atraem muito gente branca de classe média/alta do que negros. Tudo tem que ser contextualizado, a sociedade americana não é a mesma dos tempos da escravatura, não é a mesma dos tempos da segregação racial, não é a mesma dos anos 80/90, as coisas mudaram e mudaram para melhor em termos raciais, sem que isto implique que não exista ainda muita coisa para melhorar. Podemos procurar factos históricos para explicar fenómenos actuais, mas não podemos pegar em contextos históricos e usá-los como se fossem fenómenos perfeitamente actuais, não o são, de todo.
Mas é que o terror racista não terminou na guerra civil, antes pelo contrário. Substitui escravo por segregado. É que a segregação oficial não acabou à 150 anos. E o que tinhas até agora é uma lenta evolução desde os anos 60 em que a situação nunca foi equilibrada. E agora estamos a entrar numa fase de regressão mais que visível, a radicalização da franjas racistas da sociedade é evidente. E dizer-se que a culpa é dos movimentos do lado contrário é uma infantilidade, e é só uma desculpa para muita gente deitar cá para fora aquilo que sempre foi a da sua natureza.

A ciência mais relevante neste assunto é a História, e essa tem um peso fortíssimo em desfavor dos negros. Obviamente está muito mais sujeita a apreciações subjectivas do que outras ciências.
 
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MiguelDeco

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2 Setembro 2013
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Estamos a falar de coisas completamente diferentes. Racismo e escravatura, embora possam estar muitas vezes associadas, não são a mesma coisa. Na escravatura os indivíduos são privados da sua liberdade e submetidos à vontade de outro, o escravo é sua propriedade. Estas pessoas tinham todo o direito de se revoltar e usar a violência contra quem os escravizava ou era a favor da escravatura. Da mesma forma que quem sofre racismo tem toda a legitimidade para se revoltar contra quem é racista. É preciso fazer o enquadramento histórico e perceber o que já foi feito e o que não feito. Já não vivemos mais em sociedades maioritariamente racistas, o racismo existe, necessita de ser atenuado, mas a partir do momento em que este é o contexto, não vais conseguir absolutamente nada com generalizações, com protestos violentos, com censura, com medidas racistas para combater o racismo, com medidas fascistas para combater o racismo, com a privação de liberdades individuais, etc. Isto só traz mais divisões, mais fragmentação, mais racismo, criam-se gerações de pessoas amarguradas, ressentidas e num contexto absolutamente negativo. Além disso, se estivermos atentos à realidade e a todos os lados da discussão, percebemos facilmente que os protestos violentos e os movimentos woke não representam de todo a comunidade afro-americana, estes movimentos atraem muito gente branca de classe média/alta do que negros. Tudo tem que ser contextualizado, a sociedade americana não é a mesma dos tempos da escravatura, não é a mesma dos tempos da segregação racial, não é a mesma dos anos 80/90, as coisas mudaram e mudaram para melhor em termos raciais, sem que isto implique que não exista ainda muita coisa para melhorar. Podemos procurar factos históricos para explicar fenómenos actuais, mas não podemos pegar em contextos históricos e usá-los como se fossem fenómenos perfeitamente actuais, não o são, de todo.
Não estás correcto. A escravatura está associada com o racismo na medida que falamos da exploração de uma raça por outra com o pressuposto que a outra é inferior. E durante muito tempo tentou explicar-se isso com a ciência da altura também..


E novamente, fica demonstrada que a ciência também tem as suas falhas. Pese embora, este tipo de pensamento ainda persiste nos dias de hoje.
Um exemplo muito simples, basta irem a uma qualquer obra de construção civil em portugal e ver o que se passa por lá.
 

John Wick

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Não estás correcto. A escravatura está associada com o racismo na medida que falamos da exploração de uma raça por outra com o pressuposto que a outra é inferior. E durante muito tempo tentou explicar-se isso com a ciência da altura também..


E novamente, fica demonstrada que a ciência também tem as suas falhas. Pese embora, este tipo de pensamento ainda persiste nos dias de hoje.
Um exemplo muito simples, basta irem a uma qualquer obra de construção civil em portugal e ver o que se passa por lá.
E em que é que isso retira razão ao que eu disse? Eu disse que a escravatura está muitas vezes associada ao racismo, mas não está sempre e exemplo disso é que a escravatura persiste nos dias de hoje em regiões como Níger onde pessoas da mesma etnia são escravizadas por pessoas da mesma etnia. Algumas vezes não é apenas o pensamento de que se é um ser superior em relação ao outro, mas também uma subjugação moral que é o que acontece em muitas regiões do mundo.

E em relação a esse artigo, eu não disse nada para que se possa ser usado esse artigo como resposta, não fiz nenhum tipo de generalização.
A ciência não dá nenhuma ferramenta aos supremacistas brancos, bem pelo contrário, o conceito de raça não existe em genética e geneticamente, as populações de áfrica, principalmente do leste, apesar de homogéneas, são mais diversificadas que as populações americanas, francesas, inglesas, apesar de muito mais heterogéneas em termos fenotípicos. Os supremacistas brancos usam argumentos falaciosos que não argumentos científicos e nem sequer compreendem os conceitos.

Eu já aqui expliquei várias vezes o meu ponto de visto e continuo a ser constantemente mal interpretado.
 
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Philipp

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25 Janeiro 2015
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Estamos a falar de coisas completamente diferentes. Racismo e escravatura, embora possam estar muitas vezes associadas, não são a mesma coisa.
Ehehehe. Mais uma deixa para o André Ventura para o próximo debate parlamentar.
 

SUPERMLY

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Por uma questão de princípio, como é que seria suposto combater a escravatura ou a segregação? Era suposto o escravo ser totalmente desprovido de uma reação racista? Com a ciência? E o segregado que tinha que mudar de passeio para dar passagem ao branco a mesma coisa? É que este tipo de violência gratuita não acontece pela primeira nem segunda nem terceira vez, é suposto a reação ser a mesma quando se sentem de pés e mãos atados? As manifestações pacíficas são muito bonitas quando produzem frutos e do outro lado existe alguma evolução.
Combate se o racismo e a segregação com a educação de tenra idade.A ciencia explica que somos todos da mesma raça (homo sapiens) com pressupostos geneticos e porque de termos cores diferentes.
Sim por que os livros de ciencias são importantes.
Foi assim que chegamos até aqui hoje.
Tal como foi a discriminação da mulher durante seculos onde chegaram a ser considerados seres inferiores quando a religião era lei nas sociedades.

Ainda hoje as mulheres são consideradas inferiores em algumas sociedades.

O racismo e a segregação terá o mesmo caminho, será lento, ás vezes será feio de ver mas chegaremos lá

Protestos pacificos (com mais ou menos argumentos) nunca fizeram mal agora assaltos, destruição, pilhagem, vandalismos e assassinatos torna essas pessoas exactamente iguais ao ex policia que matou Floyd
 
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Vlk

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Combate se o racismo e a segregação com a educação de tenra idade.A ciencia explica que somos todos da mesma raça (homo sapiens) com pressupostos geneticos e porque de termos cores diferentes.
Sim por que os livros de ciencias são importantes.
Foi assim que chegamos até aqui hoje.
Tal como foi a discriminação da mulher durante seculos onde chegaram a ser considerados seres inferiores quando a religião era lei nas sociedades.

Ainda hoje as mulheres são consideradas inferiores em algumas sociedades.

O racismo e a segregação terá o mesmo caminho, será lento, ás vezes será feio de ver mas chegaremos lá

Protestos pacificos (com mais ou menos argumentos) nunca fizeram mal agora assaltos, destruição, pilhagem, vandalismos e assassinatos torna essas pessoas exactamente iguais ao ex policia que matou Floyd
Combate-se o racismo com educação quando vês alguma alteração do lado do racista. Eventualmente o racista há-de conviver bem com a educação.
Sabes o que era a educação de quem era segregado e reprimido com base na raça há poucas décadas atrás em algumas zonas dos EUA? Era o negro afastar-se do passeio e fazer uma vénia à passagem do branco. Era isto a educação.

Acho as pilhagens uma parvoíce, mas não condeno quem sente o racismo no dia a dia de ter uma reacção menos educada. Não me sinto moralmente superior para o fazer ;)
 

SUPERMLY

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Combate-se o racismo com educação quando vês alguma alteração do lado do racista. Eventualmente o racista há-de conviver bem com a educação.
Sabes o que era a educação de quem era segregado e reprimido com base na raça há poucas décadas atrás em algumas zonas dos EUA? Era o negro afastar-se do passeio e fazer uma vénia à passagem do branco. Era isto a educação.

Acho as pilhagens uma parvoíce, mas não condeno quem sente o racismo no dia a dia de ter uma reacção menos educada. Não me sinto moralmente superior para o fazer ;)
Quando educas jovens na escola com base em conhecimentos cientificos, vais formar pessoas mais instruidas que não vão segregar seja quem for diferente deles.
Por isso é que demora tempo, precisa se educar gerações umas a seguir as outras.

O mesmo foi com as mulheres, gerações e gerações umas a seguir as outras.
E hoje em dia ainda existem machistas que defendem que as mulheres devem estar em casa e não devem fazer nada.

É como o @John Wick diz nunca se vai conseguir irradicar o racismo, nem o machismo, nem fanatismo religioso.

Mas podes diminui lo até ele ser praticamente residual utilizando a melhor arma que temos - EDUCAÇÃO

Perigoso é achar que a resposta a um crime (independemente da origem) é cometendo outros crimes
 
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Hulk27

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Os antifas sempre presentes quando é para descredibilizar certas, neste caso para os hospitais, manifestações.

 
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MiguelDeco

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E em que é que isso retira razão ao que eu disse? Eu disse que a escravatura está muitas vezes associada ao racismo, mas não está sempre e exemplo disso é que a escravatura persiste nos dias de hoje em regiões como Níger onde pessoas da mesma etnia são escravizadas por pessoas da mesma etnia. Algumas vezes não é apenas o pensamento de que se é um ser superior em relação ao outro, mas também uma subjugação moral que é o que acontece em muitas regiões do mundo.

E em relação a esse artigo, eu não disse nada para que se possa ser usado esse artigo como resposta, não fiz nenhum tipo de generalização.
A ciência não dá nenhuma ferramenta aos supremacistas brancos, bem pelo contrário, o conceito de raça não existe em genética e geneticamente, as populações de áfrica, principalmente do leste, apesar de homogéneas, são mais diversificadas que as populações americanas, francesas, inglesas, apesar de muito mais heterogéneas em termos fenotípicos. Os supremacistas brancos usam argumentos falaciosos que não argumentos científicos e nem sequer compreendem os conceitos.

Eu já aqui expliquei várias vezes o meu ponto de visto e continuo a ser constantemente mal interpretado.
Existe quem diga que o capitalismo é a nova forma de escravatura.
Mas estávamos a falar da realidade da escravatura no caso dos U.S.A. Pensei que estavas a referir-te ao caso em específico.
A parte da ciência apenas serve para demonstrar que sem alguma distância histórica, por vezes é complicado desmentir os argumentos científicos que existem dos 2 lados da barricada. O mesmo serve, na minha opinião, para o uso de dados por parte da polícia para justificar algo quando se sabe que muitos desses dados são falsos. Ou não fosse a própria polícia, e no caso americano ainda de uma forma mais acentuada, funcionar como uma máfia autêntica.

Posso estar aqui a colocar exemplos destes todos os dias..



 
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John Wick

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Existe quem diga que o capitalismo é a nova forma de escravatura.
Mas estávamos a falar da realidade da escravatura no caso dos U.S.A. Pensei que estavas a referir-te ao caso em específico.
A parte da ciência apenas serve para demonstrar que sem alguma distância histórica, por vezes é complicado desmentir os argumentos científicos que existem dos 2 lados da barricada. O mesmo serve, na minha opinião, para o uso de dados por parte da polícia para justificar algo quando se sabe que muitos desses dados são falsos. Ou não fosse a própria polícia, e no caso americano ainda de uma forma mais acentuada, funcionar como uma máfia autêntica.

Posso estar aqui a colocar exemplos destes todos os dias..



Era uma frase introdutória que reflectia sobre a escravatura e racismo de uma forma holística. O que eu disse não invalida aquilo que tu estás a dizer, nem os teus exemplos invalidam aquilo que eu disse.

A escravatura e o racismo surgem praticamente sempre associadas, mas não podem ser vistas como indissociáveis e não me estava a referir ao caso particular dos EUA ou no capitalismo como nova forma de escravatura. Tens escravatura que não está associada a racismo tanto em casos históricos como nos dias de hoje em muitos locais de África ou do médio oriente, tens escravatura associada ao estatuto sócio-económico dentro do mesmo grupo étnico, tens escravatura associada ao género, etc. Era algo introdutório e não referente a um aspecto específico.

Eu já aqui disse várias vezes que concordo com a questão do "corporativismo" policial e de funcionarem como máfias, tudo o aquilo que eu referi não retira o valor verdadeiro a isso. A questão é que não é toda a polícia que funciona dessa forma, é uma parte do todo, da mesma forma que os polícias não são todos racistas, é uma parte do todo. Todos nós sabemos que existe corrupção e racismo na polícia, o que ninguém pode fazer sem uma análise metódica, estatística e científica é quantificar isso e a maioria das análises sem base científica é baseada em percepções e numa amostra de dados e variáveis extremamente pequena. A ciência oferece as ferramentas para poder perceber e quantificar tudo isto.

Eu já aqui disse várias vezes que o lado positivo destes movimentos, mesmo que muitos deles subversivos é que aumentam o escrutínio e aumentam a pressão social sobre determinado assunto e a quantidade e qualidade dos dados aumentou bastante nestes últimos anos, o escrutínio aumentou, a maioria dos polícias andam com cameras coladas ao corpo, têm cameras nas viaturas. Até vez que hoje a possibilidade de comparar os registos de vídeo com os depoimentos e os relatórios policiais. Mesmo que exista uma percentagem de dados que não é possível recolher ou que têm problemas, em termos amostrais dado o tamanho da amostra, vão ter muito pouca relevância e não te vão alterar os resultados nem as conclusões. Sob um ponto de vista estatístico não iriam apresentar relevância.
 

Cheue

12 Maio 2016
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Protestos pacificos (com mais ou menos argumentos) nunca fizeram mal agora assaltos, destruição, pilhagem, vandalismos e assassinatos torna essas pessoas exactamente iguais ao ex policia que matou Floyd
protestos pacíficos tipo...ajoelhar durante o hino?

é que até isso foi um grande escândalo para os génios conservadores.

os protestos pacíficos não têm tido impacto quase nenhum ao longo dos anos.
ainda são gozados e enxovalhados (blablabla sjw's)
a resposta está aí.
não vai a bem...

a destruição, pilhagem, etc pode ser errada, mas já está a ter impacto politico. Real.
 
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SUPERMLY

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protestos pacíficos tipo...ajoelhar durante o hino?

é que até isso foi um grande escândalo para os génios conservadores.

os protestos pacíficos não têm tido impacto quase nenhum ao longo dos anos.
ainda são gozados e enxovalhados (blablabla sjw's)
a resposta está aí.
não vai a bem...

a destruição, pilhagem, etc pode ser errada, mas já está a ter impacto politico. Real.
Ah faz todo o sentido.
Um inocente morre as mãos da policia, isso da legitimidade a manifestantes anarquistas que pilham, destroem violentam e matam outras vidas.

Que bela logica!
Basicamente se destruir vidas para impactar poder político é legítimo.

Combater racismo( que é um retrocesso civilizacional) com destruição e anarquia( retrocesso civilizacional).
 

incrivel

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14 Maio 2018
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Realmente, um policia ser condenado por assassinar um cidadão. Que venha o André Ventura para, pelo menos em Portugal, meter a mão nisto.
Santo Deus, tu tens uma obsessão com o Ventura.


Ah, além de tudo o que já mencionei em cima o santo estava em condicional depois de ser condenado por crueldade a criança, violência domestica entre outras condenações...
 

MiguelDeco

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Era uma frase introdutória que reflectia sobre a escravatura e racismo de uma forma holística. O que eu disse não invalida aquilo que tu estás a dizer, nem os teus exemplos invalidam aquilo que eu disse.

A escravatura e o racismo surgem praticamente sempre associadas, mas não podem ser vistas como indissociáveis e não me estava a referir ao caso particular dos EUA ou no capitalismo como nova forma de escravatura. Tens escravatura que não está associada a racismo tanto em casos históricos como nos dias de hoje em muitos locais de África ou do médio oriente, tens escravatura associada ao estatuto sócio-económico dentro do mesmo grupo étnico, tens escravatura associada ao género, etc. Era algo introdutório e não referente a um aspecto específico.

Eu já aqui disse várias vezes que concordo com a questão do "corporativismo" policial e de funcionarem como máfias, tudo o aquilo que eu referi não retira o valor verdadeiro a isso. A questão é que não é toda a polícia que funciona dessa forma, é uma parte do todo, da mesma forma que os polícias não são todos racistas, é uma parte do todo. Todos nós sabemos que existe corrupção e racismo na polícia, o que ninguém pode fazer sem uma análise metódica, estatística e científica é quantificar isso e a maioria das análises sem base científica é baseada em percepções e numa amostra de dados e variáveis extremamente pequena. A ciência oferece as ferramentas para poder perceber e quantificar tudo isto.

Eu já aqui disse várias vezes que o lado positivo destes movimentos, mesmo que muitos deles subversivos é que aumentam o escrutínio e aumentam a pressão social sobre determinado assunto e a quantidade e qualidade dos dados aumentou bastante nestes últimos anos, o escrutínio aumentou, a maioria dos polícias andam com cameras coladas ao corpo, têm cameras nas viaturas. Até vez que hoje a possibilidade de comparar os registos de vídeo com os depoimentos e os relatórios policiais. Mesmo que exista uma percentagem de dados que não é possível recolher ou que têm problemas, em termos amostrais dado o tamanho da amostra, vão ter muito pouca relevância e não te vão alterar os resultados nem as conclusões. Sob um ponto de vista estatístico não iriam apresentar relevância.
Existem muitos problemas que vão para além da polícia.
Se estivermos atentos percebemos que é um sistema montado para criar este tipo de situação de desigualdade.
Por exemplo, o facto de 95% dos procuradores serem brancos terá algum significado nestas taxas? O facto de apesar de termos em algumas esquadras maioria de polícia que não são brancos e ainda assim o representante do sindicato é significa alguma coisa nesta constante máfia.
Será que isto justifica o maior n.º de casos de criminalidade na comunidade afro americana? Basta ver como se referem os fulanos dos sindicatos como o Bob Kroll a estes protestos, ou como fizeram nestas palavras irónicas...


O que aconteceu no caso do Eric gardner? O que aconteceu no caso do Freddie Gray? O que aconteceu a uma sociedade que permitiu isto? Numa democracia dita civilizada?


Que influência tem este tipo de declarações no atual estado em que nos encontramos.

A resposta a esta pergunta é o que determina que tipo de pessoas somos e o tipo de sociedade que queremos para a nossa própria realidade.

Ps: Quantos polícias afro-americanos vês neste vídeo? Será que isto é coincidência?
 

John Wick

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Existem muitos problemas que vão para além da polícia.
Se estivermos atentos percebemos que é um sistema montado para criar este tipo de situação de desigualdade.
Por exemplo, o facto de 95% dos procuradores serem brancos terá algum significado nestas taxas? O facto de apesar de termos em algumas esquadras maioria de polícia que não são brancos e ainda assim o representante do sindicato é significa alguma coisa nesta constante máfia.
Será que isto justifica o maior n.º de casos de criminalidade na comunidade afro americana? Basta ver como se referem os fulanos dos sindicatos como o Bob Kroll a estes protestos, ou como fizeram nestas palavras irónicas...


O que aconteceu no caso do Eric gardner? O que aconteceu no caso do Freddie Gray? O que aconteceu a uma sociedade que permitiu isto? Numa democracia dita civilizada?


Que influência tem este tipo de declarações no atual estado em que nos encontramos.

A resposta a esta pergunta é o que determina que tipo de pessoas somos e o tipo de sociedade que queremos para a nossa própria realidade.

Ps: Quantos polícias afro-americanos vês neste vídeo? Será que isto é coincidência?
Como referi anteriormente, não podemos pegar em casos de determinados estados e usar isso como representativo de todo o país. O Bob Kroll é um palhaço, mas é o presidente da federação de polícias de miniapolis e não representa os estados todos. Não podemos pegar em determinados casos e aplicá-los ao país todo como se fosse regra, porque não o é. Podemos sim escrutinar e denunciar este tipo de situações na polícia, de forma a melhorar o sistema e diminuir a corrupção e as injustiças nos departamentos onde isto ocorre. Não se podemos é pegar em uma, duas ou três situações e achar que é representativo de todos os estados e cidades da américa. Também já disse que esse tipo de declarações e o tipo de liderança do Trump só servem para incendiar o "clima" e criar ainda mais divisões e aumentar a tensão. O melhor para os EUA, neste preciso momento, era o Trump perder as eleições. As tensões iriam atenuar, o que por si só seria fantástico, mas o Biden não seria garantia de nenhuma melhoria em relação aos problemas que a sociedade americana enfrenta e eu não tenho a menor dúvida que o maior problema são as desigualdades económicas e sociais cada vez maiores.

Estamos a entrar num período da história extremamente perigoso, em que os as pessoas estão a deixar de ser vistas como indivíduos e estão a passar a ser vistas de acordo com o "colectivo" que representam. Já não interessa se as tuas acções são boas, o que fazes, como tratas os outros, etc. Se és preto és um criminoso, se és branco és um privilegiado e deves-te sentir envergonhado, se és judeu és um usurpador e não vamos sair disto. Já vimos este tipo de acontecimentos no passado e nunca acabaram bem. Os problemas fracturantes das sociedades deixaram de ser discutidos, as pessoas estão cegas com as ideologias, as vozes moderadas foram silenciadas, o ódio tomou conta da sociedade e por incrível que pareça estes ciclos repetem-se normalmente nas sociedades mais desenvolvidas de 50 em 50 anos e este tipo de convulsão foi previsto por um grupo de cientistas em 2010 usando dados do passado.
 

John Wick

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Entretanto..


Veremos onde isto acaba... Mas que faz recordar isto, lá isso faz..


São centenas se não mesmo milhares os casos de violência neste momento nos EUA em circunstâncias absurdas. Essa é uma morte que está por explicar de um miúdo que aparece enforcado numa árvore em circunstâncias extremamente estranhas. Há mais casos, há vídeos de miúdos perfeitamente pacíficos nas manifestações a serem detidos pela polícia. Polícias que passam por pessoas que não estão a fazer rigoramente nada e lhes atiram com gás pimenta para a cara. E só temos acesso a estas informações em meios de comunicação ligados à esquerda ou contas de twitter de jornalistas neutros que fazem devidamente o seu trabalho. Por outro lado, temos outros casos de violência, como polícias a serem assassinados no meio de motins, há uns dias um polícia foi baleado na cuca e está em coma. Em Seattle, na "zona autónoma" controlada pela ANTIFA a polícia não põe lá os pés e jornalistas que estão a cobrir a zona estão a ser espancados, ameaçados, interrogados, tiram-lhes os equipamentos. Há assaltos e roubos às lojas locais, pequenos negócios incendiados. E só temos acesso a esta informação em meios de comunicação ligados à direita conservadora e apoiante de Trump ou em contas de twitter de jornalistas neutros.
 

SUPERMLY

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Existem muitos problemas que vão para além da polícia.
Se estivermos atentos percebemos que é um sistema montado para criar este tipo de situação de desigualdade.
Por exemplo, o facto de 95% dos procuradores serem brancos terá algum significado nestas taxas? O facto de apesar de termos em algumas esquadras maioria de polícia que não são brancos e ainda assim o representante do sindicato é significa alguma coisa nesta constante máfia.
Será que isto justifica o maior n.º de casos de criminalidade na comunidade afro americana? Basta ver como se referem os fulanos dos sindicatos como o Bob Kroll a estes protestos, ou como fizeram nestas palavras irónicas...


O que aconteceu no caso do Eric gardner? O que aconteceu no caso do Freddie Gray? O que aconteceu a uma sociedade que permitiu isto? Numa democracia dita civilizada?


Que influência tem este tipo de declarações no atual estado em que nos encontramos.

A resposta a esta pergunta é o que determina que tipo de pessoas somos e o tipo de sociedade que queremos para a nossa própria realidade.

Ps: Quantos polícias afro-americanos vês neste vídeo? Será que isto é coincidência?
Todos sabemos que Trump é um mutante. um ser humano de pouco nenhum caracter e não preciso de ver esses videos.
Ainda ontem ele disse que o problema do virus no EUA é testar se demais.
Se deixarem de testar deixam de ter infectados.

O presidente dos EUA disse isto ontem!!!


Aquilo que tenho aqui dito é que o problema nada tem a ver com o Trump.Aliás Trump chega ao poder muito pela incapacidade da sociedade americana de se sentar e falar abertamente sobre os seus problemas.

O que se está a passar só cria ainda mais ressentimento entre as etnias e para tudo se resolver toda gente vai ter de se sentar e elaborar um plano a escala da nação.


Assassinatos de policias a detidos não podem acontecer daquela forma.Como tambem não pode acontecer existirem zonas de anarquia onde a lei não se aplica como em Seattle.

A situação de pobreza e dos guetos é um problema que é uma autentica fabrica de delinquentes e criminalidade.
Precisa de ser corrigido mas as medidas para corrigir as desigualdades implica uma reformulação em toda a ideologia americana(liberdade individual, cada 1 por si) e há uma facção da sociedade(não falo de etnias mas de alguns oligarcas)que não quer abdicar de um sistema que os favorece.

E as proprias comunidades tem de fazer um esforço para se integrarem porque nos EUA tambem há muita resistencia das minorias etnicas em entrarem na sociedade.

Tem de ser um esforço de todos porque todos formam a sociedade americana.