Violência doméstica e familiar

WaywardPines

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  • Reinaldo Teles
Flanders disse:
Mas foi aí que quis chegar. Isso em alguns casos pode ser dar demasiado poder à mulher. No sentido em que facilmente f*dem o marido/companheiro à grande se quiserem...
Desculpa, não percebi?
 

jaco250

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  • Reinaldo Teles
  • Pinto da Costa
WaywardPines disse:
Porquê de não se ter separado? Porque aguentar esse vexame?

Já agora a idade não é factor.
Acabou por se separar, mas lê o meu anterior post... Acabar com um casamento, com família constituída não é fácil...
 
N

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A minha namorada foi vítima de violência doméstica numa relação anterior, por isso é um tema que infelizmente me é familiar.

Aliás, nós já estávamos juntos e aquela criatura continuava a ameaçá-la (ameaças essas que rapidamente se estenderam a mim também).

Inicialmente as ameaças eram veladas, ou seja de uma forma que ela as percebia perfeitamente mas que não tinham qualquer valor por exemplo na polícia ou em tribunal, pois poderiam ser interpretadas de diferentes formas. Por voz e por mensagens foi sempre assim. Depois, pessoalmente, chegou a fazer ameaças que nem vou transcrever aqui, porque são de dar a volta ao estômago, de por uma pessoa a pensar como é possível um "ser humano" ser tão cruel, tão monstruoso, tão assustador.

Antes de me conhecer ela passou o inferno, mas já mesmo depois de me conhecer e estarmos juntos, chegamos a vivenciar episódios que não se esquecem. Desde essas tais ameaças de dar vómitos até, por exemplo, chegarmos a ser presenteados a meio de uma noite com uma chuva de pedras nas nossas janelas. Coisas que não se esquecem, que deixam uma pessoa extremamente insegura e em permanente estado de alerta. Ainda hoje a minha namorada tem vários traumas por causa dessa criatura. Merece pior que o inferno e tenho a secreta esperança que um dia o karma o apanhe, já que mais ninguém o vai fazer.
 
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Um Portista disse:
Se o Pedro Ribeiro ou o Valdemar Duarte estiverem por aqui, sejam bem vindos e participem no tópico.
Sim, que se acusem para eu os poder denunciar de imediato para serem banidos.
 

Flanders

Tribuna
11 Maio 2017
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WaywardPines disse:
Desculpa, não percebi?
Achas que não há mulheres capazes de f*derem os maridos (seja por vingança ou o que for) sem eles terem culpa de nada? Do género, provocar negras no corpo, arranhões, etc, etc? E depois irem fazer queixa à polícia como se tivessem sido eles a fazer lhe aquilo?
 

WaywardPines

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jaco250 disse:
Acabou por se separar, mas lê o meu anterior post... Acabar com um casamento, com família constituída não é fácil...
Acredito que não.

Deve ser demasiado violento emocionalmente.

Mas ninguém merece viver assim o facto de ter a vida c8nciliada não merece ser infeliz. Em bom rigor os filhos também são infelizes
 

WaywardPines

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  • Reinaldo Teles
Flanders disse:
Achas que não há mulheres capazes de f*derem os maridos (seja por vingança ou o que for) sem eles terem culpa de nada? Do género, provocar negras no corpo, arranhões, etc, etc? E depois irem fazer queixa à polícia como se tivessem sido eles a fazer lhe aquilo?
Acredito que sim! Infelizmente. Mas a mazelas como olhos negros, costelas partidas, braços partidos que me parecem ser reveladores de violência extrema.

Mais difícil é a violência psicólogica
 

WaywardPines

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  • Reinaldo Teles
Noventa e Nove disse:
A minha namorada foi vítima de violência doméstica numa relação anterior, por isso é um tema que infelizmente me é familiar.

Aliás, nós já estávamos juntos e aquela criatura continuava a ameaçá-la (ameaças essas que rapidamente se estenderam a mim também).

Inicialmente as ameaças eram veladas, ou seja de uma forma que ela as percebia perfeitamente mas que não tinham qualquer valor por exemplo na polícia ou em tribunal, pois poderiam ser interpretadas de diferentes formas. Por voz e por mensagens foi sempre assim. Depois, pessoalmente, chegou a fazer ameaças que nem vou transcrever aqui, porque são de dar a volta ao estômago, de por uma pessoa a pensar como é possível um "ser humano" ser tão cruel, tão monstruoso, tão assustador.

Antes de me conhecer ela passou o inferno, mas já mesmo depois de me conhecer e estarmos juntos, chegamos a vivenciar episódios que não se esquecem. Desde essas tais ameaças de dar vómitos até, por exemplo, chegarmos a ser presenteados a meio de uma noite com uma chuva de pedras nas nossas janelas. Coisas que não se esquecem, que deixam uma pessoa extremamente insegura e em permanente estado de alerta. Ainda hoje a minha namorada tem vários traumas por causa dessa criatura. Merece pior que o inferno e tenho a secreta esperança que um dia o karma o apanhe, já que mais ninguém o vai fazer.
Como conseguiram resolver?
 

Flanders

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11 Maio 2017
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WaywardPines disse:
Acredito que sim! Infelizmente. Mas a mazelas como olhos negros, costelas partidas, braços partidos que me parecem ser reveladores de violência extrema.

Mais difícil é a violência psicólogica
Sim, isso sim. Mas isso acredito que já é feito. O problema é que a maioria dos casos não são desses.
 

WaywardPines

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jaco250 disse:
10, 50 ou 100... O problema é que havia uma filha além uma vida toda investida e obrigações para cumprir. Ele acabou por sair e agora nem pode pedir um empréstimo para comprar casa, porque a cabra apesar de ter ficado com a casa como queria, ele ficou com o nome no empréstimo, e o banco não deixa ele sair porque a gaja sozinha não consegue cumprir a taxa de esforço.

A única solução era vender a casa, mas ela chantagea-o com a filha e ele por isso mantém as coisas assim.

Resultado, ele agora está em casa dos pais e ela vive com o cabrao na tal casa....
Mas isso não faz sentido. Na separação devia ter acautelado esse encargo. O banco não é para aqui chamado.

Ele que deixe de pagar que o banco depressa entra com penhora sobre o imóvel.
 
N

Noventa e Nove

Guest
WaywardPines disse:
Como conseguiram resolver?
Não diria resolver. Foi viver para outro país por questões profissionais. Não estamos a falar de um "coitadinho", mas alguém com bom emprego, poder económico, por fora uma pessoa culta, boa conversadora, cativante. "Ninguém" imagina o que ele realmente é.

Já há cerca de dois anos e meio que não dá qualquer sinal, mas sei que a minha namorada continua com aquele receio, lá no fundo, que um dia pode voltar. Uma das ameaças que ele fez foi prometer-lhe que um dia, por detrás de algum arbusto, ia voar ácido à cara dela, para que mais ninguém a quisesse. E ainda teve a... não sei como adjetivar... de dizer que contrataria alguém para o fazer pois ainda a amava e não tinha coragem de o fazer pelas próprias mãos.

A sério ainda me dá náuseas só de falar disto.
 
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WaywardPines disse:
Acredito que não.

Deve ser demasiado violento emocionalmente.

Mas ninguém merece viver assim o facto de ter a vida c8nciliada não merece ser infeliz. Em bom rigor os filhos também são infelizes
Tens filhos?

Se tens, imaginas que é de um momento para o outro só poderes estar com ele um ou dois dias por semana? Saberes que anda outro gajo a fazer o papel de pai?

Se calhar são estas coisas que fazem com que certas situações acabem da pior maneira.

Ninguém é obrigado a nada, por isso deve-se é aconselhar bem as pessoas a fazerem as coisas ponderadamente, não é casar ou juntar, fazer filhos é depois com uma crise deeia idade qualquer colocar tudo em causa, é isto tanto serve para homem como para mulher. È que quando isto acontece há sempre uma parte que fica pior que a outra, e depois acaba tudo em tragédia l.
 

jaco250

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Mas isso não faz sentido. Na separação devia ter acautelado esse encargo. O banco não é para aqui chamado.

Ele que deixe de pagar que o banco depressa entra com penhora sobre o imóvel.
Pois... Foi isso que eu lhe disse, encosta a á parede e ela que assuma se não ele que meta a casa á venda, mas ela mete logo a filha no assunto...
 

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jaco250 disse:
Tens filhos?

Se tens, imaginas que é de um momento para o outro só poderes estar com ele um ou dois dias por semana? Saberes que anda outro gajo a fazer o papel de pai?

Se calhar são estas coisas que fazem com que certas situações acabem da pior maneira.

Ninguém é obrigado a nada, por isso deve-se é aconselhar bem as pessoas a fazerem as coisas ponderadamente, não é casar ou juntar, fazer filhos é depois com uma crise deeia idade qualquer colocar tudo em causa, é isto tanto serve para homem como para mulher. È que quando isto acontece há sempre uma parte que fica pior que a outra, e depois acaba tudo em tragédia l.
No meio disto tudo os filhos são sempre os que mais sofrem, não tenho dúvidas.

Mas por vezes também temos de pensar em nós, também temos o direito de ser felizes.

Que deixe de pagar que peça custódia partilhada. Que lute pela filha.

Eu compreendo que não é fácil mas ele merece viver sem estar debaixo da para dela.
 

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jaco250 disse:
Pois... Foi isso que eu lhe disse, encosta a á parede e ela que assuma se não ele que meta a casa á venda, mas ela mete logo a filha no assunto... A menina ia viver para a rua?

Sim, eu sei que ele podia pedir a custódia da filha, mas ele é tão nabo que não lhe quer tirar a mãe....

È que existem 3 tipos de pessoas nestes casos, os correctos que fariam o que dizes, os mansos que fazem o que ele está a fazer é os passados que pegam numa arma e dão um tiro nela outro na própria cabeça e fica tudo resolvido de uma vez.
 

WaywardPines

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Noventa e Nove disse:
Não diria resolver. Foi viver para outro país por questões profissionais. Não estamos a falar de um "coitadinho", mas alguém com bom emprego, poder económico, por fora uma pessoa culta, boa conversadora, cativante. "Ninguém" imagina o que ele realmente é.

Já há cerca de dois anos e meio que não dá qualquer sinal, mas sei que a minha namorada continua com aquele receio, lá no fundo, que um dia pode voltar. Uma das ameaças que ele fez foi prometer-lhe que um dia, por detrás de algum arbusto, ia voar ácido à cara dela, para que mais ninguém a quisesse. E ainda teve a... não sei como adjetivar... de dizer que contrataria alguém para o fazer pois ainda a amava e não tinha coragem de o fazer pelas próprias mãos.

A sério ainda me dá náuseas só de falar disto.
Vejo esses tipo de indivíduos como ratos. Já pensaste em lhe dar dois bananos bem assente? Provavelmente perdia logo o tesão...
 
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WaywardPines disse:
No meio disto tudo os filhos são sempre os que mais sofrem, não tenho dúvidas.

Mas por vezes também temos de pensar em nós, também temos o direito de ser felizes.

Que deixe de pagar que peça custódia partilhada. Que lute pela filha.

Eu compreendo que não é fácil mas ele merece viver sem estar debaixo da para dela.
Mas por isso mesmo ele não quer que a filha passe por esse processo judicial... Para não sofrer mais do que já sofreu...
 

Mary Antas

Tribuna
20 Abril 2018
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@WaywardPines a escalada da violência pode parecer complicado de entender, especialmente para quem está de fora, mas lá "dentro" é diferente.

Imagina - Deus te livre - que a tua mulher começa essa escala contra ti. Tu gostas dela. A tua primeira reação vai ser a de perdoar. Porque ela não é como as outras, ela não é assim. Tu vais fazer um esforço para tentar levar as coisas pelo melhor, se for preciso até metes na cabeça que tens culpa, só para não teres de admitir o pior cenário. Quando se gosta de alguém há a tendência natural de fechar os olhos ou desvalorizar os defeitos.

E a cada pequena cedência/perdão/compreensão o monstro vai crescendo até ao ponto em que os berros já são bofetadas. Tentas reagir e aí as bofetadas transformam-se em sovas.

Queria também esclarecer que não faço da violência doméstica um flagelo que afeta exclusivamente as mulheres. Qualquer exemplo que dei no primeiro post pode ter o sexo trocado que eu concordo na mesma. Se as mulheres são ou não mais ciumentas e controladoras nas idades mais jovens é-me indiferente, não é isso que importa debater. Infelizmente já vi de tudo.

No caso concreto dos homens, acresce o problema da vergonha, que também existe nas mulheres, mas aqui num patamar diferente.

Vivemos numa sociedade em que "sensibilidade" e "homem" são conceitos que, juntos, ainda fazem confusão a muita gente. Há muit@s que são capazes de se rir de um homem que se diga vítima de violência doméstica, em vez de compreender e ajudar, provavelmente @s mesm@s que dizem que um homem não chora - 'tão mas és homem ou quê?
Fica logo com o rótulo de fraco e maricas.
 

WaywardPines

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Mary Antas disse:
@WaywardPines a escalada da violência pode parecer complicado de entender, especialmente para quem está de fora, mas lá "dentro" é diferente.

Imagina - Deus te livre - que a tua mulher começa essa escala contra ti. Tu gostas dela. A tua primeira reação vai ser a de perdoar. Porque ela não é como as outras, ela não é assim. Tu vais fazer um esforço para tentar levar as coisas pelo melhor, se for preciso até metes na cabeça que tens culpa, só para não teres de admitir o pior cenário. Quando se gosta de alguém há a tendência natural de fechar os olhos ou desvalorizar os defeitos.

E a cada pequena cedência/perdão/compreensão o monstro vai crescendo até ao ponto em que os berros já são bofetadas. Tentas reagir e aí as bofetadas transformam-se em sovas.

Queria também esclarecer que não faço da violência doméstica um flagelo que afeta exclusivamente as mulheres. Qualquer exemplo que dei no primeiro post pode ter o sexo trocado que eu concordo na mesma. Se as mulheres são ou não mais ciumentas e controladoras nas idades mais jovens é-me indiferente, não é isso que importa debater. Infelizmente já vi de tudo.

No caso concreto dos homens, acresce o problema da vergonha, que também existe nas mulheres, mas aqui num patamar diferente.

Vivemos numa sociedade em que "sensibilidade" e "homem" são conceitos que, juntos, ainda fazem confusão a muita gente. Há muit@s que são capazes de se rir de um homem que se diga vítima de violência doméstica, em vez de compreender e ajudar, provavelmente @s mesm@s que dizem que um homem não chora - 'tão mas és homem ou quê?
Fica logo com o rótulo de fraco e maricas.
É complicado ?
 
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Noventa e Nove

Guest
WaywardPines disse:
Vejo esses tipo de indivíduos como ratos. Já pensaste em lhe dar dois bananos bem assente? Provavelmente perdia logo o tesão...
Pensei nisso e em muitas coisas, mas isso era uma escalada de violência que podia levar das ameaças aos atos. E ele já tinha demonstrado antes, quando estavam juntos, que passava mesmo aos atos.

Chegas a um ponto que não sabes o que fazer. Sabes o que tens vontade de fazer, que é diferente.

Mas pronto não é uma situação corrente neste momento. É uma má experiência, terrível, especialmente para a minha namorada, que fica para sempre.