Lembro-me que quando o Aboubakar chegou começou logo a desfazer-se em elogios ao FCP. Era vê-lo a dizer o quanto estava a aprender e a evoluir. Era vê-lo a elogiar o grau de competitividade e qualidade do plantel. Era vê-lo a elogiar a velocidade e automatismos do nosso futebol. Sentia-se que a cada entrevista gostava sempre de frisar o salto qualitativo que foi para a sua vida e carreira estar no FCP. Sentia-se alegria e gratidão nas suas palavras.
Mas a partir do empréstimo algo mudou. Ou não gostou da maneira como foi dispensado ou não aguentou o choque de ver o circo a arder e não ser opção. A partir do empréstimo ele olha para o FCP como um inferno ao qual ele deve fugir e não como um desafio pelo qual vale a pena lutar.
Quando lhe perguntaram na Turquia se estaria interessado em voltar ao FCP ele disse que não. Não é a resposta em si que me choca. É natural que ele estando a jogar pelo Besiktas não queira desrespeitar os adeptos que está a representar naquele momento. É natural que ele não queira dar a entender que está com a cabeça noutro lado. Mas eu vi a flash interview em que ele disse isso e a linguagem corporal não engana. Ele respondeu à pergunta como se tivessem a perguntar a um soldado se queria voltar à guerra na Síria.
Gostava de dizer que foi o empresário que lhe fez a cabecinha. Deus queira que tenha sido. Mas a sensação que dá é que ele ficou mesmo muito magoado com alguém dentro do FCP (provavelmente o treinador, quiçá alguém da estrutura) e o empresário está apenas projectar aquilo que é a livre vontade do jogador.
Se era com o Peseiro ou com o Nuno que ele estava em rota de colisão ainda há alguma esperança de redenção no meio disto tudo. Poderá ganhar a confiança dum novo técnico, fazer um reset aos ressentimentos e assinar a renovação. Se a cicatriz é mais profunda do que isso e não tivermos ninguém a comprá-lo depressa podemos ter um novo caso Rolando.
Mas a partir do empréstimo algo mudou. Ou não gostou da maneira como foi dispensado ou não aguentou o choque de ver o circo a arder e não ser opção. A partir do empréstimo ele olha para o FCP como um inferno ao qual ele deve fugir e não como um desafio pelo qual vale a pena lutar.
Quando lhe perguntaram na Turquia se estaria interessado em voltar ao FCP ele disse que não. Não é a resposta em si que me choca. É natural que ele estando a jogar pelo Besiktas não queira desrespeitar os adeptos que está a representar naquele momento. É natural que ele não queira dar a entender que está com a cabeça noutro lado. Mas eu vi a flash interview em que ele disse isso e a linguagem corporal não engana. Ele respondeu à pergunta como se tivessem a perguntar a um soldado se queria voltar à guerra na Síria.
Gostava de dizer que foi o empresário que lhe fez a cabecinha. Deus queira que tenha sido. Mas a sensação que dá é que ele ficou mesmo muito magoado com alguém dentro do FCP (provavelmente o treinador, quiçá alguém da estrutura) e o empresário está apenas projectar aquilo que é a livre vontade do jogador.
Se era com o Peseiro ou com o Nuno que ele estava em rota de colisão ainda há alguma esperança de redenção no meio disto tudo. Poderá ganhar a confiança dum novo técnico, fazer um reset aos ressentimentos e assinar a renovação. Se a cicatriz é mais profunda do que isso e não tivermos ninguém a comprá-lo depressa podemos ter um novo caso Rolando.