Já aqui disse que o Vítor Pereira tem um problema na comunicação, no Brasil, disse muita coisa que não devia ter dito, não compreendeu o contexto, não compreendeu como funciona a imprensa brasileira que é muito à base da "fofoca" e pouco sobre futebol e tomou várias decisões erradas.
Independentemente disso, não vale a pena fazer do homem um tosco que não percebe nada de futebol. Fez um bom trabalho no Corinthians, como se percebe agora, bastava ver naquilo que se tornou o Corinthians este ano que está 3 pontos acima da zona de descida. Depois tomou uma decisão horrível com base numa desculpa horrível e foi para um clube que é uma casa a arder e uma trituradora de treinadores.
Aquela conversa que ele relatou com o Guardiola, no dia seguinte, estava a imprensa cheia de notícias sensacionalistas. O homem passou uns tempos no Bayern com o Guardiola, para aprender, e numa conversa com o Guardiola, o catalão disse-lhe que tinha um problema que era difícil resolver e o Vítor Pereira falou-lhe dos exercícios que costumava fazer para treinar esses aspeto nas suas equipas. Nada demais. Trocas de ideias
O Vítor tem muito conteúdo, muito mesmo, e é muito bom ouvi-lo falar de futebol, não há arrogância nenhuma sobre a forma como fala de futebol, há conhecimento evidente. A arrogância aparece quando fala de outros assuntos como a carreira, as decisões que tomou, a forma como lidou com determinados acontecimentos, etc., talvez como mecanismo de defesa para alguma frustração pelo rumo que as coisas tomaram. E o Vítor talvez se tenha focado demasiado apenas no futebol, no tático, no pormenor e não tenha trabalhado e aprendido sobre o que rodeia o futebol e talvez seja mais importante, a comunicação com o grupo de trabalho, com os adeptos, com a imprensa; a gestão de um grupo de trabalho; gestão de expectativas, entre outras coisas.