"Este jogo foi demonstrativo das dores de crescimento que a equipa tem sofrido?"
(Vítor Bruno):
«Nunca queremos que nos toque a nós. Há sempre finais felizes, outras nem tanto. Já nos calhou a nós ganhar a Supertaça ao Sporting pela forma como fizemos o 4-3. Fizemos o 3-3 num momento que já não esperávamos. Depois levou o jogo para a dimensão física, em que estamos bem colocados. Depois é questão de duelo, de centímetros e perante um jogo que é o Nico que é dos mais fiáveis. É uma questão de felicidade. Não gosto de me agarrar a isso. Isso procura-se. Procurámos, não deixámos de ter os olhos na baliza adversária, mas não tendo feito há sempre alguma coisa que pode acontecer.»
-"Sente que a equipa precisa ainda de crescer taticamente?"
(Vítor Bruno):
«Se virmos, grande parte dos jogos até aqui, tudo o que tem sido posse de bola temos estado praticamente por cima. Hoje era preciso perceber quem estava do outro lado. Entendemos que a forma de os ferirmos era através de ataques à profundidade, esperar muitas vezes e sair em transição, que já sofreram algumas vezes assim na Liga inglesa, a partir do momento em que levam com transições. Trabalhámos esses pormenores. Ataques à última linha, tentar ferir e ser intencional. A questão estratégica foi essa. A equipa tem de crescer em momentos, a equipa vai crescer, vai maturando comportamentos. É o que me deixa orgulhoso. Vou para casa com dor de alma gigante, mas com sentimento de orgulho que não sendo comparável com o da Supertaça, mas muito próximo. Percebi que os jogadores foram bravos e mantiveram-se sempre inteiros, num contextos destes para um treinador é o que mais deixa orgulhoso. Vou para casa com um sentimento de orgulho muito grande.»