As pessoas ficam ofendidas por dizer que, caso o jogador tivesse de facto defendido o irmão e apresentado resistência perante a PJ, ele merecia não representar o FC Porto, pois o carácter é relevante. Repare-se que eu não disse que o Tiago o tinha feito, até duvidei da veridicidade dessa informação.
Mesmo assim, conseguiram ser autênticos bonobos. Uns, por um lado, por ser um jogador que pratica bom futebol, e portanto não o queriam ver afastado; outros, por outro lado, por acharem que laços de sangue pressupõe uma defesa cega de criminosos.
Depois não é de admirar que: 1) ocorram tantas violações em contexto familiar, com a anuência ou a indiferença de outros familiares e; 2) o nepotismo seja predominante no nosso país.
Amo a minha família próxima, faria quase tudo por eles. Se um irmão meu fosse acusado de uma coisa destas, e tivesse um histórico que desse a entender tal possibilidade - como é o caso -, então não só faria justiça com as minhas mãos, mas também ficaria num estado de depressão profunda, por alguém que eu amei a minha vida inteira ter a capacidade de fazer uma coisa tão hedionda.
Em particular, o Tiago Djaló até foi vítima, porquanto o irmão usou o seu nome para se apresentar como "pessoa de bem" e, assim, enganar e violar as vítimas (no plural, sim).