Os Super Dragões assinaram um Comunicado num destes dias, em que faziam ataque cerrado a inimigos externos do FC Porto.
Primeiro começam por abordar o Polvo que tudo domina e tudo abraça com os seus perigosos tentáculos no futebol português. Com a referencia, per se, ao polvo, temos de concordar, porque é de facto tempo de dizer basta ao que está a passar. O abuso, as arbitragens, o conluio, o compadrio, as cunhas, e o trafico de influências, é por demais evidente e beneficiam e prejudicam invariavelmente os mesmos. Há que dar voz à indignação! Estamos a ser roubados há imenso tempo, está à vista de todos, mas ninguém faz nada. Quem nos deve defender está preocupado com outros assuntos
O que deixa uma pessoa perplexa, é ver alguém vir falar em coluna vertebral. Uma pessoa que já se vendeu à SAD há muito tempo. Que tem interesses na continuidade deste status quo dentro do FC Porto, porque beneficia dele. Dá protecção ao Presidente, e dele recebe cobertura para espalhar a palavra de apoio a esta SAD, com a agravante de quem não afinar pelo mesmo diapasão, poder ter de se a ver com eles.
À semelhança da posição oficial do clube, os SD também vêm lançar poeira para a cara dos portistas, referindo que os grafittis escritos contra Fernando Madureira, Alexandre Pinto da Costa e Adelino Caldeira, são obra de rivais, mais concretamente, benfiquistas, que alegadamente teriam-no feito, para dividir a massa adepta portista. Eu tenho a dizer o seguinte, quem divide o portismo são pessoas como estas, que em vez de ajudarem o clube a seguir em frente, e a encontrar soluções, tentam dispersar as atenções, com o intuito de manter tudo no silêncio para seu próprio benefício. Aqueles que enxergam para lá da imagem que lhes pintam, nunca poderão estar de acordo com este tipo de discurso, enquanto os que seguem esta linha de pensamento, nunca verão o filme todo, e estarão sempre limitados na sua capacidade de analisar o que se passa na realidade.
Neste comunicado, fazem alusão a um artigo escrito por uma jornalista, Isabel Paulo, onde são referidos problemas no seio dos SD, o que não deve estar longe da verdade. Para já, pode-se apenas suspeitar, provas não há, mas não é difícil visionar tal facto. Acredito que dentro da claque haja portistas como nós, descontentes com tudo o que se passa, mas vêem no líder alguém acomodado a troco de favores. Até porque Fernando Madureira é suspeito de ser a voz do dono, em troca de um futuro cargo na SAD ou no clube. Isto provoca revolta, uma revolta que nós, os que não concordam com esta gestão, também vemos e sentimos, e contra a qual, para já, nada podemos fazer, a não ser não calar a indignação. O regresso de Paulo Trilho aos SD parece estar a provocar cisões dentro da claque. Será que vamos a assistir a uma guerra dentro da maior claque de apoio ao FC Porto?
Em declarações ao Expresso, o líder da claque não nega manter boas relações com a SAD, mas rejeita estar encostado ao poder ou ter qualquer função ou pretensão a cargo do clube para além «de líder dos Super Dragões. São só boatos, que circulam talvez por ter feito o curso, diz, refutando ainda divisões nos Super Dragões ou que a sua autoridade esteja comprometida.»
Obviamente que estas declarações são muito bonitas, novamente não se pode fazer uso de qualquer prova, mas os sinais estão à vista de todos. Percebe-se claramente a agenda, e o estreitar de ligações entre Pinto da Costa e Fernando Madureira. Não será por acaso a presença do líder máximo azul e branco na festa do 30º aniversário dos Super, fazendo inclusivamente um discurso capaz de corar de vergonha qualquer portista. Um discurso despudorado, onde a elevação dos SD a um patamar que não têm, foi o pináculo da vergonha.
Para terminar, faço referencia ao negócio de venda de bilhetes cedidos pelo clube a baixo preço, prática aceite pela claque, sem ética nem moral, e que demonstra mais uma vez a promiscuidade existente e que cheira muito mal. Compram a preço da chuva e vendem pelo que querem. Eles ganham, e o clube perde. É a vida!