«Portugal volta a vencer a Itália 39 anos depois
Seleção matou o «borrego» em Genève.
Portugal venceu esta terça-feira a Itália, em Genebra, por 1-0, e quebrou um borrego de 39 anos.
Da última vez que a Seleção tinha batido os transalpinos em equipas AA, nenhum jogador da atual seleção era nascido. O próprio selecionador nacional, Fernando Santos, era um jovem defesa de 21 anos, a fazer pela vida no Estoril Praia. Foi em dezembro de 1976, três dias antes do Natal: um bis de Nené em Alvalade, chegou para bater uma Itália recheada de futuros campeões do mundo: Zoff, Scirea, Gentile, Tardelli, Antognoni, Causio e Graziani. Daí para cá, mesmo com Portugal a pôr em campo algumas das suas melhores gerações de sempre, seguiram-se onze jogos entre equipas principais, com dez vitórias italianas e apenas um empate para amostra.
O saldo confirma a «squadra azzurra» como o histórico papão da equipa das quinas: nenhuma outra seleção, nem mesmo a Espanha, derrotou Portugal tantas vezes 18 num total de 25 jogos, para agora cinco vitórias lusas e dois empates. O enguiço mantém-se se estendermos a pesquisa aos confrontos de clubes nas competições europeias: os italianos têm quase o dobro das vitórias (66 para 35) e levam vantagem em 62% dos embates a eliminar.
Este foi o oitavo jogo do selecionador à frente de Portugal desde que rendeu Paulo Bento, em setembro. Fernando Santos, que cumpriu na Arménia o último de dois jogos de castigo, soma por vitórias os quatro jogos oficiais. A este balanço, que deixa Portugal às portas da fase final do Europeu, junta-lhe agora duas vitórias em particulares diante da Argentina e Itália equilibrando as únicas duas derrotas, sofridas com França e Cabo Verde, também em jogos de teste.
Nos sete jogos anteriores que orientou, Fernando Santos tinha dado batismo a 13 jogadores sete deles no particular com Cabo Verde. Eis os seus nomes: Tiago Gomes, José Fonte, Adrien Silva, João Mário, Cédric, Raphaël Guerreiro, Anthony Lopes, Paulo Oliveira, André Pinto, Bernardo Silva, Ukra, Danilo Pereira e André André. A estes juntou-se o de Daniel Carriço, único dos convocados de Fernando Santos que ainda não tinha vestido a camisola principal.
Desde o fiasco no último Campeonato do Mundo, do Brasil, com a eliminação na fase de grupos que custou o lugar a Cesare Prandelli, a Itália não tinha voltado a perder: com Antonio Conte no comando, somava nove jogos, com cinco vitórias e quatro empates, três deles nos últimos jogos de qualificação para o Europeu. Apesar desta sequência sem vitória, a Itália tem a situação aparentemente controlada no grupo H, ocupando o segundo lugar, dois pontos atrás da Croácia e dois à frente da Noruega. Agora, sofreu o primeiro desaire.
Este foi o quinto jogo de Portugal no estádio do Servette, que traz sempre boas recordações: apenas uma derrota tangencial, com a Argentina, e quatro vitórias, incluindo duas em jogos da fase final do Euro-2008.»
(in +futebol)