“A colaboração do FC Porto, da UEFA e do Diogo Costa foi fundamental”
Iniciativa tripartida ajudou a garantir a comparticipação do medicamento para a mastocitose, uma doença rara que afeta mil portugueses
Uma iniciativa do FC Porto em parceria com a UEFA Foundation for Children, que teve em Diogo Costa o principal embaixador, ajudou a Associação Portuguesa de Doentes com Mastocitose e Doenças Mastocitárias (APORMast) a conseguir uma reunião com o Governo e a garantir a comparticipação do cromoglicato de sódio, uma medicação utilizada pelos mil portugueses diagnosticados com mastocitose.
Há um ano, na sequência das três grandes penalidades defendidas pelo número 99 numa só fase de grupos da Liga dos Campeões, o clube leiloou uma camisola autografada pelo internacional português numa tentativa de sensibilizar as massas para a causa defendida pela APORMast.
Cumprido o repto lançado por uma docente que conheceu no Colégio Júlio Dinis, Diogo Costa fez questão de “desejar um Feliz Natal à professora Sónia” e de se mostrar “muito contente por a Associação ter recebido esta prenda” tão importante para tanta gente.
Sónia Carvalho, por sua vez, falou de “uma longa luta”, confidenciou que o FC Porto “ajudou muito” e descreveu o auxílio dos Dragões como “extremamente importante” para garantir esta “conquista”. “Gostaríamos que uma farmacêutica começasse a fabricar o medicamento em série para ele poder ser acessível a mais gente”, acrescentou a professora em jeito de apelo.
Luta antiga
“Esta conquista era uma luta que tínhamos há já algum tempo, porque o cromoglicato de sódio, um medicamento para controlar os sintomas da mastocitose, não era comparticipado. Era um manipulado, feito nas farmácias, que custava 83 euros por mês aos doentes. Depois de uma longa luta, conseguimos que o medicamento fosse incluído na listagem de manipulados comparticipados pelo Estado.”
Contributos decisivos
“Terem divulgado a doença ajudou muito e a colaboração do FC Porto, da UEFA Foundation e do Diogo Costa foi fundamental, porque a projeção que o FC Porto e o Diogo Costa conseguem dar é muito maior do que noutra qualquer situação e foi muito importante.”
Mais pacientes abrangidos
“Foi muito bom para mim, porque é algo que me afeta diretamente. Por outro lado, sossega-me poder saber que mais pessoas terão acesso a uma medicação que muitas delas nem sequer compram por ser demasiado cara.”
Um mundo à parte
“Foi extremamente importante, o futebol cria um mundo próprio que é difícil outra situação da sociedade alcançar e alcança milhões de pessoas.”
Os próximos passos
“Gostaríamos que uma farmacêutica começasse a fabricar o medicamento em série para ele poder ser acessível a mais gente. Isso seria o ideal, vamos continuar a divulgar a existência da doença para que mais pessoas possam ser medicadas, porque é uma doença rara. Supostamente existem cerca de mil pacientes em Portugal, mas eu creio que seremos muitos mais e que estaremos subdiagnosticados.”
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