Isso de ir sempre aos jogos é outra "história".
Na família ocupamos em 3 filas 14 lugares na porta 13 sector 13, mas o meu filho que está no sector dos Super porque é ali que quer "cantar até que a voz lhe doa".
São os lugares dos meus pais, 3 irmãos, 3 cunhados meu da mulher e 4 sobrinhos, 1 sobrinha (casada com um sobrinho).
O meu velhote tem 94 anos (sócio abaixo de 1000) e a velhota 86, agora raramente vão a um jogo, a cunhada acho que nunca foi ao Dragão.
Não há um único jogo em que algum dos lugares esteja vazio. No dia anterior ao jogo tenho o cuidado de telefonar a todos, saber quem não pode ir e ir buscar os cartões e telefonar a amigos para irem ao jogo com esses cartões disponíveis. E, nunca no Dragão com os"nossos" cartões entrou ninguém que não seja Dragão desde sempre. Todos os jogos há amigos que ligam a perguntar se há cartões "vagos". Ao longo dos anos foram seleccionados aqueles que sabem de cor o nosso Hino. Todos, todos os jogos sem excepção me arrepio com o meu Hino.
Nos jogos fora, no meio das nossas Claques ainda me arrepio mais a cantar o meu Hino.
Percebo perfeitamente a opção do meu filho ao querer estar no meio de quem "canta até que a voz lhe doa".
Infelizmente o meu pai não vai durar eternamente, nesse dia o meu lugar no Dragão vais passar a ser ao pé do meu filho. Hoje, como o meu pai ainda vai a alguns jogos, tenho que estar ao pé dele.
Podem dizer o que quiserem, podem criticar. Mas, para mim, eu, em primeiro lugar sou Porto. Sou Dragão. Depois, sou português.
Jogo do Porto é sagrado. Não há casamentos, baptizados, férias, seja o que for que me tire do meu lugar no Dragão e não há jogo em que quando saio consiga falar. É assim desde que em 1970 fui pela primeira vez às Antas.
Portooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!