Para ficar claro, estou a comparar a época do NES com os primeiros meses do Sérgio cá. Nada a ver com o que se passa agora.John Wick disse:Acho que estás a fazer confusão com alguns conceitos, com todo o respeito. A linha defensiva jogar mais alta ou mais baixa varia com os jogos, com a dimensão do adversário, etc. Num clube como o FC Porto, independentemente dos treinadores e dos modelos, na maioria dos jogos a linha defensiva no momento ofensivo será sempre alta, isso é algo praticamente transversal. O momento da organização defensiva começa logo após o momento de transição defensiva, em que tentas recuperar a bola, não consegues e tens que passar ao momento de organização, recuar a linha, ocupar os espaços, condicionar o adversário e tentar recuperar a bola.
O FC Porto de Sérgio Conceição era mais forte que o Porto de NES no momento de transição defensiva, a equipa pressionava melhor, era acutilante nesse momento e recuperava mais cedo a bola, no momento de organização, o Porto de NES era bastante superior. Para mim, não é na comparação com a primeira época, é na comparação com a segunda época de Sérgio Conceição e não tem a ver com os golos sofridos, tem a ver a qualidade do processo, o FC Porto mesmo com Militão, Felipe, Pepe e Alex Telles, mais Danilo e Herrera, era uma equipa que permitia sempre várias oportunidades aos adversários, o controlo da profundidade era feito praticamente por Militão em esforço, não era algo trabalhado, a equipa controlava com dificuldade os espaços, etc.
A nível defensivo na primeira época, o FC Porto viveu muito da organização defensiva da época anterior e da capacidade pressão que o Sérgio trouxe para o momento de transição defensiva. Na 2ª época, saiu Ricardo e saiu Marcano, entrou Militão e depois Pepe (com o Maxi e o Corona a laterais na primeira metade) e aí vimos claras dificuldades do FC Porto em organização defensiva, agora saiu Militão e Felipe, a linha defensiva teve que ser novamente refeita e piorou ainda mais o momento de organização defensiva do FC Porto.
O FC Porto de Sérgio Conceição também em muitos momentos baixa linhas, como fez contra o Rio Ave, por exemplo, fê-lo com qualidade? Não. Aquilo foi um ai Jesus, foi mais um aglomerado de jogadores do que algo bem trabalhado, basta ver as imagens do jogo e vemos sempre uma deficiente ocupação dos espaços e dificuldades na orientação da linha defensiva.
Tal como dizes, numa equipa como o NGC, a linha defensiva tem de estar sempre alta. Era precisamente isso que não acontecia com o NES. Jogo à base do balão, muito mais que agora, precisamente para não subir a linha defensiva (quantos cruzamentos do Telles para ninguém, logo a seguir ao meio-campo). E depois a pressão era feita sempre, ou quase sempre, atrás do nosso meio-campo; e isso não admito num clube como o nosso, nesta liga de treta.