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SÉRGIO CONCEIÇÃO: VAMOS ESTAR PRONTOS NO DIA 9
Treinador apontou já ao início da Liga, destacou sinais positivos da equipa e explicou a não marcação dos penáltis
Houve coisas muito interessantes jogo desta quinta-feira frente ao Chivas (2-2), que encerrou a participação do FC Porto na SuperCopa Tecate. Quem o diz é Sérgio Conceição, que considerou que a sua equipa esteve bem durante 70 minutos, caindo na parte final por questões físicas e devido às muitas substituições, o que possibilitou aos mexicanos chegar ao empate. Por isso, os Dragões estarão prontos para o arranque da Liga portuguesa, garantiu o treinador, que explicou igualmente o que se passou no final do encontro, que deveria ser desempatado por marcação de grandes penalidades para atribuição do simbólico troféu.
Análise ao encontro
Foi mais um jogo de preparação, com coisas muito interessantes, muito positivas. Também houve coisas menos boas, posso falar da dificuldade dos jogadores em adaptar-se a este clima. Foi um jogo frente a uma equipa já com mais tempo de preparação, mas fizemos dois golos e poderíamos ter feito mais. Depois aconteceu o que é típico aqui no México, segundo o Matías [treinador do Chivas], um árbitro que validou um golo que é ridículo. A partir do momento em que pede para formar a barreira tem de esperar pelo apito, não é preciso ser-se entendido em arbitragem.
Quebra na segunda parte
Com as muitas substituições o jogo quebrou em intensidade, após a boa dinâmica que tivemos durante 70 minutos, mas isso faz parte do processo de evolução da equipa. Estou muito contente com os jogadores, vamos estar prontos dia 9 [de agosto] para jogar contra o Estoril e aí, sem dúvida, toda a gente vai estar num patamar, a nível físico, muito mais forte. Mas o que vi foi uma equipa que dá sinais muito positivos.
Os sistemas táticos
O 4-4-2, o 3-5-2, o 4-2-3-1 assentam sempre numa dinâmica que tem de se criar na equipa, em todos os momentos do jogo: na construção, na forma organizada como se defende e sabendo o que fazer com e sem bola, e isso requer tempo de trabalho. Penso que já tivemos hoje, em alguns momentos, coisas parecidas com aquelas que vou querer quando entrarmos em competição. Por isso volto a dizer que estou muito contente, porque todas as diferenças em relação ao nosso país, nesta fase inicial de preparação, criam-nos sempre muitas dificuldades.
O final do jogo e a não marcação dos penáltis para desempate
Falava com o Matías, com quem joguei durante muito tempo em Itália, passámos por três clubes juntos e somos amigos há 20 anos. Comentei com ele, e estava o árbitro por perto, que o lance do primeiro golo do Chivas não podia acontecer, era ridículo. O árbitro pensou que eu estava a dizer que ele era ridículo e disse que eu não podia assistir aos penáltis; o Matías, como meu amigo, disse que não batia os penáltis se eu não pudesse assistir. Foi tão simples como isso, não foi nada de especial, a nossa conversa com o árbitro foi tranquila, normal. O Matías contou-me um bocado do que se passa aqui e é mais ou menos dentro deste género, mas isso é secundário e o mais importante foi o que se fez dentro das quatro linhas.