O estágio de pré-época do FC Porto, realizado no Algarve, acabou mais cedo para Danilo - e da pior maneira possível. Recentemente empossado capitão dos dragões, herdando de Herrera a braçadeira, o médio, de 27 anos e a cumprir a quinta época de ligação ao clube azul e branco, foi expulso por Sérgio Conceição da concentração e, por isso, regressou à Invicta com mais de 24 horas de avanço relativamente aos restantes companheiros de equipa.
Uma discussão bem acesa entre os dois, registada após o jantar de segunda-feira, esteve na origem da decisão do treinador portista em ordenar a saída antecipada do internacional português, que já nem dormiu de terça para quarta-feira no Hotel Cascade, em Lagos, precisamente o local onde os azuis e brancos montaram quartel durante a última semana e meia.
Os dragões, em informação veiculada através do seu site oficial, revelaram que Danilo ausentou-se devidamente autorizado a tratar de assuntos pessoais». Afinal, o motivo da ausência, contaram A BOLA, foi outro, sobrando a dúvida se o centro-campista será alvo de qualquer processo disciplinar ou se tudo já ficou resolvido e a única consequência do bate-boca com o técnico foi a saída forçada e precoce do estágio.
O atraso do jantar de segunda-feira esteve na origem do violento desentendimento entre Danilo e Sérgio Conceição, testemunhado por todo o grupo de trabalho, com alguns jogadores a terem mesmo que intervir, não fosse a troca de argumentos ficar incontrolável.
Nesse dia, após uma tarde de descanso concedida ao plantel, ficara combinado que toda a comitiva presente em estágio se iria reunir à mesa para um jantar com características especiais, mais em forma de convívio para celebrar o aproximar do final da concentração algarvia. Só que, à hora programada, faltava apenas o treinador principal para que os jogadores pudessem começar a comer. Isto, porque no FC Porto, desde que Sérgio Conceição é o técnico, nenhuma refeição se inicia sem ele estar presente, ordens impostas pelo próprio.
Com o passar dos minutos, Danilo, na condição de capitão, achou-se no direito de contactar o técnico, a fim de perceber se este último iria demorar muito e se podiam dar início ao jantar. Até aí nada de anormal: Conceição deu inclusivamente ordens para que se servisse o jantar. O problema foi a seguir, quando o médio fez saber ao treinador que, nesse caso, bem podia ter avisado antecipadamente de que não iria estar presente à hora planeada e que tinham liberdade para iniciar a degustação da refeição sem ele.
Sérgio Conceição considerou ousadia excessiva o remoque do médio e disse-o cara a cara já depois do jantar, a que acabou por nem comparecer. O treinador dos dragões, reforçando a ideia do aqui mando eu, avisou Danilo que não tolerava tamanha insolência e fê-lo num tom considerado agressivo e até desproporcional, por alguns dos que testemunharam um diálogo que se tornou desbragado, também porque o médio não se ficou e quis responder à letra. Imediatamente a seguir, Conceição informou quem de direito que Danilo teria de abandonar o estágio no dia seguinte. O que se veio a verificar já durante a tarde de terça-feira.
Antes de voltar ao Porto, o capitão, em jeito de ato de contrição à frente dos restantes jogadores, pediu desculpas pelo comportamento e excessos de linguagem tidos na véspera. «Ele é o líder e devemos fazer o que ele manda», exortou o futebolista, aparentemente mortificado por ter pisado o risco e que por causa disso iria regressar mais cedo à Invicta.
Ato contínuo, mas já após o abandono de Danilo, foi a vez de Sérgio Conceição falar ao plantel, anunciando que, quando voltassem ao norte, iria reportar o sucedido à SAD e que a administração do FC Porto iria tomar as medidas que entendesse ser as mais adequadas, ficando a maioria sem perceber se hoje, no regresso aos treinos no Olival (a sessão começa às 17 horas), iriam reencontrar Danilo ou se o castigo ao capitão será ainda mais severo. A confirmar, pois.
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Se for verdade o que escreve o jornal do regime..... Um pouco de bom senso antes dos compromissos que temos a curto prazo era bom....
