28 de Agosto de 1994, tinha eu 9 anos de idade.
Nesse domingo, acordei cedo, pela manhã. Estava ansioso, pois, afinal de contas, poucas horas depois deslocar-me-ia a Aveiro, para assistir ao Beira-Mar x FC Porto. Mal imaginava eu qual a primeira notícia que receberia nesse dia.
Levantei-me, saí do quarto e deparei-me com os meus familiares "colados" à TV. Encontrei um ambiente pesado, silencioso. Foi então que alguém me contou aquilo que se passara durante a noite anterior. Disseram-me que o Rui Faleceu. E logo o Rui! Valecambrense de gema, tal como eu e toda a minha família. Um conhecido nosso, que um ano antes, me oferecera uma camisola do NGC com o seu mítico número 6! Jogou, aliás, na A.D. Valecambrense, clube que também o meu pai representou (embora em alturas diferentes) durante várias épocas...
E, se o ambiente em casa não era o melhor, perto do "velhinho" Mário Duarte, piorou. Nunca vi/senti tal coisa num jogo de futebol, uma carga dramática enorme que nunca esquecerei.
O FC Porto, do saudoso Bobby Robson, acabou por vencer a partida, por 2 a 0, embora, no fundo, isso não interessasse para nada, naquele dia.
Em Vale de Cambra, ainda hoje se fala no pentacampeão Rui Filipe, não foi nem será esquecido!