Ok, para mim o que deu o R Pereira tudo o que ele é hoje foram os dois anos a jogar em França com regularidade a DD.
E diga-se de passagem que o R Pereira foi dos DD que mais gostei nos últimos 20 anos no FCP, se não o melhor.
O primeiro ano do Ricardo Pereira em França até é como lateral esquerdo, onde faz uma belíssima temporada, mas nada do que escrevi aponta para diferenças em aptências de lateral. O que escrevi que os diferencia, e que já via no Ricardo do Vitória, é a lateralidade motora, ou seja, a superior habilidade com o pior pé, que lhe conferia outro tipo de recursos, o motor do Ricardo que já era muito acima da média, e acima daquilo que vejo no João Mário, e fundamentalmente superior, a meu ver, no entendimento tático, mesmo numa fase embrionária da carreira. Aliás, no Vitória era isso que mais me impressionava nele. O paralelo entre os dois, para mim começa e acaba na estrotura morfológica esguia e ectomorfa, e na capacidade de acelerar no primeiro drible. O Ricardo tinha também muita facilidade em associar-se por dentro quer com o lateral em overlap quer com apoio do inteterior, e atacava o espaço com diagonais curtas muito inteligentes. Chegou muito verde, mas tinha ali determinadas características chave que o poderiam levar a outro patamar. Não pensei que viesse a dar um lateral de topo, como deu, mas projetava que pudesse dar um grande jogador. Afortunadamente, chegou e ultrapassou esse nível. No João vejo capacidades para ser um elemento na linha do que tem sido esta temporada, fiável, com as suas falhas, mas que com trabalho pode cumprir, sobretudo no nosso campeonato, mas longe de um lateral que alguma vez vá proporcionar uma grande venda. Espero estar enganado, como é lógico, mas é o que vejo.