Se é pelo gesto técnico então este também deveria ter sido prémio puskas do respectivo ano.
Mas gestos técnicos de letra não tem muito que saber. O Quaresma usava e abusava disso. Só não marcou um golo assim porque não calhou. Não é preciso ser-se apologista para chegar à conclusão que tudo que são pontapés acrobáticos têm maior chance de falhar a bola do que acertar (quanto mais acertar na bola num volley e dar em golo). O Cristiano Ronaldo andou 13 anos à procura de conseguir um golo assim (como ele próprio revelou). E só o conseguiu pela primeira vez contra a Letónia em 2017, depois contra as Ilhas Faroé em 2017 e contra a Juventus em 2018.
O do Lamela só ganhou por ser da Premier League assim como o Salah em 2018.
Por acaso já nem me lembrava do Puskas de 2018 e fui ver. Penso que já na altura também achei o prémio mal dado por isso ai estamos de acordo.
Agora quanto á dificuldade do gesto, já não creio ser tanto assim. Até posso concordar que os golos acrobáticos possam ser mais difíceis, que são. Mas o gesto técnico da letra também é de extrema dificuldade, basta ver que poucos são aqueles que o fazem de maneira acertada consecutiva. O Quaresma tinha esse "dom", por assim dizer, mas lá por o fazer bastantes vezes não quer dizer que fosse fácil, longe disso aliás. Ele é que tinha essa facilidade com ele pelo elevado requinte técnico.
Agora é pacifico, quem me dera que ganhasse o Taremi. Só não acho que o golo do Lamela possa ser apenas enquadrado como "ganhou por ser da Premier League". Não, é um golaço merecedor do prémio, que o próprio ambiente possa ter ajudado mas o impacto do golo está todo ali, quer na execução, ambiente, espetacularidade e raridade. Tudo junto, parece-me um justo vencedor.