Com um clima chuvoso e com manhãs batizadas por um nevoeiro denso, digno da velha Albion, a cidade do Porto viu nascer algumas das grandes personagens nossa história e também alguns dos maiores nomes da contemporaneidade. Eu, no entanto, não sou nenhum desses. Mas tenho na cidade do Porto a minha pedra angular, pois tenho características que, por entrelaçamento quântico e apesar da distância espácio-temporal, partilho com a história da cidade e com as suas gentes.
Nas palavras de Agustina Bessa-Luís, “o Porto é um sentimento” e não vejo melhor definição para a relação que tenho com esta cidade (e com o clube).
Tal como o Porto, eu projecto um ar pesado e pesaroso como as suas rochas graníticas, “grave e sério” como canta Rui Veloso, por vezes cinzento como as manhãs de nevoeiro. Generoso como as suas gentes e de um caracter imbuído do lema “antes quebrar que torcer”, tal como a cidade que resistiu – com grande sacrifício – aos variados cercos que sofreu na sua história.
A cidade Invicta tem no FC Porto o seu maior baluarte. Os seus sócios, adeptos, são as gentes do Porto, mesmo que sejam e/ ou vivam fisicamente noutra cidade.
Eu vivo na capital do império, mas tenho no Porto o meu berço e o meu Porto Seguro. Sou do FC Porto por via do meu pai, que tem mais de 70 anos de sócio. Assistiu à inauguração das Antas, Ao calabote, ao jogo do Nevoeiro, à queda do Pavão no relvado sagrado das Antas, aos Bis que nunca se tornavam Tris. Cresci com essas histórias do cerco que nos faziam, da nossa revolta e luta contra as injustiças, da nossa crença, dos nossos valores e das nossas vitórias. Vivendo em lx, não tinha grande hipótese de ver muitos do Porto, por isso íamos a alvalade ver os júniores (a primeira vez que chorei por causa do futebol, foi numa derrota de 4-1, em alvalade, onde despontava um miúdo verde e branco chamado Paulo Futre). Vi a vitória do Porto na Superior Norte de Alvalade, quando a policia de intervenção varreu a bancada à cacetetada. Vi o POrto no antigo salão de festas, quando fomos mais de 30K na luz. Festejei 3 golos no Bomfim, a 13 de Abril de 1986, quando ganhámos ao vitória de Setúbal com 1 golo do Paulo Futre. Aprendi que se também se podia chorar de alegria a 27 de Maio de 1987, quando festejei em lx a nossa maior conquista. O FC Porto faz parte de mim, é indissociável da minha história. Sou eu, é o meu pai em mim, são as gentes nobres e sofredoras do Porto, as que têm no clube um único farol de esperança e de alegria. Algo que nos consola ao fim de semana das agruras que passamos durante a semana.
Sou Porto, cidade, Sempre!! Lutarei sempre contra a descriminação de que é alvo dos burgueses da capital do império. Defenderei sempre as suas gentes, nas quais me incluo, das ofensas que os idiotas elitistas de lx professam. Sou Portista para sempre, verdadeiramente a ganhar ou a perder. Quero que ganhemos sempre, mas não me interessa se ganhamos ou perdemos, pois serei Portista sempre, até se jogássemos nos distritais.
Desde que nunca deixemos de ser o que sempre fomos. Um clube de valores tripeiros, de gente nobre de caracter, que não se verga a nada NEM A NINGUÉM!! Que como dizia Almada Negreiros, que continuemos sem trocar "a honra pela infâmia e a liberdade pela servidão".
O PORTO é um Amor que não se explica, é uma história de familia, é um valor que não se pode perder e temos que transmitir às gerações vindouras.
(edit: acho que ficou um pouco off-topic, saiu ligeiramente ao lado, como um remate do Galeno. A minha mulher bem diz que quando o assunto mete o Porto/ FC Porto perco a noção do que faço. Sábias palavras, como sempre )
Nas palavras de Agustina Bessa-Luís, “o Porto é um sentimento” e não vejo melhor definição para a relação que tenho com esta cidade (e com o clube).
Tal como o Porto, eu projecto um ar pesado e pesaroso como as suas rochas graníticas, “grave e sério” como canta Rui Veloso, por vezes cinzento como as manhãs de nevoeiro. Generoso como as suas gentes e de um caracter imbuído do lema “antes quebrar que torcer”, tal como a cidade que resistiu – com grande sacrifício – aos variados cercos que sofreu na sua história.
A cidade Invicta tem no FC Porto o seu maior baluarte. Os seus sócios, adeptos, são as gentes do Porto, mesmo que sejam e/ ou vivam fisicamente noutra cidade.
Eu vivo na capital do império, mas tenho no Porto o meu berço e o meu Porto Seguro. Sou do FC Porto por via do meu pai, que tem mais de 70 anos de sócio. Assistiu à inauguração das Antas, Ao calabote, ao jogo do Nevoeiro, à queda do Pavão no relvado sagrado das Antas, aos Bis que nunca se tornavam Tris. Cresci com essas histórias do cerco que nos faziam, da nossa revolta e luta contra as injustiças, da nossa crença, dos nossos valores e das nossas vitórias. Vivendo em lx, não tinha grande hipótese de ver muitos do Porto, por isso íamos a alvalade ver os júniores (a primeira vez que chorei por causa do futebol, foi numa derrota de 4-1, em alvalade, onde despontava um miúdo verde e branco chamado Paulo Futre). Vi a vitória do Porto na Superior Norte de Alvalade, quando a policia de intervenção varreu a bancada à cacetetada. Vi o POrto no antigo salão de festas, quando fomos mais de 30K na luz. Festejei 3 golos no Bomfim, a 13 de Abril de 1986, quando ganhámos ao vitória de Setúbal com 1 golo do Paulo Futre. Aprendi que se também se podia chorar de alegria a 27 de Maio de 1987, quando festejei em lx a nossa maior conquista. O FC Porto faz parte de mim, é indissociável da minha história. Sou eu, é o meu pai em mim, são as gentes nobres e sofredoras do Porto, as que têm no clube um único farol de esperança e de alegria. Algo que nos consola ao fim de semana das agruras que passamos durante a semana.
Sou Porto, cidade, Sempre!! Lutarei sempre contra a descriminação de que é alvo dos burgueses da capital do império. Defenderei sempre as suas gentes, nas quais me incluo, das ofensas que os idiotas elitistas de lx professam. Sou Portista para sempre, verdadeiramente a ganhar ou a perder. Quero que ganhemos sempre, mas não me interessa se ganhamos ou perdemos, pois serei Portista sempre, até se jogássemos nos distritais.
Desde que nunca deixemos de ser o que sempre fomos. Um clube de valores tripeiros, de gente nobre de caracter, que não se verga a nada NEM A NINGUÉM!! Que como dizia Almada Negreiros, que continuemos sem trocar "a honra pela infâmia e a liberdade pela servidão".
O PORTO é um Amor que não se explica, é uma história de familia, é um valor que não se pode perder e temos que transmitir às gerações vindouras.
(edit: acho que ficou um pouco off-topic, saiu ligeiramente ao lado, como um remate do Galeno. A minha mulher bem diz que quando o assunto mete o Porto/ FC Porto perco a noção do que faço. Sábias palavras, como sempre )
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