Na minha opinião, o Anselmi tem todo o direito legal de exigir o máximo. Moralmente, nem por isso. E digo-o por 2 motivos, essencialmente.
O primeiro é que o Anselmi, tal como 90% da malta que trabalha no futebol profissional, não devia vir com a conversa do coitadinho, porque eles ganham muito acima da média e estão acima da realidade de 90% dos humanos, pelo menos. Roubar 4M? Que é isso? Se ficar com 2M em vez de 4M, os filhos vão passar fome? Nem vou entrar por aqui, porque é uma conversa mais séria e longa e não me apetece falar disto.
A segunda é que ele deve ter noção do que lhe era exigido. Neste contexto do futebol, o facto de teres um ordenado muito elevado também corresponde a algumas expectativas de performance. Ele tem de reconhecer que a sua performance enquanto treinador do FCP ficou muito aquém do esperado. Não lhe ficaria nada mal abdicar de parte daquilo a que legalmente pode ter direito, reconhecendo que não atingiu as metas que lhe propuseram. Tem atenuantes? Tem. Mas o que ele fez não foi suficiente, e ele deveria ser o primeiro a reconhecê-lo. No futebol, isto também é normal acontecer, por isso é que, na maioria das rescisões, chega-se sempre a acordo.
Esta é a minha visão da coisa. Não é uma verdade absoluta, mas é assim que entendo esta situação.