O Anselmi terá dito :
“O murro na mesa tem de ser planificado. Como disse na conferência de Imprensa [de antevisão do jogo com o Al Ahly], temos de ver que tipo de murro e como o queremos dar. Não se pode dar apenas por dar. Tem de ser um bom murro. Isso faz-se olhando para dentro e mudando absolutamente tudo o que há para modificar, corrigindo os erros que há para corrigir e satisfazendo todas as necessidades que temos para a próxima temporada” transcrito de OJogo online.
É estranho — para não dizer inconcebível e até assustador — que o principal responsável pela gritante falta de organização do modelo de jogo (se é que existe algum...) se coloque agora no papel de quem entende fazer parte da solução.
Não estamos a falar de 3 ou 4 jogos... Foram 5 meses, senhor Anselmi. Cinco meses de um registo deplorável: 21 jogos, 10 vitórias, 6 empates e 5 derrotas. Mas pior que isso: uma equipa sem identidade, sem organização, com um comportamento digno de equipa pequena.
Confesso que me custou ver a sua celebração efusiva após o empate contra a betalhada do Campo Grande. Ainda assim, dei o benefício da dúvida — pensei que estaria a ser montado um futuro mais sólido. Mas não. Foi sempre, sempre a descer.
Espero sinceramente que o nosso Presidente não o veja como parte da solução para um problema que é profundo, estrutural e muito grave. Temos um plantel com evidentes limitações... mas ter um treinador ainda mais limitado não augura nada de bom.