“Somos o FC Porto e temos que ir atrás da vitória”
Martín Anselmi considera que “o primeiro jogo de cada eliminatória é muito importante” (quinta-feira, 20h00)
Os caminhos de FC Porto e AS Roma voltam a cruzar-se esta quinta-feira, a partir das 20h00, na primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa (Sport TV5). Na conferência de imprensa de antevisão da jornada europeia, Martín Anselmi mostra-se “muito contente com o profissionalismo, entusiasmo, energia, intensidade e vontade de aprender dos jogadores” e deixa um alerta: “O primeiro jogo de cada eliminatória é muito importante e temos que o ganhar”.
Defrontar Claudio Ranieri “será um orgulho e uma motivação” para o técnico argentino alertado para a valia de um adversário recheado de “bons jogadores” e “preparado para todas as possibilidades”. “Conheço a dimensão do rival, mas também conheço o peso da camisola que vestimos. Por isso sinto-me cheio de vontade de voltar a entrar no Dragão, a estar com a nossa gente, que eles nos empurrem e nós os empurremos a eles”, conclui o timoneiro portista.
Tempo para trabalhar
“Essas 24 horas a mais que tivemos para preparar o jogo também serviram para os jogadores descansaram, para darmos uma folga que não tinham há muito tempo. Fizeram recuperação e começámos a preparar o jogo. Não é um dia que faz a diferença, nós temos que tentar evoluir o modelo a cada jogo. Creio que se viu esse crescimento do Rio Ave para o Sporting e agora esperamos outra evolução do Sporting para a AS Roma.”
Alheio ao favoritismo
“Estou muito contente com o profissionalismo, entusiasmo, energia, intensidade e vontade de aprender dos jogadores. Desde que chegámos temos comentado, entre a equipa técnica, como os jogadores são profissionais e predispostos a serem melhores. Isso é impagável para um treinador, é muito importante que o grupo te convide a melhorá-lo. Destaco a valentia deles, porque temos uma ideia que obriga a entender muitas situações e muito esforço físico e mental para pressionar alto, para manter a bola e recuperá-la rápido quando perdemos. Temos visto isso nos jogos e estamos muito contentes por estar no FC Porto a trabalhar com estes atletas. Não entramos no terreno do favoritismo, da estatística dos números. FC Porto-AS Roma, amanhã às 20 horas.”
Pressão alta
“Não é uma questão de intensidade, é uma questão tática. As mudanças do primeiro para o segundo tempo fizeram com que a equipa se tornasse mais intensa. No primeiro tempo ficámos algo longe e o rival teve mais tempo para resolver as situações, o que nos fez parecer menos intensos. No segundo ficámos mais perto do rival e parecemos mais intensos. No segundo tempo demorámos metade do tempo a recuperar a bola, foi um ajuste tático e espero que isso se repita em todos os jogos. Quanto mais conseguirmos isso, mais perto estaremos dos objetivos.”
Ainda o clássico
“Os golos são para serem festejados. Mais do que um golo, a celebração demonstra o que cada um sente a cada momento. Estávamos em casa, com a nossa gente, e aquele golo devolveu alguma justiça ao jogo. Foi isso que celebrei, a recompensa pelo esforço da equipa. Isso irei celebrar sempre, o resto deixo à vossa interpretação. Eu vivo as coisas como vivo, faço como faço e não me escondo atrás de nada. Vou festejar mais golos assim e outros que não festejarei, mas o importante é que agrade aos portistas e a mais ninguém.”
Futebol a duas mãos
“A experiência diz-me que a primeira mão é decisiva, seja em casa ou fora, porque numa eliminatória de 180 minutos os segundos 90 estão condicionados pelos primeiros. A segunda mão é um jogo novo com um resultado antigo que a vicia. Não é o mesmo, é um jogo diferente. Faltam-nos 180 minutos e num segundo jogo pode haver quem precise da reviravolta. Não gosto da especulação, seja em casa ou fora, para mim o primeiro jogo é muito importante e temos que o ganhar.”
Uma vitória em oito jogos
“Não o explico aos jogadores. Aos jogadores explico como se deve jogar contra a AS Roma. Isso não tem explicação. O treinador anterior deve ter explicação para cinco desses jogos, eu terei a minha para os três que orientei. Enquanto profissionais estamos focados no que aconteceu durante o jogo, mais do que no resultado. Isto fizemos bem, isto fizemos muito bem, isto não fizemos tão bem e nisto temos que melhorar. Isso ajuda a explicar os resultados, mas não explica tudo, porque se pode fazer tudo bem e perder e fazer tudo mal e ganhar. Quantas mais vezes façamos as coisas bem, mais perto estaremos de ganhar.”
Uma referência no banco adversário
“Jogar contra o (Claudio) Ranieri será um orgulho e uma motivação para mim. Quando tinha 12 anos via o Valencia dele na televisão, é um treinador que já viveu de tudo, tem imensa experiência e poder defrontá-lo é um orgulho. É um treinador super inteligente, que sabe como abordar os jogos. A AS Roma é uma equipa grande que tem de entrar para ganhar em todos os jogos, por isso não sei se veremos uma equipa defensiva. Essa estratégia define-a o treinador rival, nós preparamo-nos para todas as possibilidades. Conhecemos o padrão de jogo deles e preparamo-nos para isso. Contra o AC Milan foram muito mais recuados e noutras situações fizeram pressão muito alta, inclusive homem a homem. Preparamo-nos para ambas as situações.”
Sede de vencer
“Gostei da competitividade da equipa. Vou destacar sempre isso. O FC Porto tem que ser competitivo em todos os jogos e até ao fim. Também por isso festejei o 1-1 contra o Sporting, porque fomos competitivos até ao último minuto e conseguimos a recompensa disso. Isso dá-me boas sensações, não posso permitir que uma equipa minha não seja competitiva acima de tudo. Ser competitivo é resolver com a máxima intensidade o que o jogo pede. Não é correr atrás da bola, é arriscar o passe, é ganhar os duelos e bater longo quando tenho que bater longo. Máxima intensidade e inteligência, vejo isso em cada exercício, em cada treino e em cada jogo desta equipa. Enquanto me transmitirem isso terei boas sensações. Obviamente que queremos ganhar todos os jogos e ficamos tristes quando empatamos ou perdermos, porque somos competitivos.”
Receita para o sucesso
“A AS Roma tem bons jogadores e não podemos deixá-los jogar. Temos de ser um FC Porto que não dê tempo ao adversário para tomar boas decisões. Se lhes dermos tempo, com a capacidade de decisão e de execução que têm… vão controlar o jogo. Na minha forma de ver o jogo é fundamental sermos nós a controlar o jogo com e sem bola. Controlar sem bola é recuperá-la o mais rápido possível.”
Um legado para defender
“Conheço a dimensão do rival, mas também conheço o peso da camisola que vestimos. Por isso sinto-me cheio de vontade de voltar a entrar no Dragão, a estar com a nossa gente, que eles nos empurrem e nós os empurremos a eles. Independente do rival, somos o FC Porto e temos que ir atrás da vitória.”
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