Deixo um agradecimento pelas palavras positivas dos users.
Ainda sobre o jogador, parece ser ponto assente que Kelvin terá que trabalhar os aspectos mais problemáticos do seu jogo, muito naturalmente, afinal, embora esta seja já a terceira época em que se encontra contratualmente ligado ao clube, tem apenas 20 anos. Há momentos em que toma a pior opção, é indiscutível, por vezes acaba por inviabilizar jogadas de eventual perigo ao tentar uma finta, perdendo o "timing" necessário. Se forem estas as suas principais limitações, podemos dar-nos por satisfeitos - pressupondo que Kelvin ultrapassá-las-á -, as competências técnicas estão no seu devido lugar. E são, em qualidade, claramente acima daquilo que é usual. Não comprámos um jogador feito, Kelvin passou pelo Rio Ave - onde, não tendo alcançado especial destaque, acumulou algum tempo de jogo -, regressou, foi utilizado aqui e ali, esteve presente quando a equipa precisou de algo mais. Neste ano, com a saída de James, atendendo à importância que teve no último campeonato, às boa indicações que deixou, levando em consideração uma pré-temporada bastante agradável, que revelou um Kelvin diferente, mais maduro, mais regular, com superior sentido colectivo, mantendo a mesma "magia"... , esperava-se que PF lhe desse maior utilização. Colocando de lado a minha simpatia pelo brasileiro, sendo puramente racional, não faz sentido que Kelvin seja menos utilizado comparativamente àquilo que sucedia no ano anterior quando no presente contamos com Varela, Licá e Josué como opções para o lugar.
Kelvin pede mais tempo de jogo. E necessita que os adeptos o levem a sério. Kelvin entra a um par de minutos do fim e os adeptos explodem em euforia, não porque entrou um jogador com invulgar técnica, bom remate, bom drible, veloz, um desequilibrador por excelência que não tem medo de assumir responsabilidades,... , mas porque entrou o talismã K92. Depois o que acontece é o seguinte: o público delira (enfim, com alguma razão), o jogador, rapaz de 20 anos, vendo que tem pouco tempo para se mostrar, tenta responder e faz uns números para a bancada, e pronto, vai ficando com o rótulo, a sua "imagem" sobrepõe-se ao seu futebol. Treinador, adeptos, o próprio jogador... todos devem olhar para Kelvin e ver o seu potencial, as suas qualidades, os seus defeitos, potenciar umas coisas, minimizar outras. Não queremos um one hit wonder, queremos uma solução para a equipa, que bem estamos necessitados. A solução pode ser estar aqui.