Repudiei praticamente tudo o que fez e toda a palavra que disse e não disse na maior parte da última década. Ataquei, gozei e achincalhei-o muitas vezes antes das eleições e durante este processo eleitoral, pisei inclusive o limite do respeito que ele fez mais do que ninguém por merecer.
A mudança era necessária. Estava zangado com ele por tudo o que se havia tornado no fim do seu reinado, estava profundamente desiludido e desencantado com o homem que há 42 anos teve o meu voto para assumir os destinos do meu clube.
Dito isto, o homem mudou a minha vida para sempre, e devo dizer, hoje para mim está a ser a ressaca de uma presidência de 42 anos. Tinha 20 quando o vi para lá entrar. Não duvido por um segundo do meu voto de ontem, mas agora que finalmente se fez mundança, chega a nostalgia. Porra, Jorge Nuno, não tinhas que ter saído desta forma...
Mas assim é a vida. E embora os 80% sejam injustos para os seus primeiros 30 anos de presidência, não posso dizer o mesmo para os últimos 10. Desejo genuinamente que não se afaste depois deste desastre e que ainda desfrute do seu clube e dos seus sócios e adeptos por muitos tempo, 42 anos depois, no meio de nós.
E merece toda e qualquer homenagem que lhe possam fazer. Estátua, Estádio, tudo o que quiserem discutir (e espero) levar para a frente, o homem merece-as todas.