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1. Certamente que podes enquadrar essas entradas de capital com o mesmo cenário do que ocorre noutros clubes de media dimensão europeia (ou seja, sem ser os tubarões).
2. Promessa de dinheiro fresco, eventualmente, para a maquina de lavar e zero identificação com uma politica desportiva consistente.
Há sempre quem esteja interessado em despejar dinheiro, e fica mais barato e da menos nas vistas, em campeonatos periféricos da Europa.
3. Se o CEO não estivesse identificado com o clube, a empresa teria menos possibilidades de algum retorno desportivo.
4. Mas neste mundo novo e que avança sobre os destroços, tudo depende muito do ou dos investidores e do real interesse em serem desportivamente competitivos, durante algum tempo.
1. Quantos exemplos conheces de clubes fora das ligas top-5 com entradas de capital, excluindo clubes satélite? Como diria o outro, diga um...
2. Aqui, tenho duas questões:
a) a hipótese de uma entrada de dinheiro para lavar dinheiro deixar-te-ia confortável? Portanto, por exemplo, um war lord de África ou o pablo escobar v2.0 seria algo a que não colocarias objecções?
b) alguém que queira lavar dinheiro vai escolher uma equipa de Liga dos Campeões? Porquê? Haverá spotlight maior do que a maior prova de clubes do mundo? Um tipo que não quer dar nas vistas, compra quadros e não os tira da caixa!
3. Porque é que um investidor quereria um CEO identificado com um clube mal gerido, dependente de receitas extraordinárias e cronicamente deficitário? Os adeptos passarão a ser consumidores e o sócios uns tipos chatos que viverão na ilusão de que ainda mandam qualquer coisa...
4. Mas o que é interessa a um investidor ser competitivo desportivamente? Toda a componente desportiva passará um meio para chegar a um fim: resultados positivos com distribuição de dividendos (eventualmente, criação de valor e potencial alienação da empresa com lucro)! Em alguns momentos no tempo, os objectivos desportivos poderão estar alinhados com os objectivos financeiros, mas não estarão, seguramente, em todo o tempo!
5. Eu não consigo entender o apelo de um clube como o FCP, sem imaginar um futuro onde entra uma super-liga! Mas, nesse futuro (utópico?), deixo de ver vantagem para o FCP embarcar nessa caravela!
Eu leio estas opiniões e fico estarrecido com a forma leviana e despreocupada como se coloca esta questão que afectará toda a existência associativa de um clube centenário! Fico com a impressão que não se lê notícias, que os aves, as b-sad, os valencias, os málagas, etc., etc. só acontecem aos outros, porque nós vamos ter o nosso man city ou o nosso psg privativo... esquecem que, ambos, antes de terem estes donos, tiveram gente a fugir da justiça e outros que se recusavam a colocar um tostão... pessoalmente, jogar à roleta russa com uma entidade que faz parte do meu imaginário, não me agrada! E, sobretudo, por pior (ou melhor?) gerido que esteja a ser o FCP, com a barbaridade de dívida que se acumula, eu tenho sempre o conforto espitirual que, em 2024, poderei escolher outro caminho... estremos dispostos a abdicar desse direito?