Sendo eu acima de tudo portista, muito mais do que pintista ou de quem lidera o clube, não posso ficar indiferente ao desaparecimento de uma personagem como Pinto da Costa com todo o seu carisma e a relevância que teve durante a sua presidência de 42 anos.
Sarcástico, provocador e por vezes polémico, conseguiu pela sua competência, inteligência e paixão ao clube, transformá-lo de um clube pouco mais do que regional, numa potência do futebol europeu e mundial com vitórias em 7 competições internacionais. Pelo meio 23 campeonatos nacionais, 22 supertaças, 15 taças de Portugal, 1 taça da liga e muitas centenas de outros troféus em várias outras modalidades e escalões, que lhe dão o direito de reclamar o título de dirigente desportivo mais titulado de sempre.
Fez do FC Porto um clube hegemónico durante largos períodos nas últimas décadas.
Os últimos anos da vigência do seu "reinado" foram mais contestados e manchados por força das chamadas más companhias de que ele não soube ou não quis apartar-se e de que resultou na sua natural destituição da presidência por larga maioria dos sócios portistas.
Ficarão, no entanto, as memórias de alguém que se tornou numa personalidade ímpar na sociedade portuguesa, homem culto e que deixa um legado desportivo incrível e irrepetível que o guindam ao título de "Presidente dos presidentes".
RIP