Uma estória fantástica. Parece que estamos a viver um sonho, pela forma como este título foi obtido e por ter sido liderado por dois "rejects" (Capi e Lord) e um treinador que quase ninguém queria por cá.
Não retiro o mal que disse sobre este senhor nos últimos quatro anos, porque parece-me que foi de facto merecido. Jogou mal, decidiu frequentemente pior, não mostrou fortaleza mental para ser capitão e até chegou a ter aquele episódio absolutamente deprimente do breakdance.
Era o símbolo de um FCP fraco, falhado, e sem capacidade para superar barreiras. Porventura injustamente, mas a verdade é que nunca foi solução para problema algum.
Até chegar Sérgio e a revolta de 17/18.
Herrera transformou-se de facto num verdadeiro capitão. Foi à luta, ganhou confiança e finalmente pôs em campo tudo aquilo que sabia fazer. Foi um líder - o NOSSO líder - num momento fulcral da História do Clube. Arregaçou as mangas, e por diversas vezes levou a equipa às costas e até marcou o golo decisivo do título na casa do rival.
Ele, mais que ninguém, mereceu isto tudo. Merece tudo o que lhe está a acontecer.
Porque aprendeu com os erros e foi homem para dar a volta a uma situação tóxica e francamente adversa e reescreveu a sua história aqui. É com orgulho, alívio e felicidade que hoje digo que ele é o meu capitão, o nosso capitão, e que não vejo melhores mãos para levantar aquele troféu.
És - finalmente - dos nossos e nunca mais ninguém poderá apagar isso, Herrera!