Creio que este estado de coisas revela um grave problemas das nossas sociedades: a ausência de debates sobre valores morais e éticos. Falamos demasiado de economia e pouco da vida comum. Temos hoje em mãos um enorme problema moral, um mal-estar generalizado nas nossas sociedades, para o qual a matriz tradicional esquerda-direita pouco interessa. O perigo, no nossos dias, vem da nova vaga da extrema direita (assim a categorizamos), daquilo que esta representa: agressividade, violência, intolerância, fractura, etc. Os partidos dessa família do mal, coloque-se assim, estão em crescimento pela Europa ou apresentam dinâmicas relevantes. Chega, Vox, Frente Nacional, o aparecimentosde candidatos ainda mais radicais que a própria Le Pen, Afd, os Salvinis e as Ligas, os Orbáns, os atentados ao estado de direito na Polónia, os Trumps, Putin, que financia este envenenamento das sociedades... Isto é a direita? Talvez em parte. Mas será sobretudo um amontoado de ideias e ideais de intolerância e divisão, de coisas abjectas que vão ganhando popularidade. Quem vota, nos tempos que correm, toma uma posição moral e ética, escolhe um lado. Não deve ser desresponsabilizado por isso.
Claro que parte destas pulsões assentam no mal-estar com o actual sistema económico, com a desigualdade galopante, as diferenças abissais nas condições de vida, a relação nem sempre sadia com o trabalho... mas isso requer uma acção que vise os problemas do próprio sistema, não a cedência aos impulsos mais destrutivos. Há discussões, para além do entendimento restrito de política e das questões económicas, que devem ser feitas.
Andamos entretidos com questões não tão importantes, cedemos ao descontentamento, vamos dando espaço à concretização dos interesses destes tiranetes e personagens inefáveis. Há muita tensão, muita divisão, muita distracção nas nossas sociedades. O que faremos, no nosso dia-a-dia, perante isto? Como podemos actuar para tornar as nossos comunidades mais coesas? Certamente cada um de nós conseguirá fazer algo, por pouco que seja.
Claro que parte destas pulsões assentam no mal-estar com o actual sistema económico, com a desigualdade galopante, as diferenças abissais nas condições de vida, a relação nem sempre sadia com o trabalho... mas isso requer uma acção que vise os problemas do próprio sistema, não a cedência aos impulsos mais destrutivos. Há discussões, para além do entendimento restrito de política e das questões económicas, que devem ser feitas.
Andamos entretidos com questões não tão importantes, cedemos ao descontentamento, vamos dando espaço à concretização dos interesses destes tiranetes e personagens inefáveis. Há muita tensão, muita divisão, muita distracção nas nossas sociedades. O que faremos, no nosso dia-a-dia, perante isto? Como podemos actuar para tornar as nossos comunidades mais coesas? Certamente cada um de nós conseguirá fazer algo, por pouco que seja.
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