O Botafogo sucumbiu ao apelo incerto dos clubes-empresa, cedendo os seus destinos à vontade de uma única pessoa. Obteve sucesso imediato, em duas temporadas em que competiu como há muito não se via. Houve investimento e troféus. Neste ano, com o Lyon em apuros, Textor secundarizou o Fogão para acudir ao principal emblema do seu grupo empresarial. Desviou Thiago Almada para os franceses, a quem cedeu também os direitos económicos de Luiz Henrique, transferido para o Zenit. O Lyon encaixou o dinheiro da venda ao clube russo, comprometendo-se a pagar ao Botafogo pelos mencionados direitos (não apenas de Luiz Henrique como também de dois outros jogadores). O Botafogo, para já, pouco terá visto pela partida dos seus melhores atletas. A equipa acabou por perder qualidade, não tendo contudo um mau plantel ou onze.
Não obstante, serão tempos de apreensão para os adeptos, cujo clube serve agora de bengala a uma outra equipa, de um outro campeonato, que pouco dirá aos torcedores.