O mais irrelevante no Fábio Silva é a sua capacidade de luta e foi o que o treinador mais elogiou no final do jogo.
Tecnicamente temos algum ponta de lança superior ao Fábio? Não. O Fábio, como é óbvio, não pode ter nos ombros a responsabilidade de fazer golos, são 17 anos, mas o que devia ser elogiado é a capacidade associativa do miúdo, a qualidade da recepção de bola sem precisar de 10 toques na bola para a pôr jogável, a qualidade de passe e mesmo com 17 anos é de longe o avançado mais inteligente e o que melhor se movimenta.
O mais criticável no Fábio, mas que é normal, tal como era normal no André Silva, é que andam em correrias loucas a desgastar-se desnecessariamente e a ir ao choque com os defesas sem qualquer sentido. São miúdos, primeiro ano na equipa principal, querem mostrar serviço e andam ali a correr de um lado para o outro. No final do jogo, com tanto para elogiar e o treinador o que elogia é que o Fábio lutou como um homem, não interessa o que jogou, interessa é o que lutou.
O Fábio, tal como outros jogadores do plantel, necessitavam era de um treinador com uma capacidade pedagógica superior, que os ajudasse no processo de evolução, fornecendo conhecimento e ferramentas para que possam crescer.