Hora das decisões no Olímpico
FC Porto e AS Roma medem forças a partir das 17h45 na capital italiana
A segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa leva o FC Porto até à capital italiana para defrontar a AS Roma a partir das 17h45 desta quinta-feira (Sport TV5). Uma semana depois da igualdade a uma bola no Dragão, os portistas deslocam-se ao Estádio Olímpico privados dos lesionados Martim Fernandes, Marko Grujic e Vasco Sousa. No aeroporto Leonardo da Vinci aterrou uma comitiva de 23 jogadores.
Fundada em junho de 1927, a Associazione Sportiva Roma resulta da fusão, impulsionada por Italo Foschi, dirigente do Partido Nacional Fascista, de três clubes modestos da capital incapazes de disputar o título italiano: Alba Audace, Roman e Fortitudo Pro Roma. Por vontade do presidente Giorgio Vaccaro, também com ligações ao regime fascista, a Lazio ficou de fora da aliança proposta por Foschi, que 12 anos depois não resistiu a um enfarte ao tomar conhecimento da derrota da AS Roma em Génova, frente à Sampdoria.
Um escudo triangular com fundo amarelo e a loba capitolina em destaque na parte superior serviu de primeiro emblema à AS Roma, perdurando até ao final da década de 70 do século XX; na parte inferior e sobre um fundo vermelho, sobressaía a sigla ASR debruada a amarelo.
Vencedora da UEFA Conference League em maio de 2022, com um golo de Nicolò Zaniolo, hoje jogador da Fiorentina, e com José Mourinho no banco, Rui Patrício na baliza e Sérgio Oliveira no relvado, a AS Roma não ganha a liga italiana desde 2001, vivendo há longos anos na sombra da Juventus e do Inter. Campeões por três vezes, os romanos ergueram ainda nove Taças de Itália e duas Supertaças em quase 100 anos de história.
A AS Roma atingiu a primeira final europeia em 1984, precisamente em casa, no Estádio Olímpico, mas acabaria por perder nos penáltis frente ao Liverpool de Ian Rush e Kenny Dalglish, depois de o prolongamento ter chegado ao fim com um empate a um golo. O sonho de estrelas como Franco Tancredi, Falcão, Toninho Cerezo, Roberto Pruzzo e Bruno Conti esfumava-se na marca de 11 metros, onde os ingleses foram mais eficazes.
Sete anos depois, em maio de 1991, os “giallorossi” chegaram à final da Taça UEFA, competição que viria a dar lugar à Liga Europa tal como a conhecemos hoje. Depois de afastarem Benfica, Valência, Bordéus, Anderlecht e Brondby, os romanos caíram aos pés do Inter numa decisão a duas mãos, quando um golo de Rizzitelli não bastou para anular a desvantagem de Milão construída por Lothar Matthäus e Nicola Berti.
A AS Roma perderia ainda uma terceira final europeia, já em maio de 2023 e sob a orientação de José Mourinho, vencedor da Taça UEFA e da Liga dos Campeões com o FC Porto. Em Budapeste, frente ao inevitável Sevilha, os romanos voltaram a cair nos penáltis, de pouco valendo o golo de Paulo Dybala que colocou a “Loba” em vantagem, porque Gianluca Mancini acabaria por marcar na própria baliza num momento de azar, forçando o prolongamento e o desempate desde a marca dos 11 metros que deu o triunfo na Liga Europa aos andaluzes.
O histórico de confrontos entre AS Roma e FC Porto é farto e dá vantagem aos azuis e brancos, que venceram os italianos por três vezes nas competições europeias, incluindo num play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, quando, em março de 2019, Alex Telles fechou as contas da qualificação a três minutos do final do prolongamento na transformação de um penálti.
Liderada por Claudio Ranieri, o treinador que fez do Leicester campeão inglês numa campanha que continua a assemelhar-se a um conto de fadas, a AS Roma tem em Artem Dovbyk, Paulo Dybala e Mats Hummels as principais referências, mas mantém figuras emblemáticas como Lorenzo Pellegrini e Bryan Cristante, que há seis anos discutiram com o FC Porto a qualificação para a fase de grupos da Champions.
Os múltiplos pontos de contacto entre AS Roma e FC Porto começaram a desenhar-se ainda nos anos 40 e 50 do século XX, quando o argentino José Valle chegou às Antas depois de ter representado os romanos, com escalas prévias no Lleida e no Lusitano de Évora. Seguiram-se Dmitri Alenichev, José Ángel, Dani Osvaldo, Juan Iturbe, Iván Marcano e Sérgio Oliveira.
As afinidades também são percetíveis desde o banco. Luigi Del Neri, o treinador que passou literalmente pelo FC Porto na pré-época de 2004/05 sem disputar qualquer jogo oficial, saiu em agosto e assinou pela AS Roma em setembro, mas a experiência na equipa do histórico Francesco Totti, campeão italiano pelos “gialorossi” e campeão mundial com a “squadra azzurra”, também não correu propriamente bem: disputou 33 partidas, venceu 11 e foi dispensado em março. Depois de Paulo Fonseca, que venceu uma Supertaça de Portugal com o FC Porto antes de liderar a AS Roma em mais de uma centena de jogos, José Mourinho, um dos mais bem-sucedidos técnicos do mundo, fechou o ciclo dando aos romanos o único título europeu do palmarés.
Depois de ter defrontado a Lazio em novembro, o FC Porto regressa agora ao Olímpico de Roma, construído entre 1927 e 1937 e com capacidade para 72.698 espectadores. François Letexier, o árbitro da final do Euro 2024, estreia-se a apitar jogos da principal equipa azul e branca e vai reencontrar Diogo Costa, João Mário e Fábio Vieira seis anos depois de ter ajuizado a decisão da Youth League que os sub-19 portistas venceram.
www.fcporto.pt
FC Porto e AS Roma medem forças a partir das 17h45 na capital italiana
A segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa leva o FC Porto até à capital italiana para defrontar a AS Roma a partir das 17h45 desta quinta-feira (Sport TV5). Uma semana depois da igualdade a uma bola no Dragão, os portistas deslocam-se ao Estádio Olímpico privados dos lesionados Martim Fernandes, Marko Grujic e Vasco Sousa. No aeroporto Leonardo da Vinci aterrou uma comitiva de 23 jogadores.
Fundada em junho de 1927, a Associazione Sportiva Roma resulta da fusão, impulsionada por Italo Foschi, dirigente do Partido Nacional Fascista, de três clubes modestos da capital incapazes de disputar o título italiano: Alba Audace, Roman e Fortitudo Pro Roma. Por vontade do presidente Giorgio Vaccaro, também com ligações ao regime fascista, a Lazio ficou de fora da aliança proposta por Foschi, que 12 anos depois não resistiu a um enfarte ao tomar conhecimento da derrota da AS Roma em Génova, frente à Sampdoria.
Um escudo triangular com fundo amarelo e a loba capitolina em destaque na parte superior serviu de primeiro emblema à AS Roma, perdurando até ao final da década de 70 do século XX; na parte inferior e sobre um fundo vermelho, sobressaía a sigla ASR debruada a amarelo.
Vencedora da UEFA Conference League em maio de 2022, com um golo de Nicolò Zaniolo, hoje jogador da Fiorentina, e com José Mourinho no banco, Rui Patrício na baliza e Sérgio Oliveira no relvado, a AS Roma não ganha a liga italiana desde 2001, vivendo há longos anos na sombra da Juventus e do Inter. Campeões por três vezes, os romanos ergueram ainda nove Taças de Itália e duas Supertaças em quase 100 anos de história.
A AS Roma atingiu a primeira final europeia em 1984, precisamente em casa, no Estádio Olímpico, mas acabaria por perder nos penáltis frente ao Liverpool de Ian Rush e Kenny Dalglish, depois de o prolongamento ter chegado ao fim com um empate a um golo. O sonho de estrelas como Franco Tancredi, Falcão, Toninho Cerezo, Roberto Pruzzo e Bruno Conti esfumava-se na marca de 11 metros, onde os ingleses foram mais eficazes.
Sete anos depois, em maio de 1991, os “giallorossi” chegaram à final da Taça UEFA, competição que viria a dar lugar à Liga Europa tal como a conhecemos hoje. Depois de afastarem Benfica, Valência, Bordéus, Anderlecht e Brondby, os romanos caíram aos pés do Inter numa decisão a duas mãos, quando um golo de Rizzitelli não bastou para anular a desvantagem de Milão construída por Lothar Matthäus e Nicola Berti.
A AS Roma perderia ainda uma terceira final europeia, já em maio de 2023 e sob a orientação de José Mourinho, vencedor da Taça UEFA e da Liga dos Campeões com o FC Porto. Em Budapeste, frente ao inevitável Sevilha, os romanos voltaram a cair nos penáltis, de pouco valendo o golo de Paulo Dybala que colocou a “Loba” em vantagem, porque Gianluca Mancini acabaria por marcar na própria baliza num momento de azar, forçando o prolongamento e o desempate desde a marca dos 11 metros que deu o triunfo na Liga Europa aos andaluzes.
O histórico de confrontos entre AS Roma e FC Porto é farto e dá vantagem aos azuis e brancos, que venceram os italianos por três vezes nas competições europeias, incluindo num play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, quando, em março de 2019, Alex Telles fechou as contas da qualificação a três minutos do final do prolongamento na transformação de um penálti.
Liderada por Claudio Ranieri, o treinador que fez do Leicester campeão inglês numa campanha que continua a assemelhar-se a um conto de fadas, a AS Roma tem em Artem Dovbyk, Paulo Dybala e Mats Hummels as principais referências, mas mantém figuras emblemáticas como Lorenzo Pellegrini e Bryan Cristante, que há seis anos discutiram com o FC Porto a qualificação para a fase de grupos da Champions.
Os múltiplos pontos de contacto entre AS Roma e FC Porto começaram a desenhar-se ainda nos anos 40 e 50 do século XX, quando o argentino José Valle chegou às Antas depois de ter representado os romanos, com escalas prévias no Lleida e no Lusitano de Évora. Seguiram-se Dmitri Alenichev, José Ángel, Dani Osvaldo, Juan Iturbe, Iván Marcano e Sérgio Oliveira.
As afinidades também são percetíveis desde o banco. Luigi Del Neri, o treinador que passou literalmente pelo FC Porto na pré-época de 2004/05 sem disputar qualquer jogo oficial, saiu em agosto e assinou pela AS Roma em setembro, mas a experiência na equipa do histórico Francesco Totti, campeão italiano pelos “gialorossi” e campeão mundial com a “squadra azzurra”, também não correu propriamente bem: disputou 33 partidas, venceu 11 e foi dispensado em março. Depois de Paulo Fonseca, que venceu uma Supertaça de Portugal com o FC Porto antes de liderar a AS Roma em mais de uma centena de jogos, José Mourinho, um dos mais bem-sucedidos técnicos do mundo, fechou o ciclo dando aos romanos o único título europeu do palmarés.
Depois de ter defrontado a Lazio em novembro, o FC Porto regressa agora ao Olímpico de Roma, construído entre 1927 e 1937 e com capacidade para 72.698 espectadores. François Letexier, o árbitro da final do Euro 2024, estreia-se a apitar jogos da principal equipa azul e branca e vai reencontrar Diogo Costa, João Mário e Fábio Vieira seis anos depois de ter ajuizado a decisão da Youth League que os sub-19 portistas venceram.
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