Eleições FC Porto - 27 Abril 2024

Qual é a tua situação perante as eleições do FC Porto?

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  • Sou sócio mas não posso votar (estatutos)

  • Sou sócio mas não vou votar

  • Não sou sócio


Os resultados só são visíveis após a votação.

apocalypto

Tribuna Presidencial
28 Novembro 2006
85,595
84,720
40
Tenho agora a certeza que o JFR foi um candidato fantoche em 2020, para vender a ideia que o pintismo estava vivo e afastar AVB de se candidatar em 2024.
Tentaram claramente vender essa ideia,depois de em 2016 muita gente dar conta que havia cada vez mais descontentamento com Pinto da Costa.
Esse indivíduo saiu disto completamente humilhado, até pela sua própria lista na candidatura anterior, que se afastou completamente da sua tomada de posição.
 

Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
20,301
26,791
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4
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
  • Campeão Nacional 19/20
Alguém me explica o que significa?

Fico quase com a ideia que o AVB estará refém desta gente
Na última temporada a única ação do Conselho Superior foi elaborar a proposta de alteração de estatutos da famigerada AG de 13/11.
E essas propostas foram a votos por indicação da Direção.

No próximo mandato este órgão social deverá voltar à sua irrelevancia ou deverá agir de acordo com as orientações da equipa de AVB.

Zero preocupações com isto.

E ainda, depois de 42 anos como presidente eu tenho a certeza absoluta que o PdC não vai querer diminuir-se a um mero integrante do órgão social menos importante e relevante.
 

Sabininho

Tribuna
17 Março 2018
4,713
4,896
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5
  • José Mourinho
  • Reinaldo Teles
  • André Villas-Boas
  • Kelvin
E desculpem, os adeptos têm que estar unidos, é verdade...

Mas eu não me esqueço nem vou esquecer de toda a campanha e atitudes porcas de muitos que aqui andaram e principalmente do Portal e das suas redes sociais. Foram um nojo e arriscam-se a que em breve surja um novo espaço e que leve daqui muita gente que não se reviu nem tolera isso.

Fizeram a campanha mais suja possível. Cínicos, a fingir imparcialidade. Bem feito, esta derrota estrondosa é, mais do que tudo, vossa e da vossa agência de marketing da treta chamada Wise Pirates que de "wise" demonstrou nestes tempo que não tem nada. Ficaram conhecidos como o exemplo a seguir de como não fazer campanha, ficaram conhecidos pela vossa incompetência, ficaram conhecidos como uma empresa a evitar de tão incompetentes que são. Que se investigue o dinheiro que foi pago a esta empresa e para quê. Ficaram com o nome na lama e é bem feito. Gente sem valores e sem escrúpulos em que só o dinheiro interessa. Essa gente não merece respeito nem merece estar no Futebol Clube do Porto.
por aqui tambem notei os posts alegadamente imparciais da pagina do facebook do forum mas que tinham sempre uma inclinacao pro-Jorge Nuno
 

PO

Tribuna Presidencial
24 Novembro 2013
17,600
18,237
Efectivamente. Para isso bastava estar consciente de toda a sua experiencia e influencia neste campo . Basta olhar para a importancia que teve na eleiçao do Grande Conselho de Veneza no sec.XIII e outros actos que se seguiram.
Acho que é injusto isso. O Dr. Lourenço Pinto teve um comportamento exemplar em todo este processo eleitoral e merece os maiores elogios pela forma como tudo correu!
 

Sabininho

Tribuna
17 Março 2018
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5
  • José Mourinho
  • Reinaldo Teles
  • André Villas-Boas
  • Kelvin
Como consegue dormir um Homem, na noite em que perdeu o Poder?

Como pode descansar alguém que, ao fim de 42 anos, perde nas urnas de forma quase unanime, o poder que tinha e que se misturava já com o seu sangue?
Não consigo descansar nem adormecer, porque não me sai da cabeça a saída do Homem da garagem do Dragão, sozinho como saem todos os que perdem o poder que tinham.

Eu tinha cinco anos quando ele chegou a presidente, mas ele já tinha chegado ao Porto há já algumas décadas. Eu não me lembro do Porto sem JNPC e desconfio que ele já não se recordará dele mesmo, sem estar no Porto.

Como conseguiu ele dormir, ontem? O que lhe ia na alma, aquela anima de Dragão que tão bem conhecemos? Será que dormiu? Ou não lhe saiu da cabeça o que se passou no dia de ontem e o que se passou no Clube nos últimos tempos?

Saí de Lisboa, ontem às 5h30 da manhã. Desde 13 de Novembro que achava que esta direcção não podia continuar no clube e desde essa data o presidente e depois candidato só vieram reforçar mais ainda essa minha opinião. Saí de madrugada, dizia, porque não queria falhar ao meu clube. Estas eleições eram da maior importância para a sua centenária história.

Na minha opinião, ou continuávamos com JNPC e os seus apaniguados que, quais abutres, o rodeavam num caminho trilhado há uns anos em direcção ao abismo, com tiques de caciquismo ou mudávamos para um caminho desconhecido para a maioria de todos, que era um Clube sem o seu maior presidente. Como já se percebeu, votei AVB. Não por achar que é o nosso D. Sebastião, que nos vem salvar dos abutres e da desgraça financeira, mas por achar que era a única alternativa para evitar que isso mesmo nos acontecesse. Era entre o fim certo do clube ou a possibilidade (remota?) que ele ressurgisse das cinzas. AVB é essa alternativa remota.

Subi as escadas do Metro, no Dragão e fico de frente para a entrada do Museu. São nove em ponto. A fila já chega quase ao P1. Fico parado a olhar para os sócios, ainda do outro lado da rua. Sorrio, de espanto e as lágrimas enchem-me os olhos. “Estamos vivos”, pensei eu.

O grito audaz da nossa ardente voz ia ser dado! Estávamos ali para tomar rédeas do futuro do nosso clube, votássemos em quem quer que seja. O PORTO É NOSSO, dos sócios.

Subi até à entrada em frente à porta 28 a sorrir e a chorar. É esta a força que a democracia tem em mim. Chego ao cogumelo e está o dobro dos sócios à espera que as portas abrissem. Sinto um arrepio e mordo o lábio. Tanto Porto!!
Votei, sem qualquer problema e às 10 da manhã já estava na direção do Metro. Agora ia passear pela minha Invicta, cidade mãe e pai da minha biografia. Durante toda a manhã, a felicidade era o sentimento reinante. Não acreditava, ainda, que a lista B seria vencedora. Mas tinha feito a minha parte, pelo meu clube. Pelo clube do meu Pai. Mais do que isso não podia fazer. Às duas da tarde, começo a viagem de regresso a Lisboa. Queria estar descansado em casa quando se soubesse os resultados.

Quando sai, pela primeira vez, a noticia que a Lista B seria vencedora, tomei consciência do sentimento que se vinha a apoderar de mim desde que sai do Dragão.

Era o fim de uma era. JNPC ia sair do clube, deixar-nos órfãos a todos. O nosso Presidente, que fez do nosso clube uma referência europeia, ia deixar de o ser naquela noite. E não pude festejar a vitória de AVB. E, confesso, fez-me confusão, ver tanta festa na sede de Agramonte (problema meu, eu sei. Tinham todo o direito em festejar). Era um dia de festa, mas de tristeza e de um sentimento próximo do luto. Luto pelo Homem, não pelo clube. Esse prevalecerá, sempre!

A saída dele do estádio, sem que tivesse sido precavida qualquer manifestação, sem que ninguém que seguia nos carros à frente ou até atrás tivesse abandonado a viatura para dar protecção ao Presidente, que foi assim presa fácil das camaras de televisão, num momento que pedia tudo menos exposição. Quem ia ali era um Homem de 86 anos, que tinha perdido (entre outras coisas, como sabemos) a sua cadeira de sonho, ao leme do Amor que atravessa a sua vida inteira, desde infância até aos seus últimos dias.

Pensei muito durante a noite de ontem, em que pouco dormi, e no dia de hoje sobre o que se passou no clube desde 13 de Novembro e no que o Presidente disse desde aí. Dos nervos que me dava ouvi-lo perguntar se alguém tinha morrido na AGE ou que ia dar um abraço ao Madureira para ver se aplacava esta sensação de nostalgia e tristeza, sincera, pelo que aquele Homem devia estar a sentir. Não funcionou.

Ele deu-me os dias mais felizes da minha vida, logo a seguir àqueles que são mesmo os mais felizes da minha vida, porque acabamos um curso, casamos, concluímos um objectivo qualquer.

Aquele homem deu-me a final de Viena, em 1987, obra maior da sua presidência e da vida do nosso clube. 27 de Maio de 1987 jamais poderei esquecer, está gravado a letras de ouro na minha memória (como já escrevi no tópico sobre essa final) e ele foi um dos grandes obreiros dessa vitória.

Saiu, de forma democrática como é apanágio do Clube e da nossa grande cidade. Saiu derrotado por uma margem que ninguém imaginava possível. Uma diferença que a sua lista e os seus últimos mandatos mereceram, mas que o Homem não merecia. Não cometeu o pecado, visto em eleições do género, de cometer fraude eleitoral, para se perpetuar no poder sem respeito pelos sócios. Deu e demos todos uma lição de democracia, ontem.

O que vai naquela alma, Azul e Branca? Sente-se abandonado pelos seus adeptos e consócios? Sente que houve ingratidão da nossa parte, por não lhe termos dado mais quatro anos de poder? Imaginava, sequer, que pudesse perder ou os seus séquitos, sedentos de poder, disseram-lhe sempre que iam ganhar? Quão sozinho vai ficar, quando a poeira assentar? Não merece ser abandonado, pelo clube.

Hoje sinto-me órfão de presidente. O Clube tem um presidente novo, que já conhecemos e que nos deixa com água na boca sobre o que pode fazer. Mas os seus pés ainda são pequeninos, para os sapatos que tem de preencher. Tem sobre si o anátema de ter derrotado, nas urnas, por uma margem avassaladora, o Presidente mais titulado de sempre. De todo o mundo. Com isto ganha exigência máxima e tolerância mínima.

Desculpem, por este desabafo já muito longo. Mas preciso de tirar este peso que tenho no peito.

Já não podia ver JNPC, nas últimas semanas. Hoje estou ansioso por vê-lo na tribuna. Quero-o ver bem. Com a dignidade com que sempre viveu e nos presidiu durante grande parte dos últimos 42 anos.

Hoje, merece uma ovação de pé, durante largos minutos. O que nos deu não poderá (nem vai ser, certamente) apagado.

Será responsabilizado pelo que fez se, eventualmente, nos prejudicou.

Como pode dormir alguém que perdeu o poder nesta última noite?

Não sei responder. Mas sei dizer que me custou muito dormir na noite em que ajudei a tirar-lhe esse poder.

Obrigado, Jorge Nuno Pinto da Costa!

Eternamente grato pelo que nos deu.

Teremos sempre Viena!
excelente texto. profundo.

Sobre ele e os seus sicarios nao pensarem que perder as eleicoes era uma opcao real, bastava terem levado a serio o alerta de nas ultimas eleicoes apenas terem tido 68% (corrijam-me se estiver errado) nas ultimas eleicoes contra um nao-candidato. As alarm bells ja deveriam ter tocado ai, mas nao. PdC e os seus sicarios continuarem na senda de tratar o clube como o seu playground
 
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Reações: Tiago Silva
Raba

Raba

Tribuna Presidencial
13 Junho 2013
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26,791
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4
  • André Villas-Boas
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
  • Campeão Nacional 19/20
Acho que é injusto isso. O Dr. Lourenço Pinto teve um comportamento exemplar em todo este processo eleitoral e merece os maiores elogios pela forma como tudo correu!
O Lourenço Pinto foi o único elemento das listas de PdC que percebeu que estiveram mal a 13/11. Foi o único que, embora não o assumisse publicamente, ficou envergonhado com os acontecimentos.
E foi o único que efetivamente trabalhou para retificar a imagem deixada.
Mesmo na questão de exigir o CC, contra a vontade do imbecil do Koehler.

Respeito-o por ter tentado corrigir a sua cagada. Faltou assumir publicamente a culpa pelo dia 13/11 mas há pessoas que pedem desculpa sem realmente dizerem as palavras.

Conseguiu que o acto eleitoral fosse exemplar, pela minha parte está redimido. Nunca esquecerei o 13/11 mas recordarei o dia de ontem como sendo o canto do cisne do Lourenço Pinto
 

Regod

Tribuna Presidencial
21 Março 2015
24,662
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2
  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
O Lourenço Pinto foi o único elemento das listas de PdC que percebeu que estiveram mal a 13/11. Foi o único que, embora não o assumisse publicamente, ficou envergonhado com os acontecimentos.
E foi o único que efetivamente trabalhou para retificar a imagem deixada.
Mesmo na questão de exigir o CC, contra a vontade do imbecil do Koehler.

Respeito-o por ter tentado corrigir a sua cagada. Faltou assumir publicamente a culpa pelo dia 13/11 mas há pessoas que pedem desculpa sem realmente dizerem as palavras.

Conseguiu que o acto eleitoral fosse exemplar, pela minha parte está redimido. Nunca esquecerei o 13/11 mas recordarei o dia de ontem como sendo o canto do cisne do Lourenço Pinto
Ha que reconhecer, o Lourenço Pinto, tal como a Marta, esteve impecável, super profissional, prestável. Temos que dar os parabéns e agradecer o seu trabalho nestas eleições, pena estar manchado pela Assembleia
 

rvaz

Arquibancada
26 Abril 2016
155
112
O Lourenço Pinto foi o único elemento das listas de PdC que percebeu que estiveram mal a 13/11. Foi o único que, embora não o assumisse publicamente, ficou envergonhado com os acontecimentos.
E foi o único que efetivamente trabalhou para retificar a imagem deixada.
Mesmo na questão de exigir o CC, contra a vontade do imbecil do Koehler.

Respeito-o por ter tentado corrigir a sua cagada. Faltou assumir publicamente a culpa pelo dia 13/11 mas há pessoas que pedem desculpa sem realmente dizerem as palavras.

Conseguiu que o acto eleitoral fosse exemplar, pela minha parte está redimido. Nunca esquecerei o 13/11 mas recordarei o dia de ontem como sendo o canto do cisne do Lourenço Pinto
Não concordo o Lourenço Pinto ele foi conivente na assembleia de novembro. Marcou as eleições o mais tarde possível e agora marca a tomada de posse para o último dia. Diz uma coisa e faz outra. Foi esta espera que fez com que contratos fossem assinados a dias das eleições. Ainda vamos ver o que vai ser feito nestes 15 dias.
 
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Reações: Duraes e quintero
9 Março 2012
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Como consegue dormir um Homem, na noite em que perdeu o Poder?

Como pode descansar alguém que, ao fim de 42 anos, perde nas urnas de forma quase unanime, o poder que tinha e que se misturava já com o seu sangue?
Não consigo descansar nem adormecer, porque não me sai da cabeça a saída do Homem da garagem do Dragão, sozinho como saem todos os que perdem o poder que tinham.

Eu tinha cinco anos quando ele chegou a presidente, mas ele já tinha chegado ao Porto há já algumas décadas. Eu não me lembro do Porto sem JNPC e desconfio que ele já não se recordará dele mesmo, sem estar no Porto.

Como conseguiu ele dormir, ontem? O que lhe ia na alma, aquela anima de Dragão que tão bem conhecemos? Será que dormiu? Ou não lhe saiu da cabeça o que se passou no dia de ontem e o que se passou no Clube nos últimos tempos?

Saí de Lisboa, ontem às 5h30 da manhã. Desde 13 de Novembro que achava que esta direcção não podia continuar no clube e desde essa data o presidente e depois candidato só vieram reforçar mais ainda essa minha opinião. Saí de madrugada, dizia, porque não queria falhar ao meu clube. Estas eleições eram da maior importância para a sua centenária história.

Na minha opinião, ou continuávamos com JNPC e os seus apaniguados que, quais abutres, o rodeavam num caminho trilhado há uns anos em direcção ao abismo, com tiques de caciquismo ou mudávamos para um caminho desconhecido para a maioria de todos, que era um Clube sem o seu maior presidente. Como já se percebeu, votei AVB. Não por achar que é o nosso D. Sebastião, que nos vem salvar dos abutres e da desgraça financeira, mas por achar que era a única alternativa para evitar que isso mesmo nos acontecesse. Era entre o fim certo do clube ou a possibilidade (remota?) que ele ressurgisse das cinzas. AVB é essa alternativa remota.

Subi as escadas do Metro, no Dragão e fico de frente para a entrada do Museu. São nove em ponto. A fila já chega quase ao P1. Fico parado a olhar para os sócios, ainda do outro lado da rua. Sorrio, de espanto e as lágrimas enchem-me os olhos. “Estamos vivos”, pensei eu.

O grito audaz da nossa ardente voz ia ser dado! Estávamos ali para tomar rédeas do futuro do nosso clube, votássemos em quem quer que seja. O PORTO É NOSSO, dos sócios.

Subi até à entrada em frente à porta 28 a sorrir e a chorar. É esta a força que a democracia tem em mim. Chego ao cogumelo e está o dobro dos sócios à espera que as portas abrissem. Sinto um arrepio e mordo o lábio. Tanto Porto!!
Votei, sem qualquer problema e às 10 da manhã já estava na direção do Metro. Agora ia passear pela minha Invicta, cidade mãe e pai da minha biografia. Durante toda a manhã, a felicidade era o sentimento reinante. Não acreditava, ainda, que a lista B seria vencedora. Mas tinha feito a minha parte, pelo meu clube. Pelo clube do meu Pai. Mais do que isso não podia fazer. Às duas da tarde, começo a viagem de regresso a Lisboa. Queria estar descansado em casa quando se soubesse os resultados.

Quando sai, pela primeira vez, a noticia que a Lista B seria vencedora, tomei consciência do sentimento que se vinha a apoderar de mim desde que sai do Dragão.

Era o fim de uma era. JNPC ia sair do clube, deixar-nos órfãos a todos. O nosso Presidente, que fez do nosso clube uma referência europeia, ia deixar de o ser naquela noite. E não pude festejar a vitória de AVB. E, confesso, fez-me confusão, ver tanta festa na sede de Agramonte (problema meu, eu sei. Tinham todo o direito em festejar). Era um dia de festa, mas de tristeza e de um sentimento próximo do luto. Luto pelo Homem, não pelo clube. Esse prevalecerá, sempre!

A saída dele do estádio, sem que tivesse sido precavida qualquer manifestação, sem que ninguém que seguia nos carros à frente ou até atrás tivesse abandonado a viatura para dar protecção ao Presidente, que foi assim presa fácil das camaras de televisão, num momento que pedia tudo menos exposição. Quem ia ali era um Homem de 86 anos, que tinha perdido (entre outras coisas, como sabemos) a sua cadeira de sonho, ao leme do Amor que atravessa a sua vida inteira, desde infância até aos seus últimos dias.

Pensei muito durante a noite de ontem, em que pouco dormi, e no dia de hoje sobre o que se passou no clube desde 13 de Novembro e no que o Presidente disse desde aí. Dos nervos que me dava ouvi-lo perguntar se alguém tinha morrido na AGE ou que ia dar um abraço ao Madureira para ver se aplacava esta sensação de nostalgia e tristeza, sincera, pelo que aquele Homem devia estar a sentir. Não funcionou.

Ele deu-me os dias mais felizes da minha vida, logo a seguir àqueles que são mesmo os mais felizes da minha vida, porque acabamos um curso, casamos, concluímos um objectivo qualquer.

Aquele homem deu-me a final de Viena, em 1987, obra maior da sua presidência e da vida do nosso clube. 27 de Maio de 1987 jamais poderei esquecer, está gravado a letras de ouro na minha memória (como já escrevi no tópico sobre essa final) e ele foi um dos grandes obreiros dessa vitória.

Saiu, de forma democrática como é apanágio do Clube e da nossa grande cidade. Saiu derrotado por uma margem que ninguém imaginava possível. Uma diferença que a sua lista e os seus últimos mandatos mereceram, mas que o Homem não merecia. Não cometeu o pecado, visto em eleições do género, de cometer fraude eleitoral, para se perpetuar no poder sem respeito pelos sócios. Deu e demos todos uma lição de democracia, ontem.

O que vai naquela alma, Azul e Branca? Sente-se abandonado pelos seus adeptos e consócios? Sente que houve ingratidão da nossa parte, por não lhe termos dado mais quatro anos de poder? Imaginava, sequer, que pudesse perder ou os seus séquitos, sedentos de poder, disseram-lhe sempre que iam ganhar? Quão sozinho vai ficar, quando a poeira assentar? Não merece ser abandonado, pelo clube.

Hoje sinto-me órfão de presidente. O Clube tem um presidente novo, que já conhecemos e que nos deixa com água na boca sobre o que pode fazer. Mas os seus pés ainda são pequeninos, para os sapatos que tem de preencher. Tem sobre si o anátema de ter derrotado, nas urnas, por uma margem avassaladora, o Presidente mais titulado de sempre. De todo o mundo. Com isto ganha exigência máxima e tolerância mínima.

Desculpem, por este desabafo já muito longo. Mas preciso de tirar este peso que tenho no peito.

Já não podia ver JNPC, nas últimas semanas. Hoje estou ansioso por vê-lo na tribuna. Quero-o ver bem. Com a dignidade com que sempre viveu e nos presidiu durante grande parte dos últimos 42 anos.

Hoje, merece uma ovação de pé, durante largos minutos. O que nos deu não poderá (nem vai ser, certamente) apagado.

Será responsabilizado pelo que fez se, eventualmente, nos prejudicou.

Como pode dormir alguém que perdeu o poder nesta última noite?

Não sei responder. Mas sei dizer que me custou muito dormir na noite em que ajudei a tirar-lhe esse poder.

Obrigado, Jorge Nuno Pinto da Costa!

Eternamente grato pelo que nos deu.

Teremos sempre Viena!
Acho que todos nós nós sentimos assim , é de facto estranho. A seguir ao resultado senti esse vazio , que foi o fim de uma era . Que agora terminou, e para minimizar este sentimento, pensei, ainda bem que assim é, teria sido muito pior se tivesse deixado de ser presidente caso tivesse falecido, como sempre achei que fosse acontecer, só sai do Porto quando morrer . Se assim fosse seria muito pior , assim perdendo as eleições ainda temos tempo de nos despedir como ele merece e agradecer por tudo !

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Filipe01

Tribuna Presidencial
26 Março 2012
16,508
11,183
O Lourenço Pinto foi o único elemento das listas de PdC que percebeu que estiveram mal a 13/11. Foi o único que, embora não o assumisse publicamente, ficou envergonhado com os acontecimentos.
E foi o único que efetivamente trabalhou para retificar a imagem deixada.
Mesmo na questão de exigir o CC, contra a vontade do imbecil do Koehler.

Respeito-o por ter tentado corrigir a sua cagada. Faltou assumir publicamente a culpa pelo dia 13/11 mas há pessoas que pedem desculpa sem realmente dizerem as palavras.

Conseguiu que o acto eleitoral fosse exemplar, pela minha parte está redimido. Nunca esquecerei o 13/11 mas recordarei o dia de ontem como sendo o canto do cisne do Lourenço Pinto
Bravo.

100% de acordo.
 

Mary Antas

Tribuna
20 Abril 2018
2,919
4,636
Não concordo o Lourenço Pinto ele foi conivente na assembleia de novembro. Marcou as eleições o mais tarde possível e agora marca a tomada de posse para o último dia. Diz uma coisa e faz outra. Foi esta espera que fez com que contratos fossem assinados a dias das eleições. Ainda vamos ver o que vai ser feito nestes 15 dias.
A tomada de posse não está marcada e o André disse ontem que o Lourenço Pinto se disponibilizou a acelerar o processo, não tinha de ser 15 dias depois mesmo.

E já agora, quem chamou a PSP ontem para acompanhar a contagem dos votos foi o Lourenço Pinto, não foi ninguém da equipa do Villas-Boas.
 

PO

Tribuna Presidencial
24 Novembro 2013
17,600
18,237
E viste-me criticar? Voces tem que melhorar o vosso humor...
Não criticaste. Eu sei que brincaste com a idade dele. E apesar de ser verdade e de serem notórias as debilidades físicas do senhor, acho que merece todos os elogios pela forma como esta eleição correu.