Sakamoto disse:
Eu concordo com a ideia de formar para vender, é uma das maneiras do racio investimento-lucro ser brutal e equilibrar contas. Mas não podemos é vender fragilizados, como aconteceu com o Dalot. O Dalot, sem estar com o contracto a acabar poderia dar mais.
Já eu acredito que uma SAD, como qualquer outra empresa, deve ser auto-sustentável e não deve depender da alienação de ativos intangíveis.
O sistema que o FC Porto, e bem, fez parte da criação, está em vias em colapso a médio prazo. Sem querer transformar isto numa dissertação sobre a economia do futebol, o inflacionamento recente continuará em expansão enquanto houver capital a ser injetado, seja por vias de financiamento dos clubes (aquisições), seja por crescimento dos mercados como os direitos televisivos - que começou em Inglaterra, e foi acompanhado por França, Alemanha, EUA, China e muito em breve Itália e Espanha, se bem que em Espanha, pelo facto dos contratos serem individuais como em Portugal, o crescimento deverá ser menor. Este crescimento deverá continuar a acontecer nos próximos 3/4 anos, até chegar ao seu ponto de inflexão, momento em que clubes como o nosso andarão nas nuvens a pensar quão fácil é gerar rendimento no mercado.
A partir daí, será sempre a descer. A oferta superará a procura, o mercado procurará equilibrar-se, fazendo com que os ativos demasido inflacionados fiquem parados e fica o aviso: Clubes não sustentáveis em mercados intermédios e pobres, como são o português, com dívida acumulada deixarão de existir. Falência, pura e simples.
Quem vier a seguir tem muito que limpar, mas terá também de o fazer a contra-relógio.