O mais engraçado aqui é o espírito autoritário de quem tanto se queixava de falta de democracia. As instituições persistem por muito que os homens que momentaneamente as liderem não sejam dignos da sua grandeza. O lugar dos portistas é no Porto. Aqui continuaremos, mesmo com estes fanáticos do Luís André a destruírem tudo o que de bom receberam. Vai dar muito trabalho a reconstruir, mas estaremos cá. A multidão que conseguiram enganar neste último ato eleitoral não demorará muito a perceber em que caminho colocou o clube. Já vi maiorias de 100% num sentido tornarem-se em 100% no sentido oposto num espaço de meses.
Há aqui muitos opositores antigos do rumo do clube. A esses tenho particular respeito. Estão onde sempre estiveram. Mas há muita gente muito "presentista". Não consegue descolar apenas do momento presente nas análises que faz. São os radicais. Os que colocariam cabeças no cepo certos de estarem com 100% da razão. Afinal, 81-19. Os sócios estão connosco. Quem não está, vá para o Canelas.
Ainda não vi ninguém colocar em causa a legitimidade dos órgãos sociais eleitos para colocarem em prática o seu programa. Até para colocarem em prática aquilo que não estava no programa, nem nunca foi afirmado. Agora, há igual legitimidade em discordar das ações tomadas, de as criticar, de manifestar desagrado com elas.
Em relação à duração do mandato, é de 4 anos. Se tudo decorrer na normalidade, daqui a 4 anos haverá novamente eleições. Só haverá eleições antes se a mesma multidão que fez o "81-19" se tornar num "19-81" e aí o clube torna-se ingovernável. Não fui verificar os estatutos sobre o que provoca eleições antecipdas, mas não me parece particularmente relevante. Só há necessidade delas quando se torna óbvio que não há condições para continuar. Dada a personalidade do atual presidente, até acredito que a vontade viria do próprio se a coisa se tornar difícil, ou enfadonha.